13 de janeiro de 2015

“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” é destaque em festival de Budapeste

“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, do diretor Daniel Ribeiro, é o filme derivado do curta “Eu Não Quero Voltar Sozinho”, de 2010, e chamou a atenção dos críticos de cinema nacional, sendo um sucesso em 2014. Tanto que ele foi o filme escolhido pelo Brasil pra disputar o Oscar no próximo ano. Infelizmente ficou de fora da disputa, mas quando estreou no Festival de Berlim, ganhou o Teddy Awards e, pelo mundo, já participou de mais de 70 festivais e ganhou mais 32 estatuetas fora o da estreia. Além disso ficou em 2º lugar na lista do canal gay LogoTV de melhores filmes gays de 2014 no mundo! Né brinquedo não!

O filme brasileiro é um dos destaques do 19º Festival de Cinema LGBT de Budapeste (ou 19th Budapest Pride LGBTQ Film Festival), que começa hoje na capital húngara, dia 13 de janeiro, e vai até dia 18.

Arte do 19º Festival de Cinema LGBT de Budapeste, na Hungria

Arte do 19º Festival de Cinema LGBT de Budapeste, na Hungria

 

São mais de 30 filmes, incluindo longas premiados nunca exibidos na Hungria antes, curtas, documentários, workshops e jogos.

 

Quanto custa pra ver filmes nesse festival de cinema gay, moço?

Esse é o maior festival de cinema gay da Hungria, mas dessa vez, eles optaram por fazer exibições mais intimistas, ocorrendo em dois espaços, um para 110 pessoas e outro para 70 pessoas, razão do tema desse ano “Sinta-se em casa”.

O menor dos espaços, chamado de Hátsó Kapu, tem exibições gratuitas e em sua maioria de curtas, com uma colaboração sugerida de 500 Ft (forinte húngaro, que dá mais ou menor R$ 4,90).

Pra assistir aos principais filmes no Kolor, que tem maior capacidade, deve-se desembolsar 800 Ft (~ R$ 7,84). Esse ano ainda conta com um passe que dá direito a ver 5 filmes pelo preço de 4.

Confira a lista de filmes do Festival de Cinema LGBT de Budapeste 2015.

 

"Test", filme dos EUA, de 2013, que participa do 19º Festival de Cinema LGBT de Budapeste

“Test”, filme dos EUA, de 2013, que participa do 19º Festival de Cinema LGBT de Budapeste

Os tickets não serão vendidos antecipadamente, então, bi, se você estiver em Budapeste e quiser fazer cinema em casa, tem que chegar uma meia-hora antes no local pra não perder os filmes. Se perder, a maioria é exibida mais de uma vez na semana, mas vai que…

Isso vale até pro passe de “convidado frequente” que comentei aí em cima (aquele do “veja 5, pague 4”, sabe?). Como a #BiCult fervida que comprou esse passe não precisa dizer quais filmes quer assistir, não tem lugar marcado não. Então chega cedo e se joga… no sofá!

 

Programação variada, além de “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”

O bafão (leia “festival”) começa com o filme suíço Der Kreis – “The Circle” que ganhou o Teddy Award, em Berlim, e foi indicado ao Oscar. Alguns outros filmes que serão exibidos durante a semana bafônica só serão vistos na Hungria durante o festival mesmo, tipo o Any Day Now, que é sobre ter filhos; Girltrash, um musical lésbico, Boy Meets Girl, que propõe uma busca pelos limites de gênero e orientação sexual; To Be Takei, documentário sobre a #BiStarTrek famosa e poderosa George Takei (sim, o japinha do Star Trek mesmo, super ativista) e, claro, nosso brasileiríssimo Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (no inglês The Way He Looks), que vai ser exibido com legendas em inglês e húngaro e foi descrito pelo festival como: “um filme brasileiro sensacional sobre a história de um garoto gay cego”. Achei luxo!

Todos esses rolam no espaço Kolor. No Hátsó Kapu rolarão mais filmes experimentais e curtas. Mas nossa dupla de estudantes (interpretados por Guilherme Lobo e Fábio Audi) vai passar lá também porque eles tão poderosos, meu bem!

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho: Brasil bem representado no 19º Festival de Cinema LGBT de Budapeste

Brasil bem representado por “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” no 19º Festival de Cinema LGBT de Budapeste

Veja a programação do festival por dia e horário e acompanha, caso entenda húngaro, a fanpage do Festival.

Vão rolar também o que eles chamam de Q&A, algo como Perguntas & Respostas, com o diretor de My Name Is Love, David Färdmar. A entrada também é na faixa, de graça, for free.

Durante o festival, ainda tem uma feira de livros que fica todos os dias das 17h às 20h30 no Kolor, com cerca de 100 livros relacionados a tópicos LGBT publicados nos últimos anos, seja literatura ou literatura acadêmica.

Pra fechar o paranauê todo, não podia faltar uma festcheenha, néam? Sim, vai ter! No dia 17, #todascomemora no Fogasház, ao som de !Szkafander (!aendroid and Legars) e do Deck Attack (Cyborg Templar and Infragandhi), sejam lá quem eles forem. Como se você fosse na festa de festival de cinema gay pra ver as bandas, né? Tô sabendo que você quer é olhar os boys húngaros todos nacarados que você não é bobo nem nada! A entrada, antes da meia-noite custa 1.000 Ft (absurdos R$ 9,80) e depois sobe pra 1.500 Ft (~ R$ 14,70). Toda a grana arrecadada vai pra organização do Festival (Budapest Pride Festival).

 

Locais de exibição

Kolor
Budapest 7th district, Király u. 13.

Hátsó Kapu
Budapest 7th district, Dohány u. 13.

 

Eu fiquei com vontade de ir, mas só chego em Budapeste mais pro meio de fevereiro, pra trazer outras dicas pra vocês! 😉
Mas tá valendo, né? 😉

 

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Sobre Rafael Leick

Rafael Leick

Criador dos projetos Viaja Bi!, Viagem Primata e ExploraSampa, host do podcast Casa na Árvore e colunista do UOL. Foi Diretor de Turismo da Câmara LGBT do Brasil. Escreve sobre viagem e turismo desde 2009. Comunicólogo, publicitário, criador de conteúdo e palestrante internacional, morou em Londres e São Paulo e já conheceu 30 países. É pai do Lupin, um golden dog. Todos os posts do Rafael.

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