20 de outubro de 2014

Saindo do armário com o Rafa

Pra que você possa conhecer melhor quem é a bi que vaio acompanhar você nessas aventuras do Viaja Bi!, preparei o post Saindo do Armário, que conta a minha história pra mee assumir homossexual, pra você que pretende sair do seu armário se inspirar.

Afinal, bi, você quer conhecer o mundo lá fora não quer? Que tal começar deixando se ser enrustid@?

Saindo do Armário, com Rafael Leick - Viagem Primata

Saindo do Armário, com Rafael Leick

 

Saindo do armário com o Rafa

Bom, se você olha pra essa foto aí em cima, vê essa carinha bonita e espera uma história “saindo do armário” igualmente bonita ou fofinha, ela não foi beeeem assim. Ela começa há uns bons anos atrás, quando eu tinha somente 12 anos. Na real, começa um pouco antes, porque acho que todo gay se percebe diferente desde cedo, mas com 12 ficou marcado simbolicamente pra mim o início do processo, que foi longo. Minha família sempre foi muito próxima e, mesmo nos momentos de brigas e desentendimentos que toda família tem, sempre criou um ambiente de muito amor, carinho e cuidado. Eu fui criado com muito amor, muita atenção, dedicação integral dos meus pais. E mesmo assim sou gay. Ou seja, a velha teoria de que gays são perturbados porque a família não deu estrutura? Bah, balela! A gente é gay porque é gay, assim como o hétero é assim porque é e ponto.

Na escola, eu sofri bullying, bastante por sinal, por N motivos. Eu precisava provar pros outros que eu não estava ali só porque era filho da professora, eu merecia estar ali naquela escola particular cara na Zona Sul de São Paulo. Eu sempre fui muito educado, quieto, curioso e gostava de estudar e aprender. E no Brasil, se você faz as coisas certas é que você é mal visto, vai entender a cabeça do nosso povo. Além disso, nunca vi problema em um menino ser amigo das meninas sem querer comê-las, ser próximo dos professores (fontes de conhecimento) ou gostar de Sandy e Junior. Ainda não vejo problema em nenhuma dessas três coisas, sendo gay ou não, é bom deixar claro.

Naquela idade, eu, como todo garoto, comecei a ter contato com a pornografia. Via várias vezes as Playboys que meu pai mantinha super bem escondidas e vez ou outra juntava toda minha coragem do mundo e ia até a banca comprar uma revista pornô mais explícita.

Lembrem-se que a Internet não era o que é hoje. Ela ainda era discada e o barato (literalmente) era entrar depois da meia-noite, quando você acordava a casa inteira com seu modem fazendo aqueles barulhos extraterrestres pra se conectar à rede e você torcia pra não cair, pra gastar um pulso de telefone só. Talvez o início da Internet tenha sido o início da disposição do meu cérebro trabalhar melhor à noite, mas isso é assunto pra outra hora.

Na Internet, meus hormônios adolescentes também buscavam se saciar e sem os sites de vídeos que temos hoje, a solução era cair pros bate-papos da vida, onde o pessoal compartilhava imagens pornográficas. Lembro que um dos dias, eu estava lá no bate-papo de Imagens Eróticas do UOL (é quase tradição entre os gays), na sala hétero, obviamente, e alguém mandou uma imagem com dois homens. Aquilo foi estranho, porque eu senti uma repulsa inicial (por obrigação, eu diria), mas também senti tesão por aquilo.

Depois de um tempo, eu me convenci que não faria mal dar só uma espiadinha na versão gay da sala e pra minha não surpresa, gostei do que vi. E mais do que na anterior. Mas eu não podia aceitar aquilo na minha vida. Eu, gay? Nunca! O que meus pais, que tinham tanto orgulho de mim iriam pensar? Minha irmã teria vergonha de falar quem eu era. Não, não podia aceitar! Mas por muitos anos, minhas visitas à sala gay do bate-papo e a outros sites que fui descobrindo depois eram constantes. E isso durou mais 6 anos dessa maneira. Na minha cabeça, não tinha problema eu sentir tesão em ver dois caras transando, mas eu iria beijar, namorar, casar, ter filhinhos e um cachorro com uma mulher.

E essa divisão era tão forte pra mim, que quando eu – depois de experiências não tão bem-sucedidas assim com mulheres – tomei coragem pra transar com um cara aos 18 anos, eu não quis nem beijar ele na boca. Afinal, beijo é sentimento, né? E eu não poderia ter esse tipo de sentimento com um homem. Um homem, gente! Pois é. Depois de algumas vezes, percebi que não fazia diferença eu encostar minha boca na boca de um cara ou em outras partes dele, isso não me fazia menos gay ou mais gay. Então eu comecei a experimentar o sexo. Das mais variadas formas. Já que eu tinha vencido o tabu de ser gay, eu resolvi experimentar de fato esse negócio. E o que eu tinha vontade de experimentar, eu experimentei. Fiz sexo a 3, com mais gente, com desconhecidos. Mas sempre tendo o cuidado de usar camisinha. Minha ingenuidade de 18  anos não era tão ingênua assim, eu sabia os riscos que uma vida promíscua poderia me oferecer. Então eu aproveitei, mas com cautela, sempre.

Eu tinha alguns colegas que tinham sido amigos muito próximos, mas por terem “virado gays ou lésbicas” não faziam parte do meu círculo próximo porque eu, ignorante como era, tinha vergonha de dizer que era próximo daquele grupo que ia nas baladas gays, fazia pose pra câmera e socializava com drag queens! Pra mim, era tudo muito absurdo. Até que um dia, pouco depois de eu completar 20 anos, eles me convidaram pela milésima vez pra ir pra balada com eles e eu num surto resolvi aceitar. Depois quase me arrependi de aceitar ir praquele submundo que deveria ser uma balada gay, um lugar com certeza nojento e asqueroso. Mas a curiosidade de descobrir o que tinha lá e o que dentro de mim poderia condizer com tudo aquilo foi mais forte.

A minha primeira foi a Bubu Lounge, na época em seu auge. Pra minha surpresa, aquela parecia muito as baladas hétero que eu ia antes. E não tinha nada demais ali. Aliás, tinha sim. Tinha gente divertida, dançando com qualquer um ali do lado, sem panelinhas ou distinções, ali todo mundo estava claramente pra se divertir. E eu percebi que tinha um mundo que eu poderia viver. Na semana seguinte, saí com eles de novo, e na outra, e na outra, e na outra. E fui conhecendo muita gente do bem, amigos que eu carrego no coração até hoje. E pela primeira vez eu não transei com um cara, eu só fiquei com ele. Aí pus meus sentimentos em cheque. Eu podia só ficar com um homem naquela noite, ali na pista de dança? Eu estaria assinando um atestado de “eu sou gay”? É, acho que eu estava. Mas e daí? Isso não importava mais.

Depois de um mês, estava saindo do armário andando na rua com minha irmã, dois anos mais nova. Contei pra ela que eu era gay, e ela recebeu a notícia com o mesmo impacto que teria eu dizer “Nossa, hoje o céu está azul”. Sério, foi até frustrante. Poxa, você não vai dizer nada? Tá simplesmente tudo bem assim? Eu tô saindo do armário pra você!!! Sem saber, minha irmã tinha me dado a força e a confiança que eu precisava pra lidar com o assunto.

Com minha mãe, eu sempre tive uma relação muito próxima e de cumplicidade. E comecei a me torturar por não estar dizendo a verdade pra ela. Afinal, ela era super moderna, tinha amigos gays no trabalho e achava o máximo! Então deixava os folhetos de balada em cima da minha escrivaninha pra ver se ela via e perguntava (eu não teria coragem de contar), mas sem sucesso. Tentei levá-la num show da Maria Rita junto com alguns amigos gays e amigos desses amigos, um deles bem afeminado, e mesmo assim ela não perguntou nada! Foi só um mês depois de contar pra minha irmã que a oportunidade apareceu.

Meu quarto. Minha irmã no computador vendo o extinto Orkut e eu deitado na minha cama com minha mãe papeando sobre amenidades. Não sei como o assunto “gay” foi posto em pauta, mas eu tinha que aproveitar o gancho e de alguma forma ele se desenrolou para algo como:

– Ah, mas fulano é gay, né?
– É sim, mãe! E sicrano também.
– Ah é? Não sabia. Mas percebi daquele outro lá no show.
– É, esse não dá nem pra negar.
– Nossa, mas quantos, né?
– Pois é, mãe, todo mundo “virou gay”.
– Só falta você também me dizer que é.
[gargalhadas]
– É, eu sou.
[mais gargalhadas]
– Ai, tá bom, Rafa… Vou acreditar…
[mais um restinho de gargalhadas]
– Tô falando sério, mãe!

O silêncio sepulcral se instalou e minha irmã deve ter congelado no computador. É, eu estava saindo do armário pra minha mãe. Depois de perguntar se era verdade e com a minha confirmação, ela se levantou, se trancou no banheiro e começou a chorar. Eu morava sozinho com ela na época e foram meses terríveis porque minha mãe não gritou comigo, nem discutiu ou abriu espaço para o diálogo. Foram uns 5 ou 6 meses de olhos vermelhos de chorar, passando um pelo outro na casa com ela mal me olhando na cara, não falando direito comigo e nos poucos momentos de conversa, culpando Deus, o mundo e a si mesma por essa tragédia. Foi difícil pra nós dois. Ela também tinha planos montados na cabeça dela para mim, eu iria me casar, ter filhinhos, ser “normal”, como dizem por aí. E, de repente, eu destruí todas essas idealizações. Com o tempo, ela conheceu meus primeiros namoradinhos e ficou um pouco mais segura de que eu não iria pras drogas ou promiscuidade, sem me cuidar, mas ainda assim, ela não queria nem falar muito do assunto. Só alguns anos depois, quando eu comecei um namoro mais sério, que foi com o cara com quem eu me juntei (ou casei, use o termo que quiser), que ela amansou um pouco. Nos primeiros meses de namoro, ele me deixou em casa de madrugada e segui a tradição de sempre acordá-la pra dizer que cheguei bem (mãe só muda de endereço). E ela perguntou onde ele estava. Eu disse que ele tinha me deixado e ido pra casa e a fala dela “Mas porque ele não dormiu aqui? Já é tarde!” me deixou em choque por uns segundos e me fez perceber que o caminho ia ser mais tranquilo dali pra frente. E foi.

Com meu pai, o buraco era mais embaixo. Não tinha uma relação boa com ele, já tínhamos ficado mais de 1 ano brigados, sem conversar um com o outro, e nossas ideias nunca batiam. Eu, apesar de admirar meu pai em muitas atitudes dele desde sempre, o descrevia como um cara intolerante, homofóbico e grosso. Depois de alguns meses fora do armário pra minha mãe e de um término de um namorico, resolvi que iria falar pra ele. Já que nossa relação não era das melhores, se ele gostasse muito que bem, mas se não gostasse, paciência. Eu amava muito ele, mas se ele não aceitasse, eu iria tocar minha vida com esse fato consumado, não iria ter mais uma relação em cima do muro.

Eu nunca conseguia uma oportunidade de estar sozinho com ele pra contar e só consegui, adivinhem quando? No Dia dos Pais! Pois é, até hoje ele me fala ironicamente que dei um presentão pra ele. Bom, estávamos na varanda – olha o perigo 😛 – e ele perguntou como eu estava. A conversa rolou mais ou menos assim:

– Agora eu tô bem, pai.
– Agora? Porque você não tava?
– Ah, eu terminei um namoro há mais ou menos um mês, então não tava tão bem.
– Ué, não sabia nem que você tava namorando…
– Mas eu tava.
– Namorando com quem?
[respira fundo]
– Com o Pedro, pai.

Nesse momento, tudo congelou e fui invadido por um medo descomunal. Achei que ele iria me jogar ali da varanda. Eu, depois de tanto tempo, saindo do armário pro meu pai. Mas o que se sucedeu enfim foi que ele disse “Você sabe qual minha opinião sobre isso, o que eu penso disso. Mas você é meu filho, e se alguém ousar levantar a voz pra você pra falar sobre isso, vai ter que se ver comigo.” Gente, fala sério, eu poderia ter um pai mais lindo? Nos abraçamos, choramos horrores os dois e a única coisa que ele jogou foi muito amor pra mim. É engraçado como os diálogos ficam marcados nesses dois casos. Lembro deles com essa riqueza de detalhes, foram momentos importantes e decisivos pra mim.

Depois desse episódio, meu pai não queria me perder de novo, ficar sem falar comigo, e fez um esforço sobrehumano pra poder me aceitar. Fez questão de contar pros amigos dele, mas não daquela maneira que parece que tá contando que eu era um ladrão. Ele explicou pra todos eles o que aconteceu e honrando o que me prometeu, parece ter dito algo do tipo “é isso, só pra vocês saberem, e não vai mudar, não vai ser motivo de piada aqui”. Ele nunca me contou isso, mas essa foi a lógica que eu segui quando, com o passar do tempo, vi a forma natural que todos eles me tratavam ou tratavam do assunto. Meu pai tinha orgulho de mim, e eu sentia essa demonstração de verdade, pela primeira vez na vida. Não que ele não tivesse antes, mas nossas desavenças ocultavam isso de mim mesmo.

Hoje, o velho é meu melhor amigo. Continua sendo um exemplo de homem e, assim como minha mãe, foi meu ombro em término de namoro.

Esse namoro, aliás, os dois viveram plenamente comigo. Meu ex frequentava minha casa, festas de família, dormia em casa, viajávamos juntos. Tudo nos conformes. E quando “casamos”, quando fomos morar em Londres, eles acompanharam de longe nossa relação pelo meu blog. E quando terminei, ainda morando lá, eles foram meu apoio. E a relação foi só melhorando e se estreitando. Há cerca de um ano, quando vivi um turbilhão emocional por conta de um carinha meio confuso mas encantador que conheci, meus pais foram meus guias pra sair daquela situação. Mas como você toma coragem pra chegar pro seu pai e pra sua mãe e falar:

– Eu conheci um cara, transei com ele, não tinha nada demais, sabe, era só sexo, e era muito bom. Tão bom que acabei amando, mas ele terminou um relacionamento de mais de uma década e tá querendo passar o rodo, não sei lidar com isso, como faço?

Já pensou nisso? Pois eu fiz! Olha a evolução que minha relação com meus pais teve. Saindo do armário para o reino colorido, né?

E eu fiz esse relato longo pra que você querid@ leitor@, saiba que não é fácil aquele processo de estar saindo do armário, mas faz um bem enorme. Você tira um peso das costas e deixa as coisas expostas como elas realmente são.

Você se torna livre! E isso não tem preço.

Se você ainda estiver escondido e quer arrasar saindo do armário, pense nisso. Considere a possibilidade.

 

Se você já se assumiu, como foi a sua história saindo do armário? Comenta aqui pra gente!

Ou manda sua história saindo do armário pra e publicarei algumas! 🙂

Se quiser conhecer o Rafa além do Viaja Bi!, ele escreve também o Viagem Primata desde 2009.

 

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Sobre Rafael Leick

Rafael Leick

Criador dos projetos Viaja Bi!, Viagem Primata e ExploraSampa, host do podcast Casa na Árvore e colunista do UOL. Foi Diretor de Turismo da Câmara LGBT do Brasil. Escreve sobre viagem e turismo desde 2009. Comunicólogo, publicitário, criador de conteúdo e palestrante internacional, morou em Londres e São Paulo e já conheceu 30 países. É pai do Lupin, um golden dog. Todos os posts do Rafael.

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19 Comentários

  • Ana Grassi
    2015-04-25 23:07

    Raf, é a segunda vez que leio seu relato. Mas da primeira vez eu não te conhecia e hoje você mora no meu coração…e isso muda tudo! Chorei demais de emoção e me orgulhei de ter um amig@ (rsrsrs) com sua coragem.
    Obrigada por dividir isto com o mundo!
    Te amo, Bi!
    Ana

    • Rafael Leick
      2015-04-26 15:45

      Ana, que delícia ler isso! Obrigado pelo comentário e por ser tão fofa rs 🙂
      Espero você em Sampa de novo pra falarmos mais sobre os tirantes da vida hahahaha
      bjs

  • Lena Reis
    2015-04-25 23:35

    Leick, boa noite. Aqui quem escreve é a Female Sinatra. Depois que eu criei um blog de viagens, meu olhar mudou e eu tenho uma percepção diferenciada e melhorada sobre viajar. Já li muito o Viaja, Bi. E depois de ter te encontrado agora em Sampa, passei a ter uma percepção diferenciada e melhorada sobre você, e sobre seu blog. Me faça um favor: não perca a alegria e nem esse jeitinho de ser o primeiríssimo a SE sacanear. Você me relembrou algo muito importante: fazer graça com nossas próprias idiossincrasias é um sinal inequívoco de inteligência. Você é uma graça, rapaz.
    Um abraço apertado,
    Lena Reis
    = Viajando no Blog =

    • Rafael Leick
      2015-04-26 15:47

      Lena, que delícia de comentário! <3
      Obrigado pelas palavras. Realmente não dá pra se levar tão a sério. Rir de nós mesmos é um remédio ainda melhor do que somente rir. 🙂
      Adorei te conhecer.
      bjs

  • Carla Boechat
    2015-05-26 13:58

    Rafa, me emocionei com a parte do seu pai! Cheguei a arrepiar… q exemplo!
    amei o relato <3

    • Rafael Leick
      2015-05-26 18:21

      Carlinhaaa, meu pai é um cara incrível e que me surpreende e me dá exemplos sempre. Minha mãe também. Entendeu porque eu sou tão legal? hahahahaha Brincadeira.
      Eles são um exemplo mesmo, amo meus pais.
      Valeu pelo comentário 😉
      bjs

  • Felipe Alves
    2015-06-24 20:15

    Abri o jornal ontem logo pela manhã, como de costume, pra me informar do que estava rolando, principalmente aqui na minha cidade. Por causa da pressa (sempre atrasado), acabei pulando o caderno de turismo que tanto adoro ler rs. Fui ler hj e acabei me deparando com a informação do bate-papo que o Rafael vai comandar aqui em Sorocaba falando sobre turismo.

    E ai que agora estou aqui, lendo esse relato delicioso de cmo vc saiu do armário. E me identifiquei muito. Acho até que pude estabelecer alguma relação com a minha saída do armário. Que momento difícil né? Lembro até hj do meu pai “passando mal” e andando na rua de casa desacreditando. Mas diferente de vc, eles descobriram achando uma cartinha que meu namoradinho da época escreveu pra mim.
    Só fui falar mesmo de namorado pra eles quando eu estava morando em San Francisco, na Califórnia. Acho que a distância ajudou a ter coragem.

    Meus pais são meus melhores amigos, e assim deveria ser com tudo mundo. Gays ou não.
    Parabéns Rafael. Pela força, pela coragem, pela história e por sair do armário tão fofamente! rs

    • Rafael Leick
      2015-06-24 20:23

      Sair do armário fofamente foi ótimo! hahahaha
      Valeu pelo comentário, Felipe. Esse momento é sempre delicado, mas no meu caso só trouxe consequências positivas, e tenho pais incríveis e uma irmã sensacional. Não posso reclamar. Vim pra esse mundo de forma bem abençoada.
      Espero você lá no bate-papo amanhã no Sesc Sorocaba, ok? Às 19h! Não perca hehehe
      Até!

  • Gustavo
    2015-11-03 14:00

    Muito legal seu relato Rafa 🙂

    O meu caso foi bem tranquilo. Meu irmão mais velho também é, então o caminho já estava aberto 😉

    • Rafael Leick
      2015-11-03 22:21

      Valeu, queridão!
      Olha só, já pegou todo trabalho pronto. Só chegou pra arrasar mesmo! hahaha

  • Luan
    2016-01-10 13:41

    Oi Rafael!
    Muito legal seu coming out story post! Que sirva de inspiração para mais e mais pessoas tornar esse mundo com muito mais amor!!! As partes tristes nos fortalecem e servem para nos tornar ainda mais firmes nessa caminhada!

    Lots of love,
    Luan 😀

    • Rafael Leick
      2016-01-10 13:45

      Oi, Luan.
      Obrigado pelo comentário e pelas palavras. 🙂
      O esquema é realmente deixar as coisas ruins te fortalecerem. 🙂

  • Lilian
    2016-02-08 18:33

    Rafa, vc é um rapaz muito carinhoso. Entendo muito sua mãe, também sou mãe e acho muito difícil viver tudo que vcs viveram,ela foi uma pessoa que não bancou a moderna aceitando de cara, ela precisou de um tempo de reflexão e elaboração,mas por tudo que vc já tinha falado de sua família eu esperava que ela agisse como agiu. Filhos gays ou heteros, adolescentes, jovens ou adultos nós nos preocupamos. Um grande beijo pra sua família e pra você. Seja feliz

    • Rafael Leick
      2016-02-10 15:48

      Exato, Lilian. Foi bem isso mesmo. Hoje ela super me apóia em tudo que eu faço. Uma amigona mesmo. As coisas na nossa vida tem um tempo de maturação, né? É natural. 🙂
      Brigadão pelo comentário e pelo apoio de sempre, sua linda. Bjs

  • Thiago Melo
    2016-02-09 16:07

    Rafa, adorei saber mais sobre você. Aliás, o meu pai é bem parecido com o seu, eu e ele nem tínhamos uma boa relação e agora que estamos tendo fica ainda mais difícil contar pra ele que sou gay.
    Já contar pra minha mãe foi bem mais fácil.

    • Rafael Leick
      2016-02-10 15:50

      Oi, Thiago. Valeu pelo comentário. Fico feliz que sua relação com seu pai tenha melhorado. E vai continuar melhorando. Você vai sentir quando chegar a hora certa de contar pra ele. E ele te ama, acima de tudo. Vai fazer o possível pra entender. Tô aqui na torcida. 🙂
      Bjs

  • Wesley
    2016-07-24 16:52

    Achei linda a sua história, tão bela com o seu texto. Me transportei para cada momento do seu relato. Parabéns pela coragem e perseverança, parabéns aos seus pais pela evolução enquanto seres humanos. Não podemos mudar o mundo de uma só vez, mas mudando o mundo a nossa volta já contribuímos para grandes transformações sociais. No fim, sempre vence o amor.

    • Rafael Leick
      2016-07-24 18:55

      Valeu, Wesley! 😉
      Obrigado pelos elogios! A saída do armário foi um momento bastante importante na minha vida.

  • […] Saindo do armário com o Rafa […]

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