Passeio de bike em SP pra ver graffiti 🚴
Tá, eu confesso! Eu não sei andar de bicicleta!!! E porque raios eu resolvi encarar um passeio de bike em SP, passando por grandes avenidas movimentadas? Não sei. Mesmo! 😀
O que eu descobri, foi que, na verdade, eu não sou assim tão inexperiente na bike quanto eu achei que era. Acho que era mais medo de andar na cidade do que qualquer outra coisa. Poxa, já pedalei em Curitiba durante o Curitiblogando e em volta da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, na minha última visita. Não posso ser tão ruim assim! E descobri que não era mesmo. A Kátia (do My Destination Anywhere), é muito pior que eu! Rá! 😛
Esse passeio foi especial pois desbravamos São Paulo de um jeito diferente. O tour, organizado pela startup Bem São Paulo, foi conduzido por Luisa Fioravanti e Felipe Risada e, além da bike e de pontos turísticos e/ou importantes, o destaque ficou pela rota de graffiti em São Paulo . Os dois guias fazem parte de um coletivo de arte urbana chamado Rolinho Bros, junto com o Pixotosco, usando somente rolinhos de tinta para montar seus graffitis.
Mapa do passeio de bike em SP 🚴
Montei um mapinha com nosso roteiro completo: foram 19km de pedalada no total, sendo 10km de manhã, durante a primeira parte do trajeto, até o Edifício Itália. E mais 9km à tarde, com pausa pro almoço no tradicional bairro do Bixiga.
🐒 =>Leia: Redescobri SP no Vem Pra Sampa Meu!
Roteiro Pedalarte, o passeio de bike em SP do Vem Pra Sampa, Meu!
🚩
🚴 Praça do Ciclista
🚴 Casa das Rosas
🚴 Centro Cultural São Paulo
🚴 Feirinha da Liberdade / Praça da Liberdade
🚴 Catedral da Sé
🚴 Pateo do Collegio
🚴 Mosteiro de São Bento
🚴 Vale do Anhangabaú
🚴 Largo do Arouche
🚴 Praça da República
🚴 Edifício Itália / Terraço Itália
🚴 Edifício Copan
🚴 Praça Franklin Roosevelt
🚴 Bairro do Bixiga
🚴 Cantina Villa Távola
🚴 Praça Oswaldo Cruz
🚴 Estúdio de Graffiti – Ateliê Felipe Risada
🚴 MAC USP – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
🏁
Dados importantes do passeio de bike em SP
Distância percorrida: 19km
Início: Praça do Ciclista (R. da Consolação x Av. Paulista)
Fim: MAC USP
Tempo do passeio: 6h, fora a parada para almoço (9h – 13h30 / 14h30 – 17h)
Qualidade das bikes: pareciam novas e conservadas, mas um celim mais acolchoado cairia bem pelo tempo do passeio
Grau de dificuldade: Moderado (leve pelo trajeto mais plano, pesado pelo tempo total)
Sobre a rota: Maior parte em ciclovias/ciclofaixas, terrenos planos e asfalto bem cuidado, mas com alguns trechos que você deve andar com a bike ao lado, algumas ladeiras e pisos acidentados.
Extras: além da simpatia dos guias e do capacete, cada um ganhou uma garrafa de água, já posta no quadro da bike.
Os graffitis 👾
Durante o percurso, paramos para observar vários graffitis, super diversos entre si, e os guias explicaram sobre os diferentes estilos de arte urbana que decoram São Paulo. Vou levantar pra você os mais expressivos, se quiser ver todos, vai ter que fazer o tour. 😛 Um dos que mais me chamou a atenção, também pelo nome, foi o Borroco, “homenagem” ao estilo Barroco, misturado com “borrão”, pois a pintura é feita com ovos que são recheados de tinta e atirados contra uma parede. Já tinha visto pela cidade, agora aprendi o nome. 🙂
O primeiro graffiti que vimos, foi na própria Praça do Ciclista, um dragão, feito pelo coletivo que o Risada, um dos guias, faz parte (é o da primeira foto do post). Depois vimos o painel empena no cruzamento da Rua da Consolação com a Avenida Paulista, antes mesmo de começar a pedalar. Quem fez, foi o artista Nove Digital Orgânico, usando borrifador. Na outra face desse prédio, fica uma outra empena, dessa vez do renomado Kobra, que pintou Ayrton Senna olhando para a Av. Rebouças. Mas esse não vimos no tour, só sei porque já passei por lá algumas vezes.
Na outra ponta da Paulista, em frente à Casa das Rosas, vimos mais um mural empena, também do Kobra, que ali expressou o olhar contemplador de Oscar Niemeyer.
Lá no Centro Cultural São Paulo, além da horta orgânica coletiva no jardim suspenso, pudemos ver a obra de Tomie Ohtake em homenagem aos imigrantes japoneses no meio da Av. 23 de Maio.
Já no centro da cidade, visitamos duas obras feitas durante o Festival O.Bra. A primeira, no Vale do Anhangabaú, pertinho do Edifício Martinelli e do Banespão, fica a obra Coração/Caveira, criação conjunta dos artistas Alexis Dias e INTI. E no Largo do Arouche, paramos pra ver o Pássaro, de Speto e Never 2501.
A Praça Roosevelt é um prato cheio, por onde você olhe, vai ver graffiti. A Rua Treze de Maio, no Bixiga, não fica atrás! Ela recebeu recentemente um festival de graffiti, com inúmeros artistas e estilos.
Do Borroco à técnica de lambe-lambe do projeto #lambebuceta, que propõe a criação e divulgação de representações gráficas da genitália feminina, de forma colaborativa e coletiva, numa ação de empoderamento da mulher, autoestima, quebra de tabus e paradigmas. E rende, ainda uma reflexão divertida.
Depois do almoço, seguimos pedalando. E lembra daquele primeiro dragão que vimos, no começo do tour?
Ele também foi visto no Estúdio de Graffiti, o ateliê do guia Felipe Risada, na Vila Mariana, junto com outras representações gráficas que tomam todo o estúdio e as ruas ao redor.
E lá no MAC USP, depois de ter feito nossas fotos com o gato gigantesco que ocupa o hall do térreo do prédio, subimos para o mirante, de onde deu pra ver um pouquinho dos inúmeros graffitis que enfeitam nosso lindo Parque do Ibirapuera, e ainda tirar umas fotos daquela vista.
Eu já fiz um outro passeio de bike, num roteiro pelo Ibira, veja como foi no ExploraSampa.
Ali terminou nosso passeio de bike em SP. Mas ainda tem mais graffiti, calma!
Uma explosão de graffiti no Beco do Batman
De lá do MAC USP, pegamos um Cabify e seguimos para a Vila Madalena para, antes de uma cervejinha no boteco São Conrado e um tour na Cervejaria Nacional, explorarmos o famoso Beco do Batman. Não tinha um lugar melhor para encerrar um dia cheio de graffitis!
Há varias teorias sobre o nome desse ponto turístico. A mais aceita como “oficial”, dá conta de que um Batman foi grafitado nos anos 80 em uma das paredes e é ele que deu nome ao beco (deve ser esse aqui). Outras teorias, indicam que por conta do nome do beco é que o graffiti do Batman foi feito ali.
Sendo uma ou outra, o graffiti atraiu estudantes de artes plásticas, que começaram a fazer desenhos de influência cubista e psicodélica, formando uma galeria a céu aberto, com as paredes (hoje, disputadíssimas) totalmente cobertas. Os desenhos são renovados constantemente por grafiteiros e a comunidade ajuda a conservar as paredes.
Quer ver arte urbana pedalando? Vem pra Sampa, meu!
Leia também os relatos desse passeio de bike em SP nos blogs Tip Trip e do Com os Pés no Mundo.
Mais fotos do passeio de bike em SP
[Post originalmente publicado em 22/10/2016 no Viagem Primata e migrado por seu autor para o Viaja Bi! em 19/11/2018]
13 Comentários
Alessandra Fratus
Amay! Demais! Eu tava doooida pra fazer esse passeio!
Rafael Leick
Devia ter ido! Ia ter ainda mais fotos legais! 🙂
Mas vamos combinar um dia de pedalar nóis, mesmo sem encontrão! rs Bora?
Larissa Pereira
Muito bom, o texto ficou completíssimo! Não iria lembrar mesmo de todos esses detalhes, adorei!
Rafael Leick
Eba! Valeu, Larissa! O passeio foi uma delícia. Precisava registrar tudinho aqui pra eu não esquecer dos detalhes hehehe bjo
Fabio Pastorello
Uau, que máximo. Adorei o post, ficou bem completo. E fiquei com invejinha de não ter feito esse passeio. Muito bom.
Rafael Leick
Valeu, Fábio. O roteiro foi muito legal. E mega exercício rs
Acabei o dia tonificado hahahahaha 🙂
Bike tour por São Paulo I Encontro de Blogueiros de Viagem Vem pra Sampa, Meu!
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Gabi Pizzato
Bi, o texto ficou muito bom! Vendo o mapa dá pra ter ideia mesmo da super volta que demos. Foi um dia lindo! E você sobreviveu, kkk… bj e parabéns! Vou te mencionar no meu post! 😉
Rafael Leick
Oi, Gabi! Valeu pelos elogios. Foi um dia intenso, mas delicioso. 🙂
Nós sobrevivemos rs
Brigadão pela menção! Bjs
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