25 de fevereiro de 2016

Vendo as Linhas de Nazca do ceu | Mochilão Peru #12

Mistério, enigmas e civilizações antigas foram a tônica do dia no Mochilão no Peru hoje. Sobrevoei as Linhas de Nazca e fui conhecer alguns sítios arqueológicos ligados à civilização Nazca.

O macaco é uma das figuras formadas pelas enigmáticas Linhas de Nazca, no Peru

O macaco é uma das figuras formadas pelas enigmáticas Linhas de Nazca, no Peru

 

MOCHILÃO NO PERU – DIA 12 – 25/2 – QUINTA

Vendo as Linhas de Nazca de cima

Acordei antes das 7h, pra estar pronto 7h15 porque um transfer levaria a gente do Nanasqa Hostel para o Aeroporto Maria Reche, de onde saem os voos que sobrevoam as misteriosas Linhas de Nazca. O transfer estava incluso na passagem, que combinei com o próprio Roy, do hostel, que foi me buscar no terminal de ônibus ontem à noite.

Ele tem contato direto com a Aero Paracas, então mesmo que você feche com outra agência é bem capaz de voar com essa empresa. E com ele, como não tinha uma comissão de agência, paguei mais barato. Foram US$ 65, enquanto tem voos que cobram de US$ 70 até mais de US$ 100. Saí na vantagem nessa. Paguei em Nuevos Soles, então na conversão os US$ 65 saíram por S./ 227,50.

Chegando ao aeroporto, além de pagar o passeio na própria companhia, qualquer pessoa de qualquer agência ou mesmo por conta, tem que pagar a taxa aeroportuária de S./ 25. Se tiver dinheiro trocado, leve já na quantia certa, sofri pra conseguir trocar por lá.

Na TV do saguão do pequeno aeroporto fica passando um documentário da National Geographic sobre as Linhas de Nazca, explicando um pouco sobre as descobertas daquela civilização.

Fiz o sobrevôo às Linhas de Nazca com a Aero Paracas

Fiz o sobrevôo às Linhas de Nazca com a Aero Paracas

No guichê da Aero Paracas, antes de pagar, você é pesado, pra que eles façam a distribuição dos pesos nos aviões. Dei sorte de cair no mapeamento do lado direito da aeronave, que dizem que é o melhor assento pra ver as linhas, mas o avião vira pros dois lados em cada figura, então não tem muito segredo não.

Por falar em virar, o avião vira bastante e pode ser que você fique bem enjoado. Se você for mais sensível, manda um Dramin antes do voo. Mas se tudo der errado, tem um saquinho individual pra vômito logo em frente ao seu assento, vai na fé! Não deixe de ver as Linhas de Nazca por isso, vale muito a pena. 🙂

Depois conto melhor todo o trajeto, pois vou com certeza fazer um post mais completo sobre o sobrevôo às Linhas de Nazca. Voltando à pista, você ganha um certificado de voo sobre esse Patrimônio da Humanidade. \o/

O colibri é uma das figuras formadas pelas enigmáticas Linhas de Nazca, no Peru

O colibri é uma das figuras formadas pelas enigmáticas Linhas de Nazca, no Peru

Comprei um livro sobre as Linhas e voltamos de transfer pro Nanasqa Hostel. A ida e a volta já estavam inclusas na passagem.

Dormi um pouco pra tirar o cansaço de ontem, pois quando cheguei de Huacachina estava cheio de areia então, até tirar tudo e postar aqui, fui dormir tarde. 😛

Combinei com o Roy um tour por alguns outros sítios arqueológicos de Nazca pra mais tarde, por S./ 20. Bem mais barato do que as agências cobram, pelo que notei. Talvez as agências tenham uma explicação mais detalhada de cada parada, mas nesse caso, achei que super valeu a pena.

Antes fui almoçar no centro. A cidade tem 60 mil habitantes, não é muito grande, então em 10, 15min caminhando, você está na Plaza de Armas. Como estive ruim do estômago nos últimos dias, passei reto pelos menus de S./ 5 ou S./ 8 e parei num restaurante bem mais bonitinho e turístico pagando S./ 30. Normalmente eu comeria nos mais baratos, mas estando ruim há 4 dias não quis arriscar. E tava tudo muito bom.

Mas logo depois do restaurante meu fiofó pediu arrego e eu fui na farmácia comprar alguma coisa pra parar essa desgraça de kh-nêra. A moça da farmácia me deu um Sanaprim Forte, pra infecção estomacal, já que completei 4 dias na função. Os principais componentes são sulfametoxazol e trimetoprima, e tô tomando a cada 12h. Senti uma melhora hoje.

Comi uma Causa Limeña deliciosa e um frango recheado com presunto e coberto com um molho de quinoa, batatas e ainda tinha uva itália e ovo cozido na apresentação do prato. Só passei o ovo por garantia. Um copão de limonada também estava incluso.

Depois saímos pro tour. Passamos primeiro em Los Paredones, que é um centro administrativo do Império Inca, quando eles tomaram a cidade dos Nazca. Ali não funcionava como templo, só para observação da cidade, por sua posição estratégica. Paga-se S./ 10 de entrada, mas que dá direito também às próximas duas paradas.

De lá, seguimos pro El Telar (O Tear), que é um outro pedaço das Linhas de Nazca, em escala menor e distância geográfica maior. São várias linhas entrelaçadas, formando um tear e um espiral logo ao lado, com várias outras linhas cortando a paisagem.

Depois seguimos para os Aquedutos de Nazca, onde deu pra ver o trabalho incrível que eles fizeram. A água vem da Cordilheira dos Andes, que está há cerca de 100km dali. A água que derrete das montanhas se infiltra na terra e vem correndo por lençóis subterrâneos até essa região.

Depois de sobrevoar as Linhas de Nazca, conheci o Aqueduto de Nazca

Depois de sobrevoar as Linhas de Nazca, conheci o Aqueduto de Nazca

Os Nazca escavaram uns 5m de profundidade até achar a água e canalizaram tudo pra poder utilizar. E o interessante é como fizeram isso. Os caminhos eram sinuosos pra que a água não ganhasse força e não causasse a erosão das laterais. Foram usadas, pra canalizar, pedras redondas, pra que a água também perdesse um pouco de força.

Pra tampar, eles usaram madeira de uma árvore milenar cobrindo o aqueduto e depois cobrindo normalmente com terra e pedras, pra preservar sua temperatura baixa e não evaporar com o calor. Em alguns pontos que pudemos ver, tem caminhos em espiral que permitia que eles baixassem até o nível da água e a usassem pra consumo.

Hoje a lenda diz que quem bebe dessa água não sai de Nazca ou volta pra cá outra vez.

Bom, meu ônibus pra Arequipa é daqui a pouco, mas espero voltar uma próxima vez! 😉
Até amanhã, pessoal.

 

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[Post originalmente publicado em 25/02/2016 no Viagem Primata e migrado por seu autor para o Viaja Bi! em 24/11/2018]

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Sobre Rafael Leick

Rafael Leick

Criador dos projetos Viaja Bi!, Viagem Primata e ExploraSampa, host do podcast Casa na Árvore e colunista do UOL. Foi Diretor de Turismo da Câmara LGBT do Brasil. Escreve sobre viagem e turismo desde 2009. Comunicólogo, publicitário, criador de conteúdo e palestrante internacional, morou em Londres e São Paulo e já conheceu 30 países. É pai do Lupin, um golden dog. Todos os posts do Rafael.

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5 Comentários

  • Eloah Cristina
    2016-02-26 16:26

    Quero muito conhecer Nazca. É muito tenso o avião ou ele só sacode um pouco?

    • Rafael Leick
      2016-02-26 16:40

      Ele sacode bastante, mas bem sei que você adora um sacolejo hehehe
      Muita gente passa mal, mas cara, não dá pra perder. Vale muito a pena!
      bjs

  • angie
    2016-02-27 13:01

    eeeeita que desgraça auehaeu ainda bem que não teve “acidentes” no voo aheuaheu

  • Pousadas Em Ilha Grande
    2021-03-17 17:40

    Que legal

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