15 de julho de 2018

Curaçao LGBT: conheça a ilha mais gay do Caribe 🇨🇼

Pra você que caiu aqui de pára-quedas e não sabe nem o que é Curaçao, é uma ilha babado no Caribe, super aberta à comunidade LGBT+ e que recebeu euzinho aqui no fim do mês passado com o projeto Viaja Bi! Convida, que na primeira edição chamei os youtubers Klebio Damas e Fernando Escarião. Já expliquei aqui um pouco mais sobre a ilha, mas hoje campam falar sobre Curaçao LGBT, ou seja, vamos reler a ilha com um olhar colorido.

Dá pra será LGBT friendly no Caribe?

Curaçao LGBT: a praia Porto Mari fica em Curaçao, a ilha mais friendly do Caribe

Curaçao LGBT: a praia Porto Mari fica em Curaçao, a ilha mais friendly do Caribe

🇨🇼 Veja tudo que foi publicado sobre o #ViajaBiConvida e o guia de Curaçao 🏳️‍🌈

 

Curaçao LGBT 🇨🇼🏳️‍🌈

A maior parcela de turistas de Curaçao é obviamente europeia, por conta da colonização da Holanda e com rastros históricos da Espanha e Portugal, então além de boys nativos curaçolenhos, espere encontrar muitos holandeses no Grindr. O voo da KLM vindo direto de Amsterdam certamente facilita muito esse número de loirinhos. Quem gosta de um prato grande, recheado e bem servido🍆, se é que me entendem😈, vai adorar. Começando assim, a diversidade já vem bastante embutida no DNA da ilha.

Curaçao LGBT: A Curaçao Pride Parade passa na ponte flutuante Queen Emma, que fica colorida o ano todo

Curaçao LGBT: A Curaçao Pride Parade passa na ponte flutuante Queen Emma, que fica colorida o ano todo

A ponte que mencionei, Queen Emma (Rainha Emma), é flutuante e tem vários arcos em toda sua extensão. À noite, eles também ficam bem coloridos. Com tanta cor assim, nada mais justo que ela ser parte do caminho da Parada LGBT de Curaçao, que chega esse ano à sua 6ª edição, no fim de setembro, com uma programação de uma semana envolvendo vários lugares da ilha. Um vai causar em um dia da semana. Curaçao LGBT bombani! 🙂

 

Hotel gay em Curaçao?

A Parada foi idealizada e ainda é organizada pelo hotel gay Floris Suite & Spa. Digo gay porque foi o público pro qual foi criado, mas há muito tempo recebe toda comunidade LGBT+ e, inclusive, muitos héteros, que não se importam de ver a bandeira do arco-íris logo na entrada.🏳️‍🌈 Às sextas e domingos, o spa fecha somente para homens a partir das 18h.

Curaçao LGBT: Sendo bem gay no hotel gay Floris Suite & Spa

Curaçao LGBT: Sendo bem gay no hotel gay Floris Suite & Spa

“Ah, mas você disse que era LGBT, não gay”. Sim, eles tinham o spa aberto somente para mulheres em determinados horários antigamente, mas ficava vazio. Acredito eu (posso estar errado), por uma questão de interesses mesmo. Então, eles mantiveram só os de homem, que tem bastante movimento.

Além do Floris, outros hotéis estão super bem preparados para receber a comunidade LGBT, são hotéis LGBT friendly, cada um com um estilo diferente. Curaçao LGBT também na hotelaria, monamu!

Curaçao LGBT: Rafael Leick, Klebio Damas e Fernando Escarião no hotel gay Floris Suite & Spa

Curaçao LGBT: Rafael Leick, Klebio Damas e Fernando Escarião no hotel gay Floris Suite & Spa

O Amalia Boutique Hotel é pequeno, mega fofo e acolhedor e tem piscina. Uma das áreas do hotel é como se fosse um apart-hotel com cara de casarão de família na fazenda, com quartos imensos que incluem ante-sala, cozinha e banheiro, além do quarto em si. A região do Amalia, inclusive, é perfeita para encontrar holandeses no Grindr. #ficadica #umamigomecontou

O Haitham, dono do Amalia, preparou ainda algumas surpresas especiais pra gente. Além de sacolinha com mimos na cama quando chegamos, ele comprou um flamingo inflável gigante só pra gente poder tirar foto e brincar na piscina. Mega fofo.💙

Curaçao LGBT: Flamingo inflável especialmente pra gente no Amalia Boutique Hotel

Curaçao LGBT: Flamingo inflável especialmente pra gente no Amalia Boutique Hotel

Esses foram os dois hotéis nos quais fiquei hospedado durante minha visita, mas sei que o público LGBT+ também se hospeda bastante no Papagayo Beach Hotel e Papagayo Beach Resort, que é, na real, um só complexo com hotel, resort, beach club, restaurante e muitas outras coisas. Em termos de Curaçao LGBT, parece que é o segundo hotel para o público na ilha.

Visitei esse hotel, eles me mostraram alguns quartos e também é lindo. Também comi no restaurante deles, tudo bem gostoso. Comida aliás, em Curaçao, é sempre boa, não comi NADA que não estivesse delicioso.

Curaçao LGBT: Posando com camiseta da Sorti Store no Papagayo Beach Club, onde jantei

Curaçao LGBT: Posando com camiseta da Sorti Store no Papagayo Beach Club, onde jantei

 

Vida LGBT+ em Curaçao

A ilha como um todo é bem friendly e segura. Para os moradores locais, por ser uma ilha, ainda rola um certo estranhamento de algumas pessoas e muitos jovens, como cidadãos holandeses, preferem morar em Amsterdam e voltar mais velhos. Mas isso tem mudado nos últimos anos e, principalmente para os turistas, não há problema de ser LGBT+ em todos lugares.

Curaçao LGBT: fiz o passeio de quadriciclo com a empresa Eric ATV cheio de orgulho de ser quem sou

Curaçao LGBT: fiz o passeio de quadriciclo com a empresa Eric ATV cheio de orgulho de ser quem sou

Eu mesmo andei com bandeira do arco-íris pra cima e pra baixo, como vocês podem ver nas fotos e inclusive um casal de velhinhos achou mara e pediu pra tirar foto minha com a bandeira na praia Porto Mari. Não sei se eram turistas ou locais, mas não tive nenhum olharzinho torto sequer quando sacava aquele bandeirão colorido. Se não tinha, agora tem Curaçao LGBT pra todo mundo. 😛

Essa aceitação na ilha toda faz com que não haja locais especificamente-exclusivamente-declaradamente LGBT+, com exceção do Floris Suite & Spa, que tem bandeira na porta e as noites de spa exclusivo para homens.

Curaçao LGBT: o único bar mais voltado especificamente aos LGBT+ é o Chin Chin

Curaçao LGBT: o único bar mais voltado especificamente aos LGBT+ é o Chin Chin

Vale lembrar que essa pulverização também acontece em outras cidades de grande aceitação como a argentina Buenos Aires. Entendo que esses foram destinos que não tiveram tempo de construir seu “gueto” LGBT+ como Londres, Nova York e Madri porque acabaram passando por esse processo de avanço que a comunidade LGBT+ global têm tido graças à Internet e às redes sociais, em tempos onde não é mais tão necessário assim se esconder.

Pensando nas mulheres, podemos ressaltar o outro lugar que também é reconhecidamente LGBT+, apesar de não levantar bandeira, que é um bar de coquetéis mega fofo chamado Chin Chin.

Curaçao LGBT: foto com uma das lésbicas que é dona do bar Chin Chin

Curaçao LGBT: foto com uma das lésbicas que é dona do bar Chin Chin

Lembra as casas de chá orientais, mas com decoração underground super confortável e jogos de mesa de madeira tipo “cai-cai” para você brincar sentado nos sofás enquanto experimenta um dos drinks.

Mas se não tem foco no segmento porque é reconhecido como LGBT+? As donas são um casal de lésbicas. Conheci uma delas quando estive lá e é uma simpatia pura por trás de um rosto tímido. Lá também tem um telão com os clipes das músicas que estão tocando. Durante a nossa visita, J.Lo e outras divas tiveram que dar espaço pra nossa diva brazuca Anitta. Sorry, mundo! Rebolamos a raba até o chão e nem posso culpar os coquetéis por isso. 😛 Foi divertido!

Curaçao LGBT: os bartenders gatos do Luke's servindo fogo, oops, bebida com fogo

Curaçao LGBT: os bartenders gatos do Luke’s servindo fogo, oops, bebida com fogo

Do que é mais focado na nossa comunidade, é isso. Mas passamos por outros dois bares interessantes e que, aparentemente, é bem frequentado pelo público LGBT+: Luke’s e Cañas. Em cada um deles tomamos um shot. No Luke’s, dois bartenders gatos serviram um drink com fogo que desceu rasgando. Nem me pergunte o que era, mas era forte.

O último bar da noite, o Cañas, é especialista em rum. Essa é uma bebida que eles gostam bastante na ilha, aliás. Tomamos shot de um drink de rum, claro, mas eles têm outras bebidas, inclusive caipirinha de abacaxi. O bartender que nos atendeu lá também era gato. 🙂 Mal da ilha…

Curaçao LGBT: no nosso roteiro de bares frequentados pelo público LGBT+ passamos pelo Cañas

Curaçao LGBT: no nosso roteiro de bares frequentados pelo público LGBT+ passamos pelo Cañas

Boy bonito é o que não falta na ilha, dos branquinhos holandeses aos negões magia de voz grossa que tiravam nosso ar. Tem pra todos os gostos! Passei mal de tanto homem bonito de tantos tipos.

Também tinha muita mulher bonita, mas peço desculpas às mulheres lésbicas e bissexuais, mas não reparei tanto nelas… foi mal! 🙂

Fiquem ligados aqui que vai ter surra de conteúdo de Curaçao.

 

🇨🇼 Veja tudo sobre o #ViajaBiConvida e o guia de Curaçao 🏳️‍🌈

 

Curaçao LGBT: Fernando, Átila, Charla, Dani e eu lacrando até no aeroporto na hora de ir embora

Curaçao LGBT: Fernando, Átila, Charla, Dani e eu lacrando até no aeroporto na hora de ir embora

 

O Viaja Bi! viajou para Curaçao a convite do Curaçao Tourism Bureau. Todas as opiniões expressas aqui são independentes e refletem a real experiência como viajante.

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Sobre Rafael Leick

Rafael Leick

Criador dos projetos Viaja Bi!, Viagem Primata e ExploraSampa, host do podcast Casa na Árvore e colunista do UOL. Foi Diretor de Turismo da Câmara LGBT do Brasil. Escreve sobre viagem e turismo desde 2009. Comunicólogo, publicitário, criador de conteúdo e palestrante internacional, morou em Londres e São Paulo e já conheceu 30 países. É pai do Lupin, um golden dog. Todos os posts do Rafael.

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6 Comentários

  • Marlon
    2018-07-20 08:23

    Eu amei Curaçao.
    Além de ser um lugar super lindo e amistoso, é ideal para os amantes de snorkel (como eu) e da natureza em geral. Meus locais preferidos são Playa Jeremy, Playa Porto Mari, Jan Kok Lodges e Klein Curaçao. Nas noites, curti muito o Mundo Bizarro e o Bar 27, em Punda.
    Mas, faltou conhecer um lugar maravilhoso e quero voltar só para isso: a Blue Room, que é uma gruta próxima à praia Boka Santa Cruz.
    E foi uma pena nossa viajem não ter coincidido apesar de terem sido tão próximas. Quem sabe não voltamos lá para ver a Blue Room?
    Grande abraço, Rafa.

    • Rafael Leick
      2018-07-21 03:09

      Oi, querido, tudo bem? Valeu pelo comentário.
      Eu também amei Curaçao e fiquei com vontade de voltar JÁ! 🙂 Eu fiz snorkel pela primeira vez e não me dei muito bem com a máscara rs Enfim… rs Algumas dessas praias eu não conheci. Bom, são mais de 30, né? rs Valeu pelas dicas! E eu topo voltar pra conhecermos a Blue Room! 🙂 Foi uma pena mesmo as datas não coincidirem por tão pouquinho… Beijos, querido.

  • Beto
    2019-04-16 13:08

    Eu tô planejando ir. Seu post foi importante pra me animar a viajar logo kkkk. Meu medo é ir e não voltar kkkkkk

    • Rafael Leick
      2019-04-16 16:01

      Eba! Que bom ler isso. Mas confesso que “não voltar” é um risco que você corre, viu… rs

  • Marcelo
    2020-04-09 02:22

    Oi,
    Por que maioria dos sites gays até os de pegação não colocam locais mais trash tipo cinemões, locadoras, lan houses de pegação? Não entendo…

    • Rafael Leick
      2020-04-12 04:04

      Oi Marcelo. Aqui é um blog, né? Baseado muito nas minhas experiências. Não posso falar se não conheço. Nos guias de destino coloco as opções pra quem busca sexo geralmente. Curaçao é uma ilha pequena, com uma cena gay reduzida, imagino que não tenham cinemões e esse tipo de coisa. Se descobrir algum, deixe a dica aqui, ok? 🙂

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