25 de maio de 2017

5 razões para se apaixonar por Phnom Penh, no Camboja

A capital do Camboja, Phnom Penh para a minha surpresa é a cidade “IN” da Ásia no momento. Eu me apaixonei.

Aqui as minhas razões.

 

1- Rambutan Resort

Há uns meses, eu escrevi aqui sobre os preparativos para esta viagem e que eu havia descoberto organizações LGBT no Vietnã e no Camboja. Lembro da minha surpresa, já que não esperava encontrar nada de gay life nestes países. Depois de 2 semanas viajando no Vietnã, no entanto, nos demos conta que a vida gay lá ainda é bem dentro do armário. Claro que o nosso lesbi-gaydar acendeu várias vezes, e até fomos num café de lésbicas em Saigon, mas pouco se vê de escancarado por lá. Assim que esperávamos muito menos do Camboja. Através de contatos chegamos ao Rambutan Resort, um “design urban resort” que não poderia ser mais acolhedor. Os donos, um casal gay holandês/tailandês, criaram um verdadeiro oásis de gay-friendliness na cidade.

Phnom Pehn, capital do Camboja: boas-vindas no Rambutan Resort com cartaz do I am What I am Pride Festival - Foto: Marta Dalla Chiesa

Phnom Pehn, capital do Camboja: boas-vindas no Rambutan Resort com cartaz do I am What I am Pride Festival – Foto: Marta Dalla Chiesa

Não só o hotel é super aconchegante, com um design “artsy” lindo, restaurante incrível (com preços bem razoáveis) e com um staff  simpático e friendly (com gays e lésbicas representados), mas é também um QG da vida gay local. Com direito a bandeira do arco-íris na porta! Dirk e Tom são super atuantes na organização na semana do Pride local – aliás, chegamos no meio dela! Algumas das melhores festas acontecem no Rambutan Resort.  Nos sentimos acolhidas pela “família”.

Piscina do Rambutan Resort, que é LGBT-friendly, em Phnom Pehn, capital do Camboja - Foto: Divulgação

Piscina do Rambutan Resort, que é LGBT-friendly, em Phnom Pehn, capital do Camboja – Foto: Divulgação

 

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2- Circuito Gay

No Rambutan Resort, descobrimos que eles não são um oásis, a cidade tem bastante a oferecer para a gente-como-a-gente. Aliás, bem ao lado, fica um hotel/sauna/bar exclusivo para homens gays, o Arthur & Paul Men Only Hotel, se esta for sua praia. Fiquei “chocada”! A cena LGBT é bem variada. Basta pegar uma cópia de uma das duas revistas LGBT bilíngues locais (Q e Asia Life) para encontrar uma lista grandinha de lugares para ir. Ou busque online em TravelGayAsia. O Rambutan tem pool party todos os fins de semana.

Phnom Pehn, capital do Camboja: Capa da Q de maio, com Rolin, uma celebridade trans local - Foto: Marta Dalla Chiesa

Phnom Pehn, capital do Camboja: Capa da Q de maio, com Rolin, uma celebridade trans local – Foto: Marta Dalla Chiesa

 

3- Gastronomia

Para quem ama comida asiática, a gastronomia Khmer vai ser uma surpresa deliciosa. Muito parecida com a tailandesa, com todos aqueles sabores e aromas incríveis, mas nem de perto tão apimentada quanto. La Lok (um cozido de carne super aromático) e Fish Amok (um “green curry” de peixe que vem dentro de folha de bananeira) são fantásticos. E tem o mais legítimo baguete francês por toda a parte (continua lendo para saber o porquê!).

Gastronomia é uma das 5 razões para amar Phnom Penh, com Khmer, de Fish Amok - Foto: Marta Dalla Chiesa

Gastronomia é uma das 5 razões para amar Phnom Penh, com Khmer, de Fish Amok – Foto: Marta Dalla Chiesa

 

4- Arquitetura & Design Urbano

Phnom Penh, antes de todas as guerras e regimes devastadores que afetaram o Camboja nos anos 70, era conhecida como a Pérola do Oriente. A arquitetura antiga dos Wat (templos) e do Palácio Real remete à Ásia exótica que está na nossa imaginação. Mas a era de ouro do Camboja nos anos 60 criou também uma cidade planejada com muita influência francesa (por conta do domínio colonial francês de mais de 90 anos), visível em seus múltiplos boulevards e boulangeries.  Casas com estilo modernista Khmer se misturam com a arquitetura oriental, criando um conjunto belíssimo.

Phnom Pehn, capital do Camboja: Boulevard em frente ao Palácio Real - Foto: Marta Dalla Chiesa

Phnom Pehn, capital do Camboja: Boulevard em frente ao Palácio Real – Foto: Marta Dalla Chiesa

As avenidas largas e com muito menos trânsito que outras cidades de igual tamanho dão uma sensação de alívio após passar pelo caos viário de Bangkok, Hanoi ou Saigon. Dica: o calor é massacrante, mas faça um “jogging tour” ou ande de bicicleta de manhã bem cedo ou à noite pelos parques da cidade para ver os residentes em movimento. É fascinante e seguro!

 

5- Reino do Camboja

Camboja, apesar de oficialmente um regime comunista, tem ainda um Rei. Que não tem muito poder, verdade, mas que vive num palácio maravilhoso em Phnom Penh, tem 50 e tantos anos e é solteiríssimo. E não pretende casar. A política local sobre o status amoroso do Rei? Don’t ask, don’t tell. 😉

Detalhes da Residência do Rei no Palácio Real de Phnom Pehn, capital do Camboja - Foto: Marta Dalla Chiesa

Detalhes da Residência do Rei no Palácio Real de Phnom Pehn, capital do Camboja – Foto: Marta Dalla Chiesa

 

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Sobre Marta Dalla Chiesa

Marta Dalla Chiesa

Marta Dalla Chiesa é colunista do Viaja Bi!. Por ser uma lésbica apaixonada por turismo outdoor, criou a Brazil Ecojourneys e foi presidente da ABRAT GLS, associação de turismo LGBT. É PhD em biologia bioquímica e molecular no Imperial College London, mas trabalha com turismo desde o ano 2000. Mora em Florianópolis e é idealizadora do evento Gay Surf Brazil, evento na Praia do Rosa. Todos os posts da Marta.

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