Uber começa compartilhamento de carros em SP
Não é novidade que eu sou fã de iniciativas que valorizam a economia compartilhada / economia colaborativa e, de uma forma mais comercial, o Uber agora vai entrar nessa onda.
O aplicativo para celular que vem causando controvérsias e protestos de taxistas em todas as cidades do mundo onde inicia operação lança agora em São Paulo a função Uber POOL, que promete facilitar a vida dos paulistanos.
A economia compartilhada do Uber
A proposta é que os motoristas do Uber possam aceitar corridas simultâneas de pessoas que estão indo para destinos próximos um do outro. No momento de solicitar um carro, você seleciona a opção “carro compartilhado” e o valor, nesse caso, é mostrado na hora da solicitação, diferentemente do que acontecia nas opções disponíveis até hoje, quando você sabia o valor somente ao final da corrida.
Em cada solicitação, podem ter até 2 pessoas (você e mais um), além dos demais passageiros que podem estar no carro.
A corrida, dessa maneira, promete ficar até 40% mais barata e outra coisa interessante a se pensar é no meio ambiente, já que serão necessários menos carros nas ruas, poluindo menos e melhorando o trânsito.
Em São Paulo, a função Uber POOL entra em funcionamento hoje, 29 de abril, às 14h, apenas no centro expandido.
Ainda não há informações da expansão do serviço para outras áreas da capital ou mesmo para outras cidades onde o Uber opera, como Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Salvador.
Segundo o gerente geral da Uber em São Paulo, Gui Telles, disse que o Uber POOL já representa metade das viagens de Uber em São Francisco, nos Estados Unidos. A novidade já está em funcionamento em várias outras cidades como Austin, Bengalore, Boston, Chengdu, Chicago, Guangzhou, Hangzhou, Londres, Los Angeles, Cidade do México, Miami, Nova York, Paris, Filadélfia, Shanghai, Shenzhen, Toronto e Washington.
Economia compartilhada de verdade
Apesar de bastante interessante por reduzir os custos dos passageiros e otimizar a vida dos motoristas, esse não é de fato parte da economia compartilhada ou economia colaborativa. Esse termo está sendo bastante utilizada no mundo, principalmente entre viajantes, e denomina uma iniciativa com foco na troca entre as pessoas.
BLABLACAR
Outra iniciativa interessante e precursora do Uber nesse sentido, mas mais voltada pra viagens de carro do que para circular dentro da cidade, é o BlaBlaCar. Empresa da França e que é sucesso na Alemanha, essa iniciativa envolve dinheiro, mas na real, funciona para compartilhar viagens.
Se eu estou, por exemplo, saindo de Curitiba a caminho de Porto Alegre, posso oferecer essa rota no site com as minhas “exigências”, como por exemplo, quantas pessoas podem ir, se eu gosto de conversar ou ir mais calado, se podem ir animais de estimação ou não, se é ou não permitido fumar ou se gosto de ouvir música ou prefiro viajar em silêncio. E coloco um preço pra essa rota.
Depois da viagem, os usuários podem fazer avaliações entre si, que ficam atreladas ao perfil do avaliado, então os próximos caroneiros poderão conhecer as experiências anteriores de outras pessoas com aquele com quem pretende viajar. No Couchsurfing também há esse sistema de avaliação.
COUCHSURFING
O Couchsurfing é um dos exemplos que eu melhor conheço e faço uso e consiste em hospedar viajantes de graça em sua casa (pode ser no sofá inclusive) ou ficar hospedado de graça na casa dos outros, em qualquer parte do mundo. Pra entender mais leia o post “Oferecendo seu sofá no couchsurfing“.
FLEETY
Ainda falando de carros, outra iniciativa legal é o app Fleety, que conecta pessoas que estão com carro parado na garagem com outros motoristas que precisam do carro por poucas horas, pra uma festa, por exemplo, ou por alguns dias, para uma viagem.
Na hora de colocar seu carro como disponível, você atribui um preço por hora e a pessoa que quiser, diz por quantas horas precisará do seu carro. E se comunicam, combinam e tudo lindo.
Se você, como eu, ficou preocupadíssimo com estrago do carro, batidas, etc., o Fleety tem um seguro próprio, que é acionado pela empresa e a franquia fica por conta do motorista que está alugando, então, a franquia do seu seguro não é nem acionada. A cobertura do seguro é válida em todo o território nacional, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Pra aumentar a segurança e saber quem está locando o carro, eles tomaram algumas medidas como login pelo Facebook, dados pessoais como endereço e telefone, validação da CNH e consulta ao RENAVAM.
Conheci através de um amigo que está usando o app e está gostando, apesar do medo inicial.
[atualização] A Fleety encerrou as atividades em 2017.
Mas, caso você prefira alugar um carro com locadora mesmo, use a RentCars.com por esse link que você não paga mais por isso e ainda ajuda o blog a crescer! 😉
Tem alguma outra dica sobre o Uber ou economia colaborativa? Deixe nos comentários pra ajudar outros viajantes!
[Post originalmente publicado em 29/4/2016 no Viagem Primata e migrado por seu autor para o Viaja Bi! em 22/12/2020]
3 Comentários
Mariana Araújo
Achei um saco isso.
Além do motorista ganha pouco ainda tem que ficar parando como ônibus de lugar em lugar para pegar passageiro.
Uma opinião minha.
Deveria o motorista uber ter um opção de desativar ou ativar viagens pool.
Rafael Leick
Oi, Mariana.
Valeu pelo comentário. Eu não sei dos pormenores da companhia mas acho que assim como outras funções, o motorista pode aceitar ou não. Mas na verdade pra ele é bom que ele faz mais corridas otimizando o tempo, imagino.
De qualquer modo, valeu por compartilhar sua opinião.
Uber começa compartilhamento de carros em SP | Blog do Fleety
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