26 de fevereiro de 2016

Passeando pelo Centro de Arequipa | Mochilão Peru #13

Todo trabalho merece uma folga, e esse Mochilão no Peru também mereceu uma pausa e hoje foi esse dia, mas dei uma passeada a esmo pelo centro de Arequipa.

Centro de Arequipa, no Peru: Plaza de Armas

Centro de Arequipa, no Peru: Plaza de Armas

 

MOCHILÃO NO PERU – DIA 13 – 26/2 – SEXTA

Passeando pelo Centro de Arequipa

Ontem chegamos em cima da hora no terminal de Nazca, pra pegar o ônibus, mas fomos informados de um atraso de 1h. Eu estava junto com um casal iraniano que mora em Londres.

Deixamos nossas malas no escritório da Tepsa, a empresa de ônibus que trouxe a gente de Nazca até Arequipa e fomos comer num restaurante ali do lado, especializado em frango.

Comi um pratão de frango recheado e batata frita, que vinha com salada, um refri Inca Kola e ainda uma sobremesa (bolo). Eu não tomo refri, mas experimentei outro dia a Inca Kola, não achei com tanto gás e como não podia trocar por suco, foi isso mesmo que foi.

Sabia que o Peru é um dos pouquíssimos países do mundo que a Coca-Cola não conseguiu desbancar o principal refrigerante local? Sabe o que eles fizeram? Compraram a Inca Kola! “/ Ela lembra um pouco o sabor do nosso Guaraná.

Comemos, voltamos pra Tepsa e esperamos ainda mais um pouco pelo ônibus. Quando finalmente chegou e embarcamos, meu assento era lá atrás, no “segundo piso”, que é tipo “segunda classe”. Mas, sério, era muito pior e menor esse assento, que paguei S./ 100 do que o da PeruBus que paguei S./ 12 no dia anterior. O assento da frente bate no seu joelho.

Minha sorte foi que a “aeromoça do ônibus” viu que o casal que estava comigo sentou lá na frente, primeira classe, com poltrona belíssima, que deita super e que ficamos separados por um ônibus de distância e a poltrona bem ao lado deles estava vaga. Ela, uma alma linda na Terra, me perguntou se eu queria sentar lá pra não ficar longe dos meus amigos. Menina, seja você quem for, eu amo você eternamente. Eu ia sofrer ficando 9h naquele aperto.

O banheiro do ônibus, mesmo com tanto luxo, não tinha papel higiênico. #sofrível Mas ainda bem que dessa vez era só xixi e pum mesmo. 😛 O remédio de ontem fez efeito ontem e fiquei melhor durante o dia.

Cheguei no meu poltronão, me senti um rei, tinha espaço pra tudo e escrevi um post sobre o Peru pro Viaja Bi! no celular mesmo, pra subir depois, chegando aqui em Arequipa. E depois, capotei e dormi quase o caminho todo.

Assim que o ônibus parou e pegamos nossas malas, procuramos por um banheiro mais confortável. O efeito em mim do remédio tinha passado e eu tive um dia meio que de rei hoje.

Ainda na rodoviária demos uma pesquisada em ônibus pra Puno e no tour para o Cânion de Colca, que é um dos cânions mais profundos do mundo, tendo mais que o dobro da profundidade do Grand Canion, nos Estados Unidos. É bala na agulha o negócio!

Vimos que dá pra fazer de ônibus até o Mirante do Condor ou um trekking de 2 dias, dormindo num oásis com piscinas termais e tudo. Achei bem interessante, apesar de me dar um pouco de receio depois de ler o relato tragicômico da Camila do blog O Melhor Mês do Ano. Porque não tô 100% ainda né? Já pensou dá uma zica?

Bom, enfim, vimos os preços do tour e achamos o tour com trekking por S./ 200, S./ 140 e S./ 120. Amanhã vou encontrar com o casal iraniano e iremos à Plaza de Armas para ver onde vamos fechar o tour, mesmo que não façamos no mesmo dia.

A Plaza de Armas aliás, foi o único lugar que fui conhecer hoje, agora na hora da janta, porque tirei o dia pra finalizar esse post, colocar algumas coisas em ordem e, literalmente, descansar um pouco. E à tarde começou a chover. Não vejo chuva à bastante tempo, então fiquei curtindo a chuvinha na cama, vendo os boys bonitos que estão no meu quarto passarem pra lá e pra cá, de cueca, sem nada mais importar. E você aí achando ruim ficar em hostel… 😛

Centro de Arequipa, no Peru: Plaza de Armas

Centro de Arequipa, no Peru: Plaza de Armas

Um desses meninos, o Friedrich, austríaco mega gente boa, tem 20 anos, está numa viagem de 6 meses pela América do Sul e embarcou rápido num papo comigo que rendeu. Conversamos muito e ele tem uma cabeça que vai muito além da idade. Não acreditei quando ele falou que tinha só 20.

Deixei minha roupa pra lavar na lavanderia do Park Hostel, o que vai me custar S./ 12 por 2kg de roupa desses últimos 13 dias, e pego a roupa seca amanhã. Achei válido.

Depois do banho, saí pra jantar e o Friedrich resolveu me acompanhar. Saímos caminhando procurando um restaurante que tivesse algumas características: não fosse tão pesado por conta do meu estômago e não fosse tão caro por conta do nosso bolso.

No caminho, ele me mostrou a tão linda Plaza de Armas que ilustra esse post. As construções são todas feitas de pedra vulcânica, por isso Arequipa é chamada de Cidade Branca. A praça é linda demais e lembra um pouco a arquitetura europeia, mais puxado (não sei porque), pro lado da Espanha.

Nas ruas em volta também várias construções bem diferentes daquelas que encontrei em todas as cidades do Peru pelas quais passei. É realmente uma cidade linda e charmosa, mas parece que o povo daqui se acha superior ao resto do país, pelo que ouvi dizer. Acham inclusive que a capital deveria ser Arequipa e não Lima.

Depois de caminhar, caminhar, caminhar, encontrar um grupo manifestando pelo respeito ao uso da bicicleta tendo os mesmos direitos dos carros e caminhar um pouco mais, paramos num restaurante que só vende talharim.

Eu pedi um talharim de Cordon Bleu que saiu por S./ 11. Super bem temperado, tava bem gostoso. Pedi também dois copos de chicha morada a S./ 2 cada. Ah! Você sabe de onde vem o nome Cordon Bleu? A tradução literal do francês é “Cordão Azul” e pelo que o Friedrich me explicou, tinha uma competição de pratos e o cara que ganhou, com um schnitzel recheado com queijo e presunto ganhou um cordão azul que o identificava como vencedor. Aí pronto!

A conversa passou por televisão, comida, costumes entre países e chegou até em energias, espíritos e nossa existência como raça humana. Foi show! Fazia tempo que não tinha uma conversa mais profunda assim com alguém. E o moleque é gente boa pra caramba. Maior parte do tempo está viajando sozinho, mas compartilhou (e ainda vai compartilhar) outras partes da viagem com a namorada, o irmão e um amigo.

E foi isso meu dia. Amanhã ele deve ser um pouquinho mais agitado e aí vocês podem acompanhar nas redes sociais, principalmente no Instagram! 🙂

 

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[Post originalmente publicado em 26/02/2016 no Viagem Primata e migrado por seu autor para o Viaja Bi! em 24/11/2018]

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Sobre Rafael Leick

Rafael Leick

Criador dos projetos Viaja Bi!, Viagem Primata e ExploraSampa, host do podcast Casa na Árvore e colunista do UOL. Foi Diretor de Turismo da Câmara LGBT do Brasil. Escreve sobre viagem e turismo desde 2009. Comunicólogo, publicitário, criador de conteúdo e palestrante internacional, morou em Londres e São Paulo e já conheceu 30 países. É pai do Lupin, um golden dog. Todos os posts do Rafael.

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2 Comentários

  • Camila Lisbôa
    2016-02-27 10:07

    Me senti voltando no tempo… Sei exatamente que restaurante é esse! E é salva vidas, porque tem um precinho bom e é gostosinho 🙂

    Boa sorte no trekking, só vai concentrado na descida que é onde pode dar problema, nesse caso a descida é pior que a subida 😉

    Beijos e boa sorte! E ah, obrigada por citar a tragicomédia… Agora eu dou risada, mas escrevi esse post no computador do Wild Rover, ainda com o joelho melão, rs.

    • Rafael Leick
      2016-02-27 11:18

      Pois é, Camila, comida boa a preço baixo. Gostei de lá. Vamos ver quando vou fazer o trekking. Valeu pelas dicas. 😉
      Bjs

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