23 de fevereiro de 2016

Reserva Nacional de Paracas | Mochilão Peru #10

Depois da pausa de ontem, hoje o Mochilão no Peru voltou à ativa. \o/ E com uma visita à Reserva Nacional de Paracas, tão prontos?

Reserva Nacional de Paracas: Catedral

Reserva Nacional de Paracas: Catedral

 

MOCHILÃO NO PERU – DIA 10 – 23/2 – TERÇA

Reserva Nacional de Paracas

Essa noite eu dormi um pouco melhor, acho que sob efeito da Dipirona. 😛 Mas durante a noite, aconteceu de ter uma ou duas visitas ao trono, resquícios do dia de cama ontem.

Acordei relativamente cedo. Daria pra fazer o tour para as Islas Ballestas, que começava às 8h, mas como ainda não tava 100%, resolvi deixar esse pra amanhã e fazer hoje o tour pra Reserva Nacional de Paracas, às 11h.

Aqui no Icthus Paracas Hostel eles preparam café-da-manhã por um custo adicional, mas não pode passar das 10h, senão não fazem. Simples assim. Mais um ponto negativo pra eles e mais um pinguinho de remorso por não ter feito antes a reserva no Kokopelli Hostel.

Em compensação, acordei e ao olhar em volta no quarto, tinha um menino dormindo de barraca armada. E sem cueca! 😮 Das vantagens e desvantagens de dormir em quarto compartilhado em hostel, né?

Fui tomar café em um outro restaurante aqui perto. Aqui tudo tem, mas acabou. Tem suco? Tem, mas só de laranja. Tem esse sanduíche? Tem, mas sem ovo. Ainda bem, porque ovo não tô podendo. 🙂 Me vê um!

De lá, passei na agência que me foi recomendada, Paracas Overland, pra comprar o tour pra Reserva Nacional de Paracas. Saiu por S./ 15 o tour. Na entrada da Reserva, tem que pagar mais a taxa de S./ 10. Mas se você comprar o combo com a entrada das Islas Ballestas, paga S./ 15 em vez de S./ 10 em cada passeio. Então, no total, saiu por S./ 25, sendo 5 já de amanhã.

Reserva Nacional de Paracas: Playa Supay / Playa del Diablo

Reserva Nacional de Paracas: Playa Supay / Playa del Diablo

Se você estiver com seu carro ou alugar um quadriciclo, recomendo que faça o passeio sem agência. Primeiro porque o esquema de agência é: anda de busão, desce 10min, tira foto, corre, corre, corre, sobre no busão, vai pro próximo. E isso é bem chato. Segundo que não importou eu ter comprado em uma agência específica, fui colocado num grupo de 40 pessoas (!) composto de várias agências diferentes. Ou seja… foi chato pacas! O guia, Marco, foi simpático, mas fazer o que? Mal consegui aproveitar.

Não sei se foi o resquício de mal estar ainda de ontem, mas algumas coisas me incomodaram bastante. Os banheiros, por exemplo, no passeio, todos são pagos. O primeiro, no “museu”, era S./ 0,50 e você ganha um pedacinho de papel higiênico. Eu, com caganeira, quase não foi suficiente. No segundo banheiro, na última parada, a entrada era de S./ 1, mas era puramente exploração, já que tinha ainda menos estrutura que o anterior. A privada não tinha tampa, não tinha pia funcionando pra lavar a mão e nenhum banheiro desse lugar tem toalha. Impressionante!

Mas tirando essas partes ruins, o passeio em si é bonito. Entrando na Reserva Nacional de Paracas, a primeira parada é num “museu”, que explica um pouco da fauna da região. Mas, como o esquema pacotão é tão rápido, mal consegui ler os textos nas paredes. Passamos voando, com uma explicação rasa.

Reserva Nacional de Paracas: Playa Roja

Reserva Nacional de Paracas: Playa Roja

Ao lado do museu, fica o Cerro Colorado, um sítio arqueológico onde foram encontradas 429 múmias! Esse me interessou bastante, mas seria muito mais interessante e rico com a companhia de um arqueólogo. Mas… é o que tem pra hoje. Isso é o que não gosto de viajar com agência. As partes mais legais e interessantes passam só de raspão. “/

A segunda parada foi num mirante onde pode-se ver La Catedral, uma formação rochosa que segue pro meio do mar e se une com a pedra mais “continental” (primeira foto do post), mas infelizmente, essa parte que ligava um pedaço ao outro se colapsou num terremoto em 2007. 🙁

Desse mirante também é possível ver a Playa Supay, que na língua quechua significa Diabo. Praia do Diabo. Tem esse nome por causa das fortes ondas que quebram ali. Pode-se também avistar urubus de cabeça vermelha (galináceos de cabeza roja), que não são tão grandes como o condor, mas também não são pequenos não.

É interessante perceber que praticamente todo litoral do Peru é desértico. E isso me intrigou desde o dia que cheguei aqui. Hoje descobri que o deserto pode ficar ali, do ladinho do mar. Mas pra isso se manter, tem que ter o vento contínuo que tem aqui, que leva as nuvens todas pra longe. Aí faz mais sentido ter um deserto perto do mar. Ou não?

Dali a 3km fica a Playa Yumaque, que nem descemos do ônibus pra ver. 😡 Seguimos para o Mirante de Itsmo, que é o ponto mais estreito da península de Paracas, que liga com o continente. Desceu, tirou foto, subiu no busão, próximo…

Reserva Nacional de Paracas: Playa Lagunilla

Reserva Nacional de Paracas: Playa Lagunilla

A próxima parada de 15min foi a Playa Roja, ou Praia Vermelha, que tem esse nome, obviamente, pela cor da areia. E dali fomos pra Playa Lagunilla, onde paramos por 1h. Ali tem restaurantes, onde se pode almoçar. Não está incluso no tour e tinha basicamente frutos do mar e peixe, que eu não gosto, então fiquei só com um maracuyá sour que era cortesia, entrei um pouco no mar e tirei umas fotos.

Voltamos pra cidade, fui almoçar à beira-mar. Como ainda não estou 100%, pedi um spaghetti vegetariano por S./ 28. Caro, mas bem saboroso. Pra beber, um suco de morango que tem mas acabou, então fiquei com o de melão (S./ 7 o médio).

Depois passei na agência pra reservar o tour pras Islas Ballestas de amanhã cedo. Saiu por S./ 30, além da entrada no parque que sai por S./ 10. Mas como já paguei o pacote combinado, esse já tá OK. Mas, tem mais uma parte pra pagar (sempre!) que é uma taxa pra você subir nos botes, pelo que entendi, que sai por S./ 3.

Agora estou no hostel planejando minha ida a Ica amanhã, minha próxima parada nessa viagem, que hoje completei um terço.

 

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[Post originalmente publicado em 23/02/2016 no Viagem Primata e migrado por seu autor para o Viaja Bi! em 23/11/2018]

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Sobre Rafael Leick

Rafael Leick

Criador dos projetos Viaja Bi!, Viagem Primata e ExploraSampa, host do podcast Casa na Árvore e colunista do UOL. Foi Diretor de Turismo da Câmara LGBT do Brasil. Escreve sobre viagem e turismo desde 2009. Comunicólogo, publicitário, criador de conteúdo e palestrante internacional, morou em Londres e São Paulo e já conheceu 30 países. É pai do Lupin, um golden dog. Todos os posts do Rafael.

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4 Comentários

  • Marco Antonio García
    2016-02-24 00:55

    Paracas es bonita, pero recorrerla con esas agencias de viaje es para correr casi tan rápido como cuando uno está con una “bicicleta” terrible rumbo al baño 😀
    Un saludo y buen viaje Rafa. Aquí ando siguiendo tus aventuras junto al traductor de Google 😉

    • Rafael Leick
      2016-02-24 02:34

      Jajajaja Así es, Markito! Todo muy rápido como una bici y con una bici es peor si me entiendes jajajaja Gracias por acompañar 🙂
      Vemonos el día 13?

  • Fabio Pastorello
    2016-02-26 01:11

    Que cenários incríveis hein? Adorei!!!

    • Rafael Leick
      2016-02-26 13:51

      Num é? O Peru é muito fotogênico e cinematográfico rs Vários ângulos 🙂

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