21 de janeiro de 2019

Gírias gays em francês, mon amour | Pajubá Viajante

Como vocês já sabem, em agosto eu viajei pra Paris, pra cobrir os Gay Games, então em homenagem a esse momento histórico, no episódio de hoje do Pajubá Viajante a gente vai brincar um pouco com as gírias gays em francês e explorar o idioma além de abajour, sutiã e toalete. Très chic!

Pajubá Viajante: gírias gays em francês

Pajubá Viajante: gírias gays em francês

Como parte dessa série, já postei aqui sobre gírias gays em espanhol e dicas de inglês e alemão. E ainda tem mais coisa pela frente. 😉

Bora pra França, então?

 

Desafio da Babbel pra falar francês

Esse post é resultado de um desafio que a Babbel me fez. Mas quem é Babbel, Rafa? Na verdade, é “o que” é a Babbel. É um aplicativo pra estudar idiomas de forma prática. Cada lição dura apenas 15 minutinhos, então dá pra fazer em qualquer momento do seu dia. O conteúdo foi preparado por time de mais de 100 especialistas em didática e o conteúdo é personalizado pros falantes de português brasileiro.

Dá pra estudar em qualquer lugar, pelo computador, celular, tablet. Eu tô meio viciado nas minhas aulas de alemão, porque parece um joguinho que você vai passando de fase, bem na vibe de gamificação. Tem uns cursos extras temáticos também, tipo “francês para férias”. Esse, por exemplo, tem 12 aulas de 15min cada, pra aprender como se virar em situações do tipo recepção de hotel, bares, restaurantes, pedindo informações e até em caso de roubo ou acidentes. É baphon!

Entra na Babbel e depois de umas aulas, comenta aqui embaixo o que você achou, beleza? Mas porque eu tô falando da Babbel? É um publi? É e a gente agradece. Beijo, Babbel. 😘

Mas também porque o aplicativo me lançou um desafio que eu me amarrei e que tem tudo a ver com o Viaja Bi!: eles me pediram pra eu explorar o pajubá, que é tipo uma linguagem secreta usada entre os LGBT+, só que em outros idiomas. São as linguagens argot queer, no termo em inglês.

Dessa vez nós vamos aprender um pouco de francês! Tem língua mais viada e maravilhosa? É uma língua gay sem cura, graças ao Universo! 🙏

O português adotou diversas palavras derivadas do francês, num fenômeno chamado galicismo. Você com certeza usa várias delas e não tinha nem ideia de que elas eram de lá. Quer alguns exemplos?

Na gastronomia: chantilly, croissant, suflê, purê, croquete, filé. Na moda: batom, boné, bijuteria, maiô, lingerie e até a polêmica pochete. No universo das viagens tantas outras como chalé, souvenir, guichê, até metrô. “Garçon”, além de ser o atendente no restaurante significa “garoto”.

 

Gírias gays em francês

Você já reparou que qualquer coisa fica chique (mais um galicismo) em francês? Quer ver? Se você vai precisa de umas férias…

Chéri, j’ai vachement besoin de ce vancances!
(Querida, estava realmente precisando de umas férias)

Aí você resolve pegar aquele avião babadeiro cheirando a champanhe pra ir finíssima pra Paris causar e vê um comissário gato. Alguém fino mesmo guardaria para si, mas certeza que a senhora já vai jogar uma cantada no boy, né? Já imagino, uma taça de champanhe na mão, carinha de segundas intenções e falando:

Ils sont tous aussi mignons que toi à Air France?
(Todo mundo na Air France é gracinha como você?)

Aí o comissário te responde educadamente algo que você não tem ideia do que seja, então você pede pra ele falar mais devagar:

Pardon. Parlez plus lentement, s’il vous plait.
(Me desculpe. Por favor, fale mais devagar)

Nessa frase tem duas palavras chaves que você usará muito! Pra “por favor” você usa:

S’il vous plait
(por favor)

e para pedir desculpas há duas formas:

Pardon / Je suis désolé
(Me desculpe)

Entrando no nosso mundo LGBT+, é importante conhecer as terminologias. Pra dizer que é gay, por exemplo, existem, pelo menos, 2 formas:

Je suis homo / Je suis pédé
(Eu sou homo / Eu sou viado)

Em Quebec, no Canadá, eles usam um termo similar com ortografia diferente:

Je suis gai.
(Eu sou gay)

Há também um jeito bem parisiense, mas com eufemismo, para dizer que o cara é gay:

Il est de la deuxième voiture.
(Ele é do segundo vagão)

E o que tem a ver o vagão com isso? Em Paris, o segundo vagão do metrô era conhecido como sendo o de pegação entre os homens gays. Se é ou não, você vai ter que ir lá pra descobrir, meu amor. Aliás, essa é outra expressão bastante usada:

Mon amour.
(Meu amor)

Mas voltando à nossa sopa de letrinhas, as sapas têm, pelo menos 3 maneiras de se chamar:

Je suis lesbienne / Je suis gouine / Je suis goudou
(Sou lésbica / Sou sapatão)

Gouine e goudou significam sapatão, enquanto lesbienne é lésbica. Os bissexuais e pessoas trans, gramaticalmente, são mais literais:

Je suis bisexuel / Je suis transsexuelle
(Sou bissexual / Sou transexual)

Sabe aquele amigo ou apresentador de TV ou até político que fala mal das gay tudo, mas a gente bem sabe que é frustração por não ter recebido a cartinha de Hogwarts? Todo mundo conhece um. Entre as manas, a gente conta assim:

Cet hétéro est un homo refoulé.
(Esse hétero é uma bichona enrustida).

Ah, no caso dos héteros tem uma pequena diferença se for homem ou mulher, mas está no artigo, não no substantivo:

Un hétéro / Une hétero.
(Um hétero / Uma hétero).

Se você estiver na boate (outro galicismo), os garçons vão dar em cima de você, que está soltinho na pista e pode dar a seguinte deixa:

Je n’ai pas de petit ami.
(Eu não tenho namorado)

Uma coisa interessante aqui. Ami signifca amigo, mas petit ami, que na tradução literal seria “pequeno amigo”, vira namorado. Achei fofo. Mas, além dessa, a palavra “namorado” também pode ser dita de outras maneiras:

Un copain / Un Jules / Mon Mec / Chum
(Namorado)

Essa última forma, chum, é usada especificamente em Quebec, no Canadá.

A França é conhecida por sua gastronomia babadeira. Em agosto do ano passado, eu fiquei pelado em Paris quando conheci um restaurante nudista, onde jantei completamente nu. Pelado ou não, você vai querer experimentar a gastronomia sensacional da cidade, então é bom treinar pra, quando for jantar com o crush, cantar ele ali mesmo com:

Tu me fais saliver!
(Você me dá água na boca)

Agora, o mais legal é o jeito onomatopéico de dizer que a comida tá gostosa:

Miam!
(gostoso)

Não é fofo? Mas, se tiver acompanhado de um amigo com quem tenha intimidade e ele não gostar da comida, quem nunca não mandou uma dessas?

Ta bouche en a vu de pires!
(Você já botou coisas piores na sua boca)

Ele vai te olhar torto, mas pra deixar ele ainda mais fulo da vida, você complementa:

Ne me déteste pas parce que je suis beau.
(Não me odeie porque eu sou lindo)

Pra encerrar o jantar com essa torta de climão, é hora de pedir o cafezinho antes de fechar a conta, então você faz a simpática e pergunta:

Tu veux aller prendre un café?
(Vamos tomar um café?)

E já que você está em Paris, por quê não ir às compras? Mas como o euro tá caro, você pode ir por um caminho alternativo perguntando:

Connaissez-vous un bon magasin de brocante?
(Você sabe onde posso encontrar um brechó?)

Pra fechar, a frase clássica dos aplicativos, presente em todos os vídeos da série Pajubá Viajante:

Qu’est-ce que tu aimes?
(Você curte o que?)

Mas, na França, pode ser que eles te respondam literalmente que curtem arte, dançar, viajar etc., mas quando eles se referem ao que curte na cama, eles perguntam:

Qu’est-ce que tu préfères au pieu?
(O que você prefere na cama?)

ou

Quelles sont tes préférences sexuelles?
(Quais as suas preferências sexuais?)

 

Bom, espero que vocês tenham gostado dessa aulinha de francês. Comenta aí embaixo qual idioma você quer aprender e quais quer ver nessa série Pajubá Viajante. E manda o link pra sua amiga homo que precisa melhorar o vocabulário francês. 😛

Aproveita e dá a dica pra ela sobre a Babbel. São 14 idiomas pra aprender e a 1ª lição de todos os cursos é grátis! Entra você também e depois comenta aqui embaixo o que você achou, beleza? E ó, vou deixar o link pra entrar na Babbel aí embaixo e o link pras redes sociais deles também.

Au revoir!
(Adeus)

 

BABBEL

Links: comece a aprender um idioma | revista da Babbel | youtube | facebook | instagram

 

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Sobre Rafael Leick

Rafael Leick

Criador dos projetos Viaja Bi!, Viagem Primata e ExploraSampa, host do podcast Casa na Árvore e colunista do UOL. Foi Diretor de Turismo da Câmara LGBT do Brasil. Escreve sobre viagem e turismo desde 2009. Comunicólogo, publicitário, criador de conteúdo e palestrante internacional, morou em Londres e São Paulo e já conheceu 30 países. É pai do Lupin, um golden dog. Todos os posts do Rafael.

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