Voo com LCPerú e noite gay em Lima | Mochilão no Peru #29
É, infelizmente, o Mochilão no Peru tá chegando ao fim. Depois de Machu Picchu e Trilha Inca, só restou um último dia em Lima e fiz um voo com LCPerú pra lá, uma companhia low-cost peruana.
MOCHILÃO NO PERU – DIA 29 – 13/3 – DOMINGO
Voo com LCPerú e noite gay em Lima
Acordei, tomei um café-da-manhã bem reforçado no Milhouse Hostel, fui na casa de câmbio pra trocar um pouco de dinheiro para esses dois últimos dias. Eu não tinha mais soles ou dólares, só reais. Primeiro tentei sacar num caixa da Globalnet, mas a taxa para sacar era de S./ 14,50. Achei caro demais e preferi trocar numa casa de câmbio mesmo.
Contando que eu teria mais três táxis (hostel > aeroporto Cusco + aeroporto Lima > hostel e o mesmo no sentido contrário amanhã), troquei R$ 150, que deu mais ou menos, S./ 130. Sim, nossa moeda tá mais desvalorizada que a peruana. A primeira das corridas saiu por S./ 15, a segunda consegui por S./ 50 no próprio aeroporto e a última por S./ 55 reservando no hostel, então deu certinho, pagando comidas com cartão de crédito e pequenos souvenirs com as sobras.
Voltei ao hostel para terminar de arrumar o mochilão e o Daniel, meu amigo fofo dos EUA, me ajudou a descer as malas. Esse primeiro táxi pedi na recepção mesmo e quando chegou, me despedi do Daniel e bora pro aeroporto!
O táxi já estava pago, mas o taxista veio me falar que eu teria que pagar S./ 5 por conta de uma “taxa para entrar no aeroporto”. Falei pra ele que não iria pagar, pra ele então me deixar fora do aeroporto. Ele ainda insistiu, falando que pagaria S./ 2 do bolso dele, que ali fora ele não conseguiria parar. Não sei se era verdade ou não, mas não me pareceu. Me neguei e falei pra ele me deixar o mais próximo possível que ele pudesse.
Acabou que ele me deixou dentro do aeroporto sem eu pagar nada e não vi ele pagando nada também, ou seja, acho que ele queria a grana pra pagar o estacionamento lá e levar passageiros de volta, pelo que supus. “/
Fiz o check-in na LCPerú e estava com receio de não me deixarem embarcar o mochilão com o colchonete preso na parte de fora. Mas foi tudo bem e eles só pediram pra eu assinar um papel de que eu estava ciente que minha bagagem tinha um item extra. Não paguei nada a mais. E ele chegou inteirinho, junto com meu mochilão em Lima. Viu, Latam? É assim que se faz! E essa é uma low-cost (explico: a Latam “perdeu” a capa de chuva do meu mochilão que era presa nele, na última viagem ao Deserto de Atacama e espero que amanhã façam o trampo direito e se responsabilizando pela bagagem).
A viagem com a LCPerú foi bem tranquila. O voo de 1h10 correu bem e só teve um pouco de trepidação na decolagem que deu medo, mas é por conta de ser um avião pequeno. É mais psicológico que real. Normal! E serviram suco de laranja e uma caixinha com bolachinhas recheadas e um pão com cream cheese e presunto. Simples, mas bem gostoso. A poltrona não reclinava quase nada, mas era um voo rápido, então nem sofri. 🙂
Cheguei em Lima, peguei um táxi até o 151 Backpackers Hostel e fiz check-in. O pagamento com cartão Visa teve um adicional de 4,6% no valor (outras bandeiras eram valores diferentes), mas eu não queria trocar mais dinheiro, então paguei com o Visa Travel Money (VTM) que usei pro mochilão pela Europa que fiz com meu pai no começo do ano passado: Dando a Volta na Tcheca. Ainda tinha uns bons euros lá! \o/
Na hora de ir pro quarto, todos os lockers estavam ocupados. E a menina da recepção quando foi checar só me falou “estão todos ocupados”. Pensei comigo mesmo “eu notei isso, gata”, mas não falei. Só perguntei “sim, e agora, como fazemos pra resolver isso?”. Depois de um tempo pensando e chamando mais um cara pra ajudar a resolver o problema, eles deram um jeito tirando as coisas de alguém que estava usando dois lockers para eu colocar minhas coisas em um deles e colocaram uma etiqueta com nome em cada um dos armários.
Lá é um hostel bem básico, bem de mochileiros mesmo. Tanto que o quarto estava uma zona, o banheiro tem três chuveiros separados por um acrílico colorido translúcido, que dá meio que pra ver quem tá no chuveiro ao lado. Acho até sexy a ideia e tal, mas não é a proposta, ainda mais pras meninas. O que quero dizer, é que normalmente o pessoal que mochila não é tão encanado com privacidade. Tanto que nadei pelado no Lago Titicaca com um holandês e uma norueguesa que conheci dias antes. E foi super tranquilo. Mas relaxa, que tem dois banheiros menores e fechados, que tem uma privada e um chuveiro cada, facilitando um pouco.
Eu escolhi o 151 Backpackers Hostel pelo preço e localização, já que era só pra dormir e descansar por uma noite. Usei um pouco a Internet, baixei todas as fotos da Trilha Inca pro computador e saí pra almoçar.
Passei pra comer no Kiriko, um restaurante de frango que se denomina como “el pollo más rico de la ciudad” e fica bem atrás do Parque Kennedy. Pedi a oferta do mês, um peito de frango empanado com batata frita e salada, acompanhado de um copo de chicha morada por S./ 18. Tava bom e comi com gosto.
Depois ia voltar pro hostel pra descansar, mas meu instinto viajante me fez decidir bater um pouco de perna ali por Miraflores. Passei por um restaurante chamado Rustica, que tinha o Chaplin e o Chaves em sua varanda e pelo Parque Kennedy, na feirinha de artesanato e encontrei, ou melhor, fui encontrado pelo casal de italianos que conheci no passeio de buggy e sandboard em Huacachina, o oásis em meio às dunas do deserto. Batemos um papo rápido sobre nossos roteiros e nos lamentamos de já estar acabando. 🙁 Grazie, chicos! 🙂
Ainda na feirinha, comprei um macaco (primata \🐵/ uhulll) feito de pedra sabão por S./ 3. Depois fui pra uma outra feirinha porque queria encontrar um colar bacana com a cruz inca, mas eu tinha que pagar com cartão e esse primeiro não aceitava. Não achei, mas comprei um chaveiro com o macaco \🐵/ das Linhas de Nazca (S./ 5) e um Tumi (S./ 7), a faca cerimonial usada nos sacrifícios de animais pelos Incas. A faca era S./ 9, mas consegui um desconto, ficando tudo por S./ 12.
Voltando pro hostel, comprei um McFlury no McDonald’s e sentei um pouco no Parque Kennedy pra ver os muitos gatos brincando por lá. Sentou um cara ao meu lado no banco e passado um tempo ele me perguntou como eu fazia pra ter a barba cheia assim, que a dele só crescia no cavanhaque e quando crescia na lateral, ficava com textura diferente da costeleta. Mais uma vez, os peruanos dando show de simpatia. Mas dessa vez fiquei meio receoso desse meio advogado, meio pintor, não sei porque. Mas acho que ele só queria papo mesmo.
Acabei meu sorvete, me despedi dele e na saída do parque, que é abarrotado de gatos, vi um filhotinho assustado tentando subir uma muretinha baixa. Ajudei ele, que não tinha tamanho ainda pra passar, fiz um pouco de carinho e deixei ele já com dor no coração, porque ele estava assustado com tanta gente passando pra lá e pra cá desse outro lado da muretinha. 😿 Tenho uma queda imensa por animais, já percebeu? Sou mega babão mesmo! 😛
Parei em lojas de souvenir no caminho pra tentar achar alguma coisa que fosse legal e barato pra minha irmã, meu pai e minha mãe, mas o que era um pouquinho mais legal eles enfiaram a faca. Desculpa, família, mas dessa vez não tem presente. 🙁 Mentira, tenho outras coisas pra vocês. 🙂
Voltei pro hostel e tomei coragem pra ir pra uma balada gay chamada ValeTodo Downtown, que era numa rua paralela de onde eu estava hospedado, pra poder ter embasamento pra falar no Viaja Bi!. Vi que já estava aberta (dizia das 20h às 1h) e que era entrada gratuita. Aí sim me animei pra ir. 🙂
Chegando lá, balada vazia de novo! 🙁 Falei com um segurança e ele disse que dali umas duas horas, lá pelas 23h, começaria a encher e a balada bombava até às 4h30, e não 1h, como estava no site deles.
Pedi uma cerveja Löwenbräu por S./ 10 😮 e fiquei ali boiando. Já tô velho e muitas vezes me sinto deslocado (mas não triste por isso) em baladas, mas encarei. O público não é tão bonito, digamos assim. Fiquei encostado no balcão do bar e um cara me cutucou (fora do Facebook) 😛 e começou a puxar papo comigo. Mas eu não tava muito afim de papo, já estava com sono. #velho 😛 Ele parecia uma pessoa bacana. Tinha 36 anos, dono de uma empresa de design de interiores e bem simpático. Me chamou pra beber, pra dançar e tentou de várias maneiras chegar junto sutilmente. E eu, sutilmente, recusei todas, não tava no clima, sorry amigo!
De repente, surge uma outra pessoa na minha frente, do nada, com a mão estendida me convidando pra dançar, acho que percebeu minha cara de “não quero” pro outro cara, que tava ali do lado. Recusei, expliquei que estava cansado e tal, mas ele continuou insistindo. Falei novamente que estava cansado, já meio sem paciência, que ia ao banheiro pra ir embora. E não é que saindo da cabine do banheiro, quando estava lavando a mão, me surge ele novamente atrás de mim? 😮
Me perguntou se podia me adicionar no Facebook. Falei pra ele que não usava (mas menti, olha nossa fanpage 😁) e ele insistiu pra que eu passasse então meu WhatsApp. Falei “amigo, sou de outro país, tô cansado e vou indo nessa, ok?”. Tá doido? Que stalker! 😛
Voltei da balada já com muito sono e foi dormir (leia: capotar).
Amanhã é dia de voo de volta pra casa. 🙁
Reserve hotel em Cusco
Reserve hotel em Lima
Veja tudo sobre meu mochilão no Peru
[Post originalmente publicado em 05/04/2016 no Viagem Primata e migrado por seu autor para o Viaja Bi! em 26/11/2018]
1 Comentários
Mochilão no Peru: Último dia da viagem, em Lima (Dia 30) | Viagem Primata
[…] tomar um banho e os boxes era meio translúcidos, como falei ontem. Mas só na hora que eu estava saindo entrou alguém. E era justamente o mesmo dinamarquês que […]