Myanmar tem 2000 templos, pescadores bailarinos e mulheres girafa
Nada foi tão marcante na minha infância cultural quanto uma reportagem da National Geographic com os pescadores bailarinos em Inle Lake, no país asiático Myanmar, também conhecido por Birmânia. A dança da pesca, em suas redes de formato cônico pareciam ser algo único, algo que algum dia eu teria que conhecer.
Passaram-se 30 anos, e lá fomos nós, a realizar um sonho de infância. Estávamos em 4, todos animadíssimos com a aventura no país da maravilhosa Aung San Suu Kyi (ver The Lady, no Netflix).
Depois de uma longa viagem via Abu Dhabi (sem o mesmo conforto que as garotas nova-iorquinas de Sex and the City tiveram), chegamos em Yangon, uma cidade com algum charme colonial esquecido e muita confusão dos tempos modernos. Comida de rua, trânsito caótico, caixas automáticos que não funcionam e uma mistura de cores e sabores por onde passávamos.
O ponto alto da cidade, é a Shwedagon Pagoda, primeiro centro religioso da Birmânia por conter oito cabelos do Buda. A principal estupa, de 98m, é toda finalizada em ouro. Além disso, tem os outros 64 outros pagodes, em menor escala, mas não menos impressionantes.
Do lado mais mundano, falando de vida gay… Que vida gay?
Não se acha referências do tema, embora claramente não reste dúvidas que o mudo acabe no fim de um grande arco-íris.
O segundo capítulo da viagem a Myanmar: Bagan!
A região dos 2000 templos, onde a temperatura bate fácil os 45 graus ao longo do dia. Muito mais turística e recém afetada por um grande terremoto, tem um encanto único, um charme avassalador.
Nos dois dias que passamos lá, percorremos de bicicleta os templos, escalando alguns, conhecendo outros por dentro, sempre encantados com a gentileza do povo birmanês.
No hotel, lindeiro ao grande rio, aos final de tarde aproveitávamos a piscina e massagem (essa sem grandes emoções ou seja lá o que vocês pensaram). O grande barato da viagem com certeza foram as bikes. Passeio divertido entre amigos, num lugar inóspito sempre rende boas lembranças.
A terceira parte do roteiro, e muito aguardada, Inle Lake. Ansiosos pelo hotel em palafitas, pelas mulheres girafa, pelos pescadores dançarinos, teares de tecido em papiro. Nada decepcionou! Todas as comunidades da região distribuídas em pequenos bairros em palafitas, digno de serem retratadas em livros de arquitetura.
Nas mulheres girafa que eu tanto tinha preconceito (ai que dor!), encontramos uma beleza rara dentro da cultura deles. Algo que não diminui e, ao contrário, é símbolo de graciosidade extrema, cultuado por todos em sua máxima delicadeza. Óbvio que há 10km da margem mais próxima, vida gay seria algo difícil de encontrar. Impossível! E sem grandes expectativas no tema, continuamos nosso roteiro ao Laos e Camboja, mas esses são temas de um outro texto. 🙂
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