Como foi fazer um mochilão na Europa com meu pai
Hoje é aniversário do meu pai. E ao começar a escrever uma publicação no Facebook pra homenagear mais que merecidamente o meu velho, fiquei pensando na importância que a viagem que fizemos juntos no começo desse ano teve. Pra você que pegou o bonde andando, no finzinho de janeiro, embarquei com meu pai pra um mochilão na Europa por 15 dias e passando por 5 países, e demos o nome pra essa viagem de Dando A Volta na Tcheca, porque faríamos todos os países ao redor da República Tcheca (Alemanha, Polônia, Hungria, Áustria e Eslováquia), sem entrar na Tcheca. 🙂
E essa foi uma viagem bastante importante e significativa pra mim. Já viajei muitas vezes com meu pai, desde pequeno. Foi com ele que fiz minha primeira viagem de avião, pra Fortaleza, que foi um evento! Ele sempre teve o espírito viajante, de pegar o carro e cair na estrada, ou mesmo de pegar a moto no final de semana e ir almoçar num restaurante numa cidade bem longe. Foi assim, sem querer, que ele me ensinou que o que mais importa é o caminho, a jornada, e não o destino final.
E esse nosso mochilão na Europa teve também esse espírito. Nem sempre me entendi tão bem com meu pai, mas a vida colocou a gente num rumo em que hoje posso dizer que ele é meu melhor amigo. Ainda bem, porque eu estaria perdendo muito se assim não fosse.
Em todas nossas viagens, tínhamos companhia de outras pessoas, mesmo depois que ele e minha mãe se separaram, quando eu tinha 10 anos. A turma da viagem sempre incluía um grupo de amigos dele, minha irmã, outras vezes minha tia e por aí vai.
Mas mesmo depois de tantas noites dormidas fora de casa juntos, essa última teve um gosto especial, por vários motivos:
- Era a primeira vez que viajávamos somente ele e eu
- Meu pai não conhecia a Europa
- Na verdade, ele mal tinha saído do Brasil, só saiu poucos meses antes quando mandamos ele pro Canadá visitar minha irmã
- Era um roteiro puxado pra mim, com quase 30 anos, como seria pra ele com mais de 50?
- A maioria das acomodações era em hostel (albergue)
- Em uma das cidades, faríamos Couchsurfing, ficando hospedados na casa de desconhecidos
- Passaríamos uma noite dormindo num trem entre a Polônia e a Hungria
- Dormiríamos em um hotel barco
- Ele nunca tinha visto neve de verdade
- Depois de tudo que ele já fez por mim, me senti extremamente grato e honrado de dar essa viagem mais que merecida de presente pra ele
- Minhas últimas viagens tinham sido ou sozinho ou com meu ex ou até com outros blogueiros, mas fazia tempo que não viajava com família
- Por conta disso, era como unir dois mundos e meu pai conheceria meu trabalho como blogueiro em ação e o perfil de viajante que eu acabei construindo com o tempo
- Eu estaria trabalhando pro Viaja Bi!, um blog de viagem gay, junto com meu pai
- Iríamos alugar um carro na Alemanha, sem muita certeza se nossa habilitação seria aceita
- Dirigiríamos nas famosas autobahns alemãs
- Conheceríamos um campo de concentração, castelos e tantas outras coisas incríveis
- Andaríamos de avião, trem, ônibus, metrô, carro, táxi… E muito a pé!
- Ele não fala inglês, apesar de se virar muito bem nas mímicas
- Alguns dos países que passaríamos, não tínhamos certeza se as pessoas entenderiam inglês e, de fato, nem todos entendiam
- Fiz 1 ano e meio de alemão, mas é uma língua muito difícil, seria a primeira vez botando em prática
Só por esses motivos, a viagem já seria marcante, mas muitos outros pequenos motivos fizeram dela ainda melhor.
Tinha tudo pra dar muito errado, mas deu muito mais do que certo. Tudo bem que perdemos um voo em Berlim, tivemos uma recepção nada calorosa em Budapeste e tantos outros perrengues de viagem. Mas passamos por isso juntos, nos divertimos juntos e rimos juntos de cada “desgraça” que acontecia. Tanto que elas nem pareciam desgraça. Era tudo diversão, até o comparativo entre todos os cafés que ele tomou em cada cantinho que a gente parava.
A preparação
Eu estava (pra variar) enlouquecido de trabalho no meu trabalho oficial (além do blog) e consegui organizar a viagem muito em cima da hora e com menos esmero do que eu gostaria. Isso foi um tanto estressante, mas pro meu pai, tava tudo bom. Ele topou ficar em hostel, experimentar Couchsurfing, dormir em trem, passar muito frio num campo de concentração, dormir num barco e tava sempre tudo bem.
No fundo, eu sei que ele estava preocupado com algumas coisas, mas além de não demonstrar, ele estava confiando totalmente em mim pra fazer a viagem acontecer. Era uma responsa, sim, mas pra mim, era uma honra.
Nos dias que antecederam nosso embarque, aí sim a ansiedade tomou conta e ele não conseguia mais se conter. E eu estava radiante com isso. Caramba, eu ia levar meu pai pra conhecer a Europa!
Primeira parada: Frankfurt
Nossa primeira parada foi na Alemanha e foi onde passamos metade do nosso tempo na Europa. Começamos nosso roteiro de viagem em Frankfurt am Main e, de cara, foi uma das cidades que mais gostamos. O hostel era legal, a cidade bem moderna, mas com ares mais tranquilos que a nossa agitada São Paulo e uma comida boa. Chegamos num sábado, dia de balada, ou seja, dia de trabalhar pro Viaja Bi!, pra conhecer a noite gay de Frankfurt. Meu ânimo pra sair estava quase zerado, mas resolvi encarar. E não é que meu pai ainda me incentivou?
Eu tava cansado e, confesso, um pouco constrangido de sair pra conhecer a noite gay da cidade viajando com meu pai. E com um tanto de receio de deixar ele ali sozinho no hostel, num país diferente, sem falar inglês. Me senti egoísta. Mas o meu pai é tão fantástico que a reação dele foi “preciso tomar um banho, dependendo do meu ânimo quando sair do chuveiro, até vou lá com você, vamos ver”. Oi????? Dá pra ser mais lindo? Não, não dá. Ele acabou não indo porque a bateria dele acabou 😛 assim como a minha tava acabando também.
No dia seguinte, ele me acompanhou no tour pelo hostel pra eu fotografar pro blog e ajudou, interagiu com os funcionários e foi incrível.
Nos dias que passamos na cidade, comemos em vários lugares legais, caminhamos bastante, subimos no prédio mais alto pra ver Frankfurt do alto, fomos em museus pra descobrir que compartilhamos o desgosto por eles (pelo menos os mais tradicionais), demoramos pra entender o sistema de metrô e trem, consideramos uma conquista conseguir comprar os chips de celular pra gente se comunicar enquanto estava no país e tomamos pencas de café e chocolate quente.
A viagem de carro
Em Frankfurt, alugamos um carro, partimos pra Stuttgart, onde iríamos conhecer o Museu da Mercedes-Benz e nos hospedamos pelo Couchsurfing na casa de um jovem casal composto por uma norte-americana e um alemão numa cidadezinha ali perto chamada Nellmersbach que nos receberam extremamente bem. No jantar, foi engraçada a comunicação entre eles, falando inglês comigo e por mímica e risadas com meu pai. É impressionante ver como o velho se adapta!
Seguimos de carro novamente, dessa vez pegando as autobahns, as famosas estradas sem limite de velocidade alemãs, onde batemos 200km/h perto da chegada à Munique, na região da Baviera, onde devolvemos o carro. Lá fomos a mais dois museus automobilísticos, da BMW e da Porsche. E passamos frio, muito frio!
Meu pai é muito ligado à velocidade, carros e motos então ele curtiu pra caramba essa parte da viagem e eu, aprendi mais um pouco sobre o assunto, que não sou tão expert assim.
Conto de fadas e história brutal
Conhecemos em Füssen, o magnífico Castelo de Neuschwanstein, que inspirou o Castelo da Cinderela, da Disney. Meu pai ficou impressionado com a riqueza de detalhes no interior do castelo e pela construção em si, além da paisagem que ronda aquele lugar. Depois de fazer a visita à parte interna do Castelo, quase perdemos o ônibus porque quebramos as regras juntos, passando por um caminho que estava interditado por conta da neve pra ir até a ponte que dava uma vista maravilhosa do castelo. Foras da lei unidos. 😛
E na volta, ele foi descendo as estradinhas íngremes cheias de neve imitando as criancinhas, correndo e deixando os pés deslizarem como se tivesse “surfando” na neve. Só podia ser meu pai mesmo… E nessa dele ir escorregando na frente, pararam ele pra pedir informação. E ele deu. O que ele explicou pro pessoal, só Deus sabe… Porque nem ele sabe. 🙂
De Munique, seguimos de trem pra Nuremberg, por conta de um doce que não encontramos porque o Natal já tinha passado. Mas além da cidade velha murada, pudemos conhecer um dos símbolos do nazismo, o Campo Zepellin (áreas de desfile do partido nazista), onde Hitler fazia seus discursos. E foi muito forte pisar ali, onde essa criatura que matou tanta gente pisou. Meu velho ficou tão impressionado quanto eu.
A melhor cidade: Berlim
Seguimos no mesmo dia nossa viagem de trem até Berlim, pra mim, uma das melhores cidades do mundo, senão a melhor. Meu pai notou que a vibe da cidade é realmente diferente de toda Alemanha. E ficou feliz porque no nosso quarto do hostel, tinha um brasileiro, então ele pôde se comunicar sem precisar de mim ou de mímicas. Fizemos um tour de 2h no ônibus de dois andares, que era quentinho perto do frio e garoa lá fora, o que deu aquele soninho gostoso que fez meu pai perder uma parte da explicação (te entendo pai, eu também pesquei).
Apesar do frio, curtimos bastante a cidade e eu falei: “Pai, vou morar em Berlim” ao que ele respondeu “Eu te entendo completamente”. Tanta felicidade nos fez perder um voo. Mas tudo estava bem, dormimos umas 4h no aeroporto até chegar o horário do novo embarque.
Parece que tão falando polonês
A Alemanha ainda se assemelha a muita coisa que conhecemos, mas ao chegar no aeroporto de Cracóvia, na Polônia, tivemos nosso choque cultural mais forte. O aeroporto era minúsculo, a gente achou que a galera ali era meio mal encarada e nosso voo chegou bem tarde à noite. Deu receio, mas pegamos juntos um táxi até o hostel e depois nos apaixonamos pela cidade que tivemos pouquíssimo tempo pra conhecer.
Nosso tempo lá se resumiu à visita ao Campo de Concentração de Auschwitz, o que foi um erro. Não pelo Campo, que é uma visita imperdível, mas por não ter deixado um dia a mais pra conhecer a cidade. Em Auschwitz, meu pai ficou quieto uma certa parte do tempo, perguntando uma coisa aqui outra ali, se colocando no lugar daquelas pessoas que sofreram tanto naquele lugar. Essa visita foi a única coisa que ele falou, durante o planejamento da viagem, que não abriria mão de fazer. E valeu a pena. Ele contou aqui no blog as impressões dele também.
A controversa Hungria
Da Polônia, pegamos um trem noturno para Budapeste, na Hungria. Por sorte, pegamos a cabine vazia e pudemos dormir com mais tranquilidade. Fiquei preocupado do meu pai dormir desconfortável ali, mas parece que ele estava se importando menos que eu com isso. Logo ao chegar na estação, pela manhã, fomos tomar um café e fomos mega mal atendidos, o que já criou uma primeira impressão ruim da cidade pra ele (e pra mim). Mas no hostel tivemos uma notícia boa de um upgrade de um quarto coletivo para um privativo com cama de casal. O que foi um alívio, já que estávamos cansados nesse ponto da viagem, que já tinha passado da metade.
Tivemos um dia de rei também num dos banhos húngaros, que é como um spa, com direito a massagem, cromoterapia, comidinhas e sucos naturebas e muito relaxamento nas piscinas aquecidas. Valeu a pena!
Mas lá também fiz meu velho caminhar demais da conta e ele não ficou muito feliz com isso. Na real, nem eu fiquei. Ficamos cansados e com frio. Talvez por essas pequenas coisas, gostamos de Budapeste, mas não seria dessa lista de cidades que passamos, a primeira que voltaríamos.
Viena e Bratislava
Pra fechar a viagem, fomos pra Viena, na Áustria, ficamos em um hostel. Fomos de ônibus pra Bratislava, na Eslováquia, onde dormimos num barco no Rio Danúbio. Mas no dia seguinte já voltamos e ficamos em um outro hostel. Em Viena, nos incomodamos juntos com as pessoas fumando dentro do restaurante, mas fizemos o pedido em alemão pra uma garçonete não tão simpática, num restaurante com a comida bem boa. Lá também passamos por uma loja gay, que eu quis entrar pra conhecer, enquanto meu pai fumava um cigarro lá fora… Há uns bons passos dali 😛
Na Bratislava, paramos num restaurante bem tradicional, não turístico e nos entretínhamos comparando as diversas comidas que comemos e bebidas que bebemos. E ele tomou cerveja, bastante cerveja, durante a viagem. Eu não sou o maior bebedor de cerveja (e álcool) mas descobri que meu pai, que só gosta de uma Malzebier, enche o caneco mais e melhor do que eu. 🙂
Tomamos um café na UFO, a ponte mega moderna da antiga Bratislava, de onde se tem uma vista linda da cidade e meu pai, rindo, mandou eu ir ver como era o banheiro masculino. Chegando lá me deparo com baldes de metal super estilosos no lugar do mictório e janelas do chão ao teto, dando pra ver tudo lá fora. Na hora do cocô ou do xixi, você pode ver a vida acontecer na cidade.
No último dia em Viena, fomos a um festival de inverno com patinação no gelo que estava rolando por lá, tomamos chocolate quente, vimos uma manifestação pró-gay e um evento que até agora não entendemos direito, com música, dança e muito discurso político rolando perto da prefeitura. Lá uma senhora veio conversar com a gente. Ela só falava alemão e tentei me virar como pude. Não entendi tudo que ela falou, mas até meu pai entendeu quando ela falou “Brasilien…. mmmmmm” toda sapeca, encantada com nossas origens.
Um mochilão na Europa pra não esquecer
Dali pegamos o trem de volta pra Frankfurt com uma vontade de esticar nossa estadia por muito mais tempo. Pelas coisas que conhecemos, claro, mas também pra curtir mais tempo juntos sozinhos.
Essa foi uma viagem pra não esquecer nunca. Se você que está lendo tiver a oportunidade de viajar com seu(s) pai(s), vá! Acho difícil você se arrepender. E, se você tiver um pai como o meu, além de não se arrepender, vai ficar com muitas, muitas lembranças boas pra sempre.
Aproveito pra dar os parabéns ao meu pai, a quem tanto amo, por ter me dado de presente esses 15 dias. Obrigado por ter topado essa loucura comigo e ter me dado uma viagem pra não esquecer.
Reserve aqui seu hotel
Esse post faz parte da viagem Dando a Volta na Tcheca, viagem que fiz com meu pai por 15 dias pela Alemanha, Áustria, Eslováquia, Hungria e Polônia, em janeiro e fevereiro de 2015.
[Post originalmente publicado em 09/11/2015 no Viagem Primata (ex-The Way Travel) e migrado por seu autor para o Viaja Bi! em 21/01/2019]
20 Comentários
Bruno
Filhão, ficou perfeito…. Não esqueceu nenhum detalhe… Mas o que mais valeu foi a oportunidade de passamos esses dias juntos se conhecendo mais.. Com as novidades e os sustos……kkk. Amei essa chance, faria novamente, sem pensar. Te amo.. Bjão
Rafael Leick
Eu também pai! 🙂
Iria de novo pra Hungria ver aquela moça do café ser mal educada? rs
Bjs
Camila Torres
Que fofura de post Rafa <3
Já tentei viajar com meu pai mas não deu mto certo. O véio é doido com horário e ficou me estressando. Quem sabe um dia eu tento de novo?
Já a minha mãe, sou doida pra levar pro Peru.
bjs !
Rafael Leick
Hahahaha O santo tem que bater mesmo, mas acho legal a experiência.
Agora levar sua mãe pro Peru? Você não tem vergonha não, menina? rs
bjs
Eloah Cristina
Rafa! Que linda essa experiência e tantas primeiras vezes que proporcionou para o seu pai. Emocionante de ler.
Manda os parabéns para ele!!!
Rafael Leick
Valeu, bi! 🙂
Foi incrível mesmo. E foram primeiras experiências pra nós dois, né? Vou mandar os parabéns sim.
bjs
Natalia Ferrer
Adorei o relato. Queria muito viajar com meu pai, mas ele não curte muito. Mas estou tentando ver algo pra levar minha mãe. Parabéns pro seu pai e pelo texto. Bjs!
Rafael Leick
Valeu, Natalia!
Tente convencer os dois a ir, nem que seja uma viagem pertinho…
Sem dúvida nenhuma será uma experiência inesquecível! 🙂
Fernanda Patruni
Rafael, gostei muito do seu blog!
Meu sonho viajar pelo Brasil/mundo afora… O pouquinho das minhas experiências também gosto de descrevê-las no meu blog.
O post foi bastante envolvente, me senti no mochilão junto com você e seu pai!
Senti frio só de olhar as fotos, haha.
O Castelo de Neuschwanstein é belíssimo!!!
Abraço!
Rafael Leick
Oi, Fernanda.
Brigadão pelos elogios. A viagem foi sensacional e inesquecível. E muito fria rs
Vou dar uma olhada no seu blog também. Valeu pelo comentário.
Bjs
Analia
Vamos la, como prometido, li com muita atencao e carinho tudo que voce digitou, vi as fotos e me parei a pensar, repensar, pensar mais uma vez e procurar uma maneira de iniciar meus comentarios. Como sempre, inciamos no inicio e isto me animou. Recolhi algumas de suas frases que me pareceram as mais importantes e que usarei como fio condutor de sua viagem e de minhas impressoes. A que mais me impressionou foi esta, ~Depois de tudo que ele já fez por mim, me senti extremamente grato e honrado de dar essa viagem mais que merecida de presente pra ele~ muito bom perceber em seu carater dois gestos muito esquecidos pela geracao da qual voce faz parte, a gratidao e o reconhecimento. Se seu pai nao existisse, nada do que voce viveu e ainda vivera seria possivel.
Conhecer a noite gay de Frankfurt eh perder tempo e energia, deverias ter reservado este tempo para a de Berlin, muito mais exotica e eventualmente pesada. Fui como convidada a Berghain e minhas opinioes ainda sao contraditorias, o Panorama Bar de uma beleza incrivel, a musica excelente e as pessoas lindissimas. Agora o underground onde funciona The Lab me deixou arrasada, assustada e amedrontada.
Nuremberg eh uma delicia, nao sei se voces giraram os dois aneis que se encontram entrelacados na grade que circunda a Schöner Brunnen, se nao, voltem e facam os giros.
Detesto Budapeste mas nunca fui mal recebida ou mal tratada, talvez a sorte nao tenha sido madrinha nesta sua visita, voltem e tentem novamente.
Para encerrar, a senhora sorridente e encantada poderia ser uma velha prostituta, coisa mais comum do que voces poderiam imaginar. Ja vi senhoras de idade avancada trabalhando como tal em halls de hoteis famosos e enfeitados por cinco estrelas. Posso citar a presenca delas, devidamente autorizadas por alguem que trabalhe nos hoteis, no Intercontinental de Paris, no Ritz de Londres, no Dorchester de Londres, e ate no Principe de Savoia em Milano…..
afinal de contas, o que seria o mundo sem a alegre presenca das praticantes da mais antiga profissao do mundo?
parabens pela viagem, pelo descritivo e por ser um filho que todo pai consciente e antenado para o mundo, merece ter.
Rafael Leick
Oi, Analia.
Que delícia de comentário, obrigado por se dispor a participar 🙂
Realmente, se meu pai não existisse, nada teria acontecido e sou de verdade muito grato a ele e à minha mãe por tudo que foram e são pra mim. Sou um eterno apaixonado e admirador dois dois.
Fui conhecer a noite gay de Frankfurt por ser sábado. Mas quando estive em Berlim eu saí também, gravei inclusive com o Canal Alemanizando pro Viaja, Bi!, olha só: https://youtu.be/uK_Qd8wyHos
No Lab.Oratory você conseguiu entrar? Achei que era exclusivo pra homens.
Quando voltar a Nuremberg, vou procurar essa dica que você deu.
E a senhora em Viena não me parecia garota de programa, mas a gente nunca sabe, né? 🙂
Obrigado, mais um vez, pelo comentário tão delícia! bjs
Fernanda Scafi
Eu vivo viajando com os meus!!! Adoro, mas realmente é bem diferente de quando vc viaja sozinho ou amigos etc… Mas pq não revezar? rs Nunca viajei só com a minha mãe ou só com o meu pai, quando um fala em viagem, o outro já se enfia na programação hahahaha
Rafael Leick
Hahahaha Então você tem a quem puxar, hein! 🙂
Que bom que eles são participativos nesse sentido. Valeu pelo comentário!
Lívia Bellotti
Parabéns, Rafael! Parabéns pelo post e por ter viajado com seu pai! Com certeza foi uma alegria muito grande e uma satisfação maior ainda, não? Eu fiz duas viagens para a Europa com os meus país e foi maravilhoso! Sempre estão lembrando dos momentos q passamos juntos. Hoje, infelizmente, por causa da saúde do meu pai, não poderemos fazer mais. Mas a alegria da recoração supera tudo! Tenha certeza de que sempre irão lembrar de tudo com muito carinho. Ah! Parabéns pelo aniversário do seu pai! Que vocês façam muitas outras viagens bacanas como essa!
Lívia Bellotti
Parabéns, Rafael! Amei o post, está muito bem detalhado e emocionante! Parabéns a você e ao seu pai por viajarem juntos e curtirem cada momento! Tenha a certeza de que sempre lembrarão de tudo com muito carinho. Eu fiz duas viagens para a Europa com os meus pais, até hoje eles lembram de tudo e estão sempre comentando a emoção que sentiram na nossa viagem! Infelizmente hoje não podemos mais viajar por causa da saúde do meu pai, mas não é motivo de tristeza, procuramos sempre lembrar do que aconteceu com muito carinho. Aproveita cada oportunidade que vocês tiverem para fazer isso! É uma alegria e uma satisfação muito grande, né? Ah! Parabéns ao seu pai pelo seu aniversário!
Rafael Leick
Oi, Lívia!
Brigadão pelo comentário. Essa foi realmente uma viagem bem especial que vai ficar marcada pra sempre. Ele também sempre se lembra dos momentos que passamos por lá e qualquer coisa sobre os países que passamos que ele vê na TV ou internet, ele me manda. 🙂
Bjs
RBBV Orgulhosamente apresenta: Viagem Primata | RBBV – Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem
[…] encararia fazer um mochilão pela Europa com o seu pai? Ele encarou, passou por diversos países e fez questão de apresentar os hostels ao pai, que […]
Rafael Queiroz
A vida gay daqui de Frankfurt é realmente um pouco restrita a 5 bares (Central e Lucky’s sao os mais tradicionais) e as festas tematicas nos finais de semana. Os apps de encontro acabaram com a vida gay daqui.
Vi sua participacao no porta a dentro agora. Adorei sua pagina. Quando vier a Frankfurt de passagem nas aventuras europeias. De novo entra em contato que te mostro a vida gay daqui. Mas nada se compara a Berlin, Colonia e Hamburgo aqui.
Abracao!
Rafael Leick
Oi, xará, tudo bom?
A noite gay de Frankfurt é realmente morna… Você viu o post sobre isso lá no Viaja Bi!? http://viajabi.com.br/noite-gay-de-frankfurt-alemanha-gay/
Mas porque os apps acabaram com a vida gay? Não dá pra coexistir?
Que bom que gostou da participação no Porta Afora. Foi uma delícia gravar com o Fábio Porchat e com a Rosana Hermann, eles são demais! 😉
Pode deixar que quando eu for praí novamente, aviso por aqui. Tenho vontade de voltar. Fica de olho aqui pra ver sempre os roteiros que eu for fazer. E você vai ser meu guia gay na Alemanha rs
bjs