15 de fevereiro de 2016

Sítios Arqueológicos Bandurria e Vichama | Mochilão Peru #2

Hoje o dia começou cedo nesse segundo dia do Mochilão no Peru. Às 5h30 estava de pé pra arrumar a mochila porque às 6h sairia a van de Lima para Huacho, onde conheceríamos os sítios arqueológicos Bandurria e Vichama.

Sítios arqueológicos Bandurria e Vichama: o grupo assistiu a uma apresentação em Bandurria

Sítios arqueológicos Bandurria e Vichama: o grupo assistiu a uma apresentação em Bandurria

Quando saí, já estavam me esperando na porta dois blogueiros – Indira, do Viajaporperu, e Marco, do Guitarra Viajera – e três jornalistas – Cecília e Mae, do La Cueva de Dominguez, e Isabel, do Revista Rumbos – que embarcaram nessa jornada comigo.

A Gladys, responsável pela blogtrip e o motorista passaram pra pegar a gente umas 6h30 e de lá, fomos buscar a Lourdes, minha parceira no seminário de amanhã e no de Lima, dia 20, e a Nicky, sua filha, ambas do blog placeOK, para seguir viagem.

 

MOCHILÃO NO PERU – DIA 2 – 15/2 – SEGUNDA

Sítios Arqueológicos Bandurria e Vichama

Depois de umas 3h chegamos a Huacho, um pouco atrasados. Em vez de passar no hotel, passamos pela Prefeitura para conhecer o Julio, que nos recebeu muito bem e fomos famintos direto tomar café-da-manhã no La Estrella, onde experimentamos salsichas huachianas, ou seja, de Huacho, que são feitas com as partes “descartáveis” do porco que os grandes senhores da época não queriam. E não é servida embutida, é preparada pra ficar como uma carne moída.

O dono do restaurante contou pra gente que teve muita imigração de chineses aqui e que na época houve medo do “perigo amarillo” (perigo amarelo, em referência ao país oriental). Mas depois chegou uma leva de chineses capitalistas, com grana e ficou tudo bem, porque rendeu frutos que a cidade colhe até hoje. 😛

O nome do restaurante vem de um dos primeiros sindicatos daqui, chamado Panaleros, que também eram conhecidos por “La Estrella de Peru”.

O café-da-manhã, que custa S./ 30 (soles), serve até duas pessoas e vem bem recheado com salsicha huachiana, relleno e outras coisas que não sei o nome, mas eram boas. 🙂 Além disso, vem também um suco de frutas misto com uma carambolinha adornando o copo, em referência à estrela do nome do lugar, e um chafé. Não, o H não está aí a mais. Vem uma xícara com água quente quase até a boca e um bolinho de café puro. Você tem que jogar o café na água, o que deixa ele mais leve. Muito leve, na minha opinião. Não sou muito de café, mas ainda prefiro o nosso brasileiro mesmo.

O restaurante, padaria e pastelaria fica na Calle 28 de Julho, 561.

De lá, fomos pro Sítio Arqueológico Bandurria, onde aprendemos um pouco sobre a cultura dessa civilização pré-inca beirando o Oceano Pacífico. Lugar lindo e ainda fomos brindados com uma encenação, com voluntários da universidade que estudam Turismo, tomando o lugar do xamã e seus seguidores. E a apresentação foi feita especialmente pra gente. Achei demais! Depois disso, ainda deu pra observar voos de aves na Laguna Paraíso, que fica entre a terra e o Pacífico.

Bandurria funciona todos os dias, das 8h às 17h, com entrada de S./ 4.

Depois de fritar um pouco no sol, mas com a brisa do mar, era hora de almoçar. Paramos no El Rosal, onde o David, o simpático dono do lugar contou pra gente sobre os principais pratos dele, que ressaltam a comida de Huacho, como o ceviche de pato, e provamos tudo. Foi daqui que o prato se espalhou pelo Peru depois. Esse ceviche tem uns toques de laranja, que super harmoniza com o prato.

Estava tudo muito bom. Ainda conseguimos experimentar um suco de cevada (sim, a que faz a cerveja) e um outro de chica morada, um pouco mais docinho, bem bom! Comemos bastante e boa seguir viagem.

O El Rosal funciona das 11h às 16h, para almoço, durante a semana, e fica na Jr. Salaverry, 8º cuadra.

Já cansados, fomos finalmente levar as malas pro hotel e ter 15 min de descanso antes de seguir pra próxima atração. Nos dividimos em três hoteis diferentes: Palmeiras, Paradisse e Hotel Centenário, o que eu estou hospedado.

Depois da visita aos sítios arqueológicos Bandurria e Vichama, visitamos o Museu Arqueológico

Depois da visita aos sítios arqueológicos Bandurria e Vichama, visitamos o Museu Arqueológico

Foi só uma rapidinha e seguimos para outro sítio arqueológico, o de Vichama, que está há cerca de 20 min de Huacho, de carro ou ônibus coletivo. Também dá pra vir de van, mas são mais imprevisíveis e demoram o dobro. Pegando o busão em Huacho, pede pra descer na entrada de Vichama que você chega!

Esse segundo sítio arqueológico abrigou a civilização Chancay, que é pré-Inca. e virou meu preferido até então. O Pedro, o guia, é sensacional e entende muito de arqueologia, o que já me encantou. A paisagem é de babar muito! Pudemos conhecer templos, residências da elite, residência do povo e ainda alguns geoglifos, esculpidos nas pedras, representando as crianças que morreram com a seca e tem um sapo lá no meio, anunciando que vinha chuva por aí! É, gente, eles também sofreram com a mudança climática a cerca de 3.000 anos a.C!

E depois fomos ao mirante mais alto, que é uma coisa divina. Mar de um lado, vale do outro e é muito cênico. Show!

O Sítio Arqueológico de Vichama funciona todos os dias, das 9h às 16h e custa S./ 11 (adultos), S./ 5 (estudantes), S./1 (crianças) e de graça para locais. O circuito deve sempre ser acompanhado de um orientador turístico e dura cerca de 1h, 1h15.

Na volta, paramos pra comer no Sabor Huachiano e voltamos pro hotel pra descansar e preparar o seminário de amanhã, agora dá licença que eu vou lá trabalhar! Até amanhã! 🙂

 

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[Post originalmente publicado em 15/02/2016 no Viagem Primata e migrado por seu autor para o Viaja Bi! em 23/11/2018]

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Sobre Rafael Leick

Rafael Leick

Criador dos projetos Viaja Bi!, Viagem Primata e ExploraSampa, host do podcast Casa na Árvore e colunista do UOL. Foi Diretor de Turismo da Câmara LGBT do Brasil. Escreve sobre viagem e turismo desde 2009. Comunicólogo, publicitário, criador de conteúdo e palestrante internacional, morou em Londres e São Paulo e já conheceu 30 países. É pai do Lupin, um golden dog. Todos os posts do Rafael.

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5 Comentários

  • Lilian Azevedo
    2016-02-17 08:17

    Deve ser uma experiência incrível visitar essas cidades. Ainda não são muito divulgadas né ? E a altitude é tipo Cusco ?
    Boa viagem !

    • Rafael Leick
      2016-02-17 10:51

      Oi, Lilian. Realmente não são muito divulgadas ainda, eles estão começando o trabalho de divulgação com essa campanha #HuachoMilenario. E tem mesmo que fazer porque tem bastante coisa interessante por aqui. Os sítios arqueológicos me chamaram muito a atenção. Vichama principalmente, me encantou. Mas a altitude é menor. São cidades litorâneas, as ruínas de Bandurria e de Vichama são bem pertinho do mar.
      Brigadão pelos bons votos! bjs

  • Eloah Cristina
    2016-02-17 10:33

    Várias referências gastronômicas neste post rsrsrsrs!!!

    • Rafael Leick
      2016-02-17 10:48

      Tô quase escrevendo pro Marola com Carambola já hahahahaha 😛

  • […] muito com preservação da natureza e da história. Aí, Brasil, alguma semelhança com a gente? No dia que fui à Bandurria, o guia deixou e incentivou a gente a sair dos sandeiros pra ver as ruínas mais de perto. Gente, […]

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