29 de janeiro de 2016

20ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo – 2016

Em 2016, a Parada LGBT de São Paulo completa 20 anos.

Já se passaram 46 anos desde que o famoso junho de 1969.

Nessa data, nos Estados Unidos, gays, lésbicas, travestis e drag queens estavam no Stonewall Inn, em Nova York e o bar foi invadido pelos policiais.

Eles se rebelaram e esse evento tornou-se um marco na história da luta pelos direitos e pela cidadania da comunidade LGBT.

Alguns anos depois, ocorreu a primeira Parada do Orgulho LGBT em São Paulo.

E desde então se passaram 20 anos.

 

Foto: Parada SP. Divulgação.

No dia 29 de janeiro de 2016, dia que também é marcado como o Dia Nacional da Visibilidade Trans, a APOGLBT – Associação da Parada do Orgulho LGBT anunciou o tema da parada de 2016, que ocorre no dia 29 de maio, na Avenida Paulista. Será “Lei de Identidade de Gênero Já! Todas as pessoas juntas contra a transfobia”.

O Viaja Bi! foi lá conferir o lançamento do tema, no Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Estavam presentes no evento o presidente da APOGLBT, Fernando Quaresma, e alguns representantes da comunidade trans. A escolha do tema até pode gerar polêmica, mas a argumentação dos presentes não poderia ser mais convincente. Os transexuais ainda são a parcela da comunidade LGBT que sofrem mais preconceito, discriminação e são marginalizadas na sociedade. Até mesmo dentro da própria comunidade LGBT, arrisco dizer.

Parada-LGBT-2016-1

Fernando Quaresma, presidente da APOGLBT, fala das ações de visibilidade trans

Por isso, pessoalmente acho o tema bastante relevante. Não somente pela melhora da visibilidade trans perante a sociedade, mas até mesmo dentro de nosso próprio meio gay, que já é notório por discriminar afeminados, o que dizer então dos transexuais.

Muito do preconceito vem da falta de informação. Quaresma afirma que a APOGLBT tem sempre adotado medidas a favor da visibilidade trans, como os trios elétricos exclusivos para trans durante as paradas e diálogos com a comunidade para promover ações de visibilidade.

“A existência de alguns direitos que nem poderiam ser imaginados de acontecer no passado , hoje são possíveis devido à coragem e ao ativismo persistente que o movimento LGBT, com todas as suas diferenças, conseguiu conquistar. Existe, no entanto, um segmento cujas demandas ainda carecem de atenção, de respeito e de mais proteção das leis: o segmento Trans (travestis, transexuais, transgêneros). Muito embora seja o segmento que historicamente tenha maior visibilidade, é, também, segmento que sofre um maior número de violências”.

Adriana da Silva, coordenadora da Secretaria de Trans da APOGLBT, lembrou que os trans sofrem discriminação na escola, na família e no emprego. Situações como essa levam à marginalização do segmento.

Já Fernanda de Moraes Silva, coordenadora Estadual da ANTRA – Associação Nacional de Travestis e Transexuais, agradeceu a abertura do tema e em contraponto a alguns grupos que questionam o destaque dado ao segmento trans nesse ano, ela salienta que eles só buscam a mesma visibilidade dos demais grupos.

Renata Peron, da CAIS – Associação Centro de Apoio e Inclusão Social de Travestis e Transexuais, chamou os presentes a participarem da Caminhada pela Paz (dia 30 de janeiro, concentração às 14h no vão do MASP). A ideia é trazer uma abordagem menos agressiva na hora de reivindicar direitos aos trans.

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O lançamento do tema da Parada LGBT contou com a participação de trans como Fernanda de Moraes, coordenadora da ANTRA

Luiz Uchoa, representante do segmento Trans da família Stronger, exibiu com orgulho o RG com sua nova identidade de gênero, que levou cerca de 2 anos para conquistar. Para ele, é preciso desburocratizar o processo.

Luiz Uchoa pediu a desburocratização do reconhecimento do nome social

Luiz Uchoa pediu a desburocratização do reconhecimento do nome social

Finalmente, o evento ainda contou com a presença da drag Tchaka, que contou sua história desde a descoberta da homossexualidade e salientou a importância da participação de todos nas decisões da comunidade LGBT. Ela se declarou contrária ao “fogo amigo”. Isso porque é comum, infelizmente, que pessoas dentro da própria comunidade LGBT entrem em conflito. Para ela, o importante é que todos se unam contra a homofobia e a transfobia.

A drag queen Tchaka pediu a colaboração de todos em torno dos mesmos objetivos: "chega de fogo amigo"

A drag queen Tchaka pediu a colaboração de todos em torno dos mesmos objetivos: “chega de fogo amigo”

É isso aí, desde já estamos ansiosos por mais essa Parada do Orgulho LGBT e ela venha acompanhada por maior visibilidade e cidadania aos trans. E abaixo o preconceito, hein Bis?

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Sobre Fábio Pastorello

Fábio Pastorello

Fotógrafo e videomaker, além de gay nas horas vagas. Curte cinema e leva a vida e as viagens com toques de romance, drama e aventura. Pediu e foi pedido em casamento em Paris, após 10 anos de namoro. Formado em Letras, ex-bancário e mais feliz agora, é editor do blog Viagens Cinematográficas.

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4 Comentários

  • Eloah Cristina
    2016-02-13 15:30

    Quero todo mundo lá esse ano ein!

  • Arnaldo Ribeiro ou Israel
    2016-05-29 18:40

    HOMOSSEXUALIDADE N A VISÃO ESPÍRITA

    Em declaração ao Jornal Folha Espírita de 1984, Chico disse:

    “Não vejo pessoalmente qualquer motivo para criticas destrutivas e sarcasmos incompreensíveis para com nossos irmãos e irmãs portadores de tendências homossexuais, a nosso ver, claramente iguais às tendências heterossexuais que assinalam a maioria das criaturas humanas. Em minhas noções de dignidade do espírito, não consigo entender porque razão esse ou aquele preconceito social impediria certo numero de pessoas de trabalhar e de serem úteis à vida comunitária, unicamente pelo fato de haverem trazido do berço características psicológicas e fisiológicas diferentes da maioria. (…)

    No site do Instituto André Luiz encontramos opiniões de Emmanuel e de André Luiz sobre o homossexualismo.

    A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação (…) e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais.(Emmanuel)
    Já o espírito Ramatis, no livro “Sobre a Luz do Espiritismo”, ditado através da mediunidade de Hercílio Maes, declara:

    PERGUNTA: — A tendência de buscar uma comunhão afetiva com outra criatura do mesmo sexo, conhecida por homossexualidade, implica em conduta culposa perante as leis Espirituais? RAMATÍS: — Considerando-se que o “reino de Deus” está também no homem, e que ele foi feito à imagem de Deus, evidentemente, o pecado, o mal, o crime e o vício são censuráveis, quando praticados após o espírito humano alcançar frequências muito superiores ao estágio de infantilidade. Os aprendizados vividos que promovem o animal a homem e o homem a anjo, são ensinamentos aplicáveis a todos os seres. A virtude, portanto, é a prática daquilo que beneficia o ser; nos degraus da imensa escala evolutiva. O pecado, a culpa, são justamente, o ônus proveniente de a criatura ainda praticar ou cultuar o que já lhe foi lícito usar e serviu para um determinado momento de sua evolução. A homossexualidade, portanto, de modo algum pode ofender as leis espirituais, porquanto, em nada, a atividade humana fere os mestres espirituais, assim como a estultícia do aluno primário não pode causar ressentimentos no professor ciente das atitudes próprias dos alunos imaturos. Pecados e virtudes em nada ofendem ou louvam o Senhor, porém, definem o que é “melhor” ou pior para o próprio ser, buscando a sua felicidade, ainda que por caminhos intrincados dos mundos materiais, sem estabilidade angélica. A homossexualidade não é uma conduta dolosa perante a moral maior, mas diante da falsa moral humana, porque, os legisladores, psicólogos, e mesmo cientistas do mundo, ainda não puderam definir o problema complexo dos motivos da homossexualidade, entretanto, muitos o consideram mais de ordem moral do que técnica, científica, genética ou endócrina. Fonte: Grupo Universalista Jesus em seu lar

    Em outra pergunta, Ramatis confirma a declaração de Emmanuel:
    PERGUNTA: — Mas o que realmente explica o fenômeno da homossexualidade? RAMATÍS: — É assunto que não se soluciona sobre as bases científicas materialistas, porque, só podereis entendê-lo e explicá-lo, dentro dos princípios da reencarnação.

    Como podemos notar, irmãos, para a Doutrina Espírita o homossexualismo é apenas uma estágio evolutivo que não fere as Leis Divinas e muito menos se trata de um equívoco do Criador. O que vale é a reforma íntima, independente da orientação sexual.

    PERGUNTA: — Que dizeis desse estigma de homossexualidade, quando as opiniões se dividem, taxando tal fenômeno de imoral, e outros de enfermidade? RAMATÍS: — Sob a égide da severa advertência do Cristo, em que “não julgueis para não serdes julgados”, quem julgar a situação da criatura homossexual de modo antifratemo e mesmo insultuoso, não há dúvida de que. a Lei, em breve, há de situá-lo na mesma condição desairosa, na próxima encarnação, pois, também é de Lei “ser dado a cada um segundo a sua obra”. Considerando-se nada existir com propósito nocivo, fescenino, imoral ou anormal, as tendências homossexuais são resultantes da técnica da própria atividade do espírito imortal, através da matéria educativa. Elas situam o ser numa faixa de prova ou de novas experiências, para despertar-lhe e desenvolver-lhe novos ensinamentos sobre a finalidade gloriosa e a felicidade da individualidade eterna. Não se trata de um equívoco da criação, porquanto, não há erro nela, apenas experimento, obrigando a novas aquisições, melhores para as manifestações da vida.

    O Dr. Andrei Moreira, presidente da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais, em entrevista concedida para o médium e terapeuta Wanderley Oliveira, diz:

    O Espiritismo recomenda a todas as criaturas a conscientização a respeito da sacralidade do corpo físico e da sexualidade, como fonte criativa e criadora, destinada a ser fonte de prazer físico e espiritual, sobretudo de realização íntima para o ser humano, em todas as suas formas de expressão.

    Para o Dr Inácio Ferreira, médico psiquiatra desencarnado em 1988 e que escreve a partir da mediunidade de Carlos Baccelli:
    O homossexualismo deve ser compreendido por nós outros como uma das muitas experiências que o espírito vivencia em sua trajetória, para que, finalmente, aprenda a verdadeiramente amar para além dos implementos genésicos que o caracterizam como homem ou mulher! Com o meu carinho, o irmão sempre agradecido, INÁCIO FERREIRA Uberaba – MG, 8 de setembro de 2009

    Na Wikipedia encontramos um parágrafo que reforça tudo que foi citado até aqui:

    O Espiritismo crê que o espírito humano não tem sexo e que um mesmo espírito pode em diferentes encarnações habitar igualmente o corpo de um homem ou de uma mulher, sendo capaz de amar homens e mulheres. Não existe uma posição oficial sobre a homossexualidade. Alguns doutrinadores, como José B. de Campos, pregam que a questão mais importante no tocante à homossexualidade é a promiscuidade, aconselhando o homossexual a tomar um parceiro e constituir um lar [13]. O doutrinador e médium Divaldo Franco posiciona-se de forma semelhante, frisando que o homossexual, como o heterossexual, será julgado conforme sua conduta moral, independente da sexualidade[14]. (Homossexualidade e religião)

    FONTE INFORMATIVA: http://www.blogdolivroespirita.com/2012/07/homossexualidade-na-visao-espirita.html

    Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/homossexualidade/homossexualidade-na-visao-espirita/#ixzz49mbiGNad

    CONCLUSÃO:
    À PAR DESTA PREMISSA IRREFUTÁVEL, ACABAMOS DE BANIR DO NOSSO MEIO O PERNICIOSO PRECONCEITO DA HOMOFOBIA PROPICIANDO O CONSOLO PARA MUITOS CORAÇÕES FERIDOS E INCONFORMADOS, NORTEANDO O BEM DA CURA E DA PAZ EM CRISTO.
    O ARCO-IRIS, PORÉM, DEVE SER RECONHECIDO , RESPEITADO E CULTUADO COMO SIMBOLO SAGRADO, POIS SIMBOLIZA A ALIANÇA ETERNA ENTRE DEUS E A HUMANIDADE, CFE. A PÁG.118 DA NOSSA BIBLIOGÊNESE.
    I S R A E L

    • Rafael Leick
      2016-05-31 23:24

      Só ressalto que o termo homossexualismo não é mais correto pois o sufixo “-ismo” denota doença e ele não mais assim é classificado. 😉
      O correto é homossexualidade.

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