7 de março de 2014

Passeio zen no Templo Zu Lai, em Cotia (SP)

No finzinho desse Carnaval, me juntei novamente ao Erick e Kátia e fomos explorar um pouco mais de São Paulo. Na verdade, a cidade de Cotia, na região metropolitana de SP, pra conhecer o Templo Zu Lai. #ExploraSampa

Selfie com o pátio interno do Templo Zu Lai ao fundo

Selfie com o pátio interno do Templo Zu Lai ao fundo

É um templo budista que tem mais de 20 anos e uma área construída de 10.000m² numa área total de 150.000 m². E a arquitetura é bem tradicional. Tanto que quando vemos as fotos (ou estamos lá), nem dá pra crer que estamos no Brasil. Tudo começou em 1992, quando o Venerável Mestre Hsing Yün (obs.: “venerável” me lembra Chapolin) veio à São Paulo para consagrar oficialmente um templo, quando o casal Chang, que estava na ocasião, se encantou com as palavras e cedeu seu sítio pra construção de um novo templo, que o Venerável Mestre chamou de templo Zu Lai.

Depois de um tempo o negócio foi ficando pequeno e decidiu-se juntar gente de vários cantos do mundo, que foram comprando lotes vizinhos, até que em 2000 o templo foi finalizado como o conhecemos hoje.

 

Templo Zu Lai: passeio zen em Cotia (SP)

Pátio interno do Templo Zu Lai, em Cotia (SP)

Pátio interno do Templo Zu Lai, em Cotia (SP)

Com essa história resumida, vamos à visita. Encontrei com a Kátia e o Erick e fomos de carro pra lá (veja aqui o trajeto que fizemos e monte o seu, se for de carro). Ao ler as regras de “etiqueta budista” no site, percebi que eu teria que abrir mão da bermuda ou regata pra conhecer todos os cantos. No caminho, a gente passa por um pedágio na ida (R$ 7,20, valor de mar/2014) e não é muito longe da rodovia Raposo Tavares. Aos domingos, por R$ 10, o templo disponibiliza um ônibus direto, que sai de perto do metrô Liberdade às 8h30 da manhã e retorna por volta das 16h. Mas não leva tanto tempo assim pra você conhecer o lugar. Nós levamos menos tempo e deu pra aproveitar. Ah! Vale lembrar que a entrada é gratuita. 😉

Quando chegamos, por volta das 11h15, fomos avisados pra parar perto do lago, porque a outra parte do estacionamento já estava lotada. Mas quando saímos, mesmo a parte do lago tava cheia. Então programe-se pra chegar cedo! E o lago é muito bonitinho. Já dá pra ver ali o cuidado estético que transmite paz. Na água, tartarugas e carpas. Uma pontezinha de madeira e a vegetação completam o cenário, que usei pra inaugurar minha câmera GoPro Hero 3+ Black, que comprei recentemente.

Ao fundo, o lago do Templo Zu Lai, em Cotia (São Paulo)

Ao fundo, o lago do Templo Zu Lai, em Cotia (São Paulo)

Dali fomos pra entrada do templo propriamente dita, onde tem uma escada e o Jardim dos 18 Arhats. Arhats são monges iluminados que perceberam as verdades do “não eu”. Entendeu? Eu também não, mas se quiser mais detalhes tem no site oficial do templo.

Mas é bem legal ver aquelas estátuas ali, como reverência a um templo tão bonito. Ali no pé da escada também tem uma fonte, onde o pessoal joga moedinhas. À esquerda, um caminho leva direto ao playground pras crianças se acalmarem. Mas subindo a escada, chega-se ao pátio principal.

Não entendi muito bem o que aconteceu ou quem eram essas pessoas, mas vimos duas filas, lideradas por dois monges, caminhando juntas subindo a escada no sentido do refeitório, onde eles entoaram um canto (um mantra, suponho) e depois comeram em um silêncio sepulcral.

Depois do pátio principal, temos outra escada, que leva ao salão de cerimônias. Na frente dele, um incensário, onde uma funcionária do templo te oferece um incenso pra que você possa fazer uma oferenda e explica a maneira que eles acreditam ser correta pra fazer isso, oferecendo o que você quiser oferecer do seu eu interior para o mundo e os ensinamentos do Buda, e não uma adoração à imagem dele, mas seus ensinamentos. Achei isso bem legal.

Depois da oferenda, entrei no salão e ela nos orientou no sentido de não cruzar ou andar pelo corredor principal, em respeito aos princípios do budismo. Nesse salão, se você estiver de bermuda, decote, regata, chinelo, você não entra. Então vá de calça pra poder entrar e olhar tudo mais de perto.

Num dos cantos, perto do salão, tem um chá que é oferecido gratuitamente. Só me senti mal porque eu demorei pacas pra tomar porque tava quente e todo mundo mandando pra dentro super rápido. Tô achando que sou fresco demais, viu… Nessa parte de cima, nas laterais do pátio principal, além da administração e do espaço pra funcionários, tem mais uma sala de oração (não sei se essa é a palavra correta usada) e duas estátuas grandonas no fim de cada corredor.

Escadaria que leva à Sala de Cerimônias do Templo

Escadaria que leva à Sala de Cerimônias do Templo

Embaixo da escada que leva ao salão, fica o restaurante onde aquele pessoal que comentei cantou e comeu. E à esquerda do pátio, ainda tem o Museu de Arte Budista, com luminárias, esculturas etc. e onde aprendi a história dos 3 macaquinhos (os que cobrem o olho, a boca e as orelhas), e das esculturas dos mil olhos e mil braços.

Lá dentro não pode tirar foto, assim como no salão de cerimônias. Além disso, ainda tem um espaço, subindo os caminhos do lado do lago, que levam pra um caminho cheio de bambus e estátuas. Bom pra dar uma descansada e meditada ao ar livre.

E essa foi a visita ao maior templo budista da América do Sul.

O caminho sossegado na parte de cima do Templo

O caminho sossegado na parte de cima do Templo

 

Tá vindo pra São Paulo? Reserve sua hospedagem.

 

[Post originalmente publicado em 7/3/2014 no Viagem Primata e migrado por seu autor para o Viaja Bi! em 21/12/2020]

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Sobre Rafael Leick

Rafael Leick

Criador dos projetos Viaja Bi!, Viagem Primata e ExploraSampa, host do podcast Casa na Árvore e colunista do UOL. Foi Diretor de Turismo da Câmara LGBT do Brasil. Escreve sobre viagem e turismo desde 2009. Comunicólogo, publicitário, criador de conteúdo e palestrante internacional, morou em Londres e São Paulo e já conheceu 30 países. É pai do Lupin, um golden dog. Todos os posts do Rafael.

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