4 de agosto de 2013

A incrível vista do Arthur’s Seat, em Edimburgo

Num período que tive de folga da experiência HelpX, aproveitei pra conhecer um pouco mais da Escócia e escolhi começar pela capital do país: Edimburgo. O pouco que eu sabia sobre a cidade era que J.K. Rowling, a autora de Harry Potter era de lá e que, de acordo com meu amigo Moisés, lá é um dos melhores lugares pra se passar a virada do ano. E lá conheci o Arthur’s Seat.

Arthur’s Seat, em Edimburgo (Escócia)

Com essa “extensa” bagagem informativa, lá fui eu, um pouco mais cedo do que o esperado pra uma cidade encantadora e cheia de charme. Till me deixou na estação e em cerca de 30, 40 minutos eu já estava por lá. Depois de fazer o check-in no hostel Kick Ass Greyfriars (antigo Budget Backpackers), que fica em Cowgate, bem no centro velho da cidade, saí pra caminhar. A ideia era ir ao Arthur’s Seat, que pelo guia do Hostelworld era uma atração que exigia um pouco mais de energia do que as demais da cidade, mas valia a pena pelas vistas de tirar o fôlego. Mas antes de descobrir se isso era verdade ou não, meu estômago pediu pra eu seguir uma outra dica deles e para no pub The Castle Arms para almoçar.

Lá dizia que eles tinham um “menu de viajante”, que tinha porções menores e mais baratas, mas meu estômago não se animou com “porções menores” e pedi um outro prato, que já não era assim tão farto mas até que era saboroso (ainda mais acompanhado do suco de maçã que eu matei a saudade). Mas isso é bem Reino Unido mesmo…

Lá comecei a conversar com o Ryan, um norte-americano de Boston que mora em Londres e estava a passeio pela cidade. Conversando sobre o que fazer, ele estava sem grandes planos fechados pro dia e concordamos em seguirmos juntos para o Arthur’s Seat. Ok, Rafa, já é a segunda vez que você fala desse lugar. Que p*&#@ de lugar é esse, afinal? Basicamente é um ex-vulcão que oferece uma vista do caramba e nem é tão difícil de “escalar”, mas se quiser saber mais recomendo ler o artigo da Wikipedia em inglês (ou português), porque não pretendo transcrevê-lo aqui. 😛

É uma subidinha, viu…

Você acha que ia subir o Arthur’s Seat, em Edimburgo, sem tomar um solzinho?

O lugar é realmente fascinante e tem uma energia muito pacífica e pacificadora. Eu e o Ryan ficamos lá sentados no topo batendo papo e admirando aquela vista por mais de 2h. E tava sol! Cheguei a tirar a camiseta e comecei ali a “sessão bronze improvável na Europa“, que junto com a Suíça me ofereceram tanto sol quanto se eu tivesse ido passar férias na Bahia. Vai vendo… E deitado ali na grama fiz um Google Hangouts de dar inveja com minha irmã pelo celular, mostrei pra ela e pro namorado dela ao vivo onde eu tava e compartilhei um pouco daquela sensação boa que eu tava.

Viajar nos expõe a situações novas e inusitadas. Para finalizar o ciclo pessoal pelo qual eu estava passando, nada mais palpável do que uma viagem, onde você diz “sim” pro mundo e ele claramente começa cada vez mais a dizer mais “sim” pra você. E nessa viagem eu estava aberto ao que a vida me oferecesse, mas mais do que nunca com as rédeas da minha vida. Mas deixando a filosofia de lado, lá em cima é um dos melhores pontos pra se ver Edimburgo por completo: o centro velho, as casas residenciais mais afastadas do centro, o mar escocês, a ponte que liga Edimburgo a outras cidades (como Dunfermline, de onde parti), o centro novo, o castelo e o Carlton Hill

Aliás, o Arthur’s Seat, junto com a montanha onde fica o Castelo de Edimburgo e o Cartlon Hill formam a tríade de vulcões desativados que compõe a cidade. No meu segundo dia visitei os outros dois, mas isso é assunto pra outro post. O “Assento de Arthur” é o pico principal do conjunto de morros que formam o Hollyrood Park, que está associado ao palácio Holyroodhouse, a casa oficial da Rainha Elizabeth na Escócia.

Ave no Arthur’s Seat, em Edimburgo

Boy argentino relaxando no Arthur’s Seat, em Edimburgo


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Lá em cima tem gente de todo tipo também: mochileiros de passagem, casais admirando a paisagem abraçadinhos, senhores e senhoras, famílias inteiras com 5 filhos, jovens amigos, atletas anônimos, aves… Todos se beneficiando dessa natureza tão presente, impositiva e fascinante.

Antes de seguir pela Royal Mile, a rua que liga Holyroodhouse ao Castelo de Edimburgo, paramos numa van de sorvetes e eu experimentei um que era uma bola de sorvete em meio a dois big wafers cobertos com chocolate. Bem gordo e delicioso!

De sobremesa, um wafer de sorvete, NHAM!!!

Entrada da Holyroodhouse, residência oficial da Rainha na Escócia, na Edimburgo

“Uma santa”, a tradução

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[Post originalmente publicado em 04/08/2013 no Viagem Primata e migrado por seu autor para o Viaja Bi! em 12/09/2020]

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Sobre Rafael Leick

Rafael Leick

Criador dos projetos Viaja Bi!, Viagem Primata e ExploraSampa, host do podcast Casa na Árvore e colunista do UOL. Foi Diretor de Turismo da Câmara LGBT do Brasil. Escreve sobre viagem e turismo desde 2009. Comunicólogo, publicitário, criador de conteúdo e palestrante internacional, morou em Londres e São Paulo e já conheceu 30 países. É pai do Lupin, um golden dog. Todos os posts do Rafael.

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5 Comentários

  • Nathalia Leick
    2013-08-17 20:00

    Essa ultima foto é do Hotel Radisson?

  • Nina Exel
    2013-08-17 20:01

    Acompanhar experiências como essa nos faz lembrar o quanto o mundo é bonito e devemos aproveitá-lo, desde os pequenos detalhes. Lindo registro!

  • […] Esses são os pontos da cidade relacionados à série que eu visitei. Dá pra fazer tudo num dia e muito mais coisas. Recomendo também uma visita ao Arthur’s Seat. Já que o nome é Arthur, quando você estiver subindo a pé, você vai lembrar do Arthur Weasley, pai de Rony, levando todo mundo pra Copa Mundial de Quadribol, do filme Cálice de Fogo. Dá uma lida nesse post que fiz sobre o local: “A incrível vista do Arthur’s Seat, em Edimburgo” […]

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