28 de janeiro de 2018

Carnaval 2018: os blocos de rua LGBT de SP

Janeiro está no fim e o Carnaval 2018 se aproxima! Tá chegando a hora de jogar a bunda e mostrar sua cara nos blocos de rua por todo o país e dar K.O. no desânimo! Em várias cidades o fervo vai rolar e em São Paulo as bi já tão se preparando pra pôr o bloco na rua!

Carnaval 2018: Começo lembrando o ano passado com meu amigo Edu curtindo os blocos

Carnaval 2018: Começo lembrando o ano passado com meu amigo Edu curtindo os blocos

Então, como de costume, fiz um compilado dos melhores blocos pros LGBT se jogarem. Alguns são beeeeeem gays, outros tem presença massiva do Vale! Vem que tá babado. Na mistura tem bloco do Museu da Diversidade Sexual com abertura do Coral Câmara LGBT do Brasil, blocos em homenagem a Sandy e Junior e Rita Lee, vários blocos sendo patrocinados pela Skol e a Air France patrocinando um bloco de carnaval com músicas francesas chamado Amélie Pulando. Tem ainda, na segunda, dia 12, o Love Fest, que junta vários blocos como MinhoQueens e Meu Santo é Pop numa folia de dia inteiro. Bora?

É só torcer pra nenhuma autoridade tentar acabar com os blocos como já rolou no pré-Carnaval, néam?

Carnaval 2018: Pode ser que eu tire foto fingindo que não tô bebado quando um refugiado sírio pedir? Pode ser!

Carnaval 2018: Pode ser que eu tire foto fingindo que não tô bebado quando um refugiado sírio pedir? Pode ser!

Vale lembrar que esse ano, o arco-íris também vai pro Sambódromo do Anhembi nesse Carnaval 2018 A escola de samba Império de Casa Verde, numa parceria com a Câmara LGBT, está estreando uma ala da diversidade e eu estarei lá na avenida. Se prepara que é a 2ª escola a entrar na avenida no dia 10/2. Já prepara o celular pra postar no Stories e no Insta marcando o @viajabi e dizendo que me viu na TV, hein?

Mas, antes da avenida, tem Carnaval 2018 na rua, então, vem pra rua, malandra!

 

Blocos de rua LGBT no Carnaval 2018 em SP

Data Hora Bloco Concentração +Info
sáb 3/2 14:00 – 17:00 Será Que É? – Abertura Coral Câmara LGBT do Brasil Rua Augusta x Rua Matias Aires
sáb 3/2 14:00 – 18:00 O Fabuloso Bloco da Amélie Pulando Rua Vupabussu, 199
sáb 3/2 14:00 – 19:00 Ritaleena – Pinheiros Rua dos Pinheiros x Rua Antonio Bicudo
sáb 3/2 14:00 – 20:00 Arrianu Suassunga Rua Padre Carvalho, 769
sáb 3/2 15:00 – 20:00 CarnaKOO – Bloco da Batekoo Largo do Paissandú
sáb 3/2 15:00 – 20:00 Desculpa Qualquer Coisa Rua Augusta
sáb 3/2 17:00 – 22:00 Sereianos Praça de República
sáb 3/2 17:00 – 22:00 Kortejo Blókõkê ► não kéro $ eu só kéro amar local a confirmar
dom 4/2 10:00 – 20:00 Banda Do Fuxico Largo do Arouche
dom 4/2 14:00 – 19:00 Gambiarra – O Bloco + Tiago Abravanel Avenida Brigadeiro Faria Lima
dom 4/2 15:00 – 21:00 Acadêmicos do Baixo Augusta Rua da Consolação
dom 4/2 16:00 – 21:00 Chacoalha Bichona Rua Dona Veridiana, 111
sáb 10/2 13:00 – 18:00 Bloco do Vale Rua Augusta, 1353
sáb 10/2 13:00 – 19:00 Agrada Gregos Obelisco do Ibirapuera
sáb 10/2 14:00 – 19:00 Ritaleena – Ipiranga Praça do Monumento
sáb 10/2 14:00 – 19:00 Gaymada São Paulo Largo da Batata
sáb 10/2 16:00 – 22:00 MinhoQueens Praça da República
sáb 10/2 16:00 – 22:00 Unidos do BPM #3 – Carnaval e Música Eletrônica Praça da Sé
dom 11/2 11:00 – 16:00 Domingo Ela Não Vai Centro de SP
dom 11/2 11:00 – 22:00 Pré-Carnaval LGBT no MASP MASP
dom 11/2 12:00 – 18:00 Vou de Táxi – Sunday Jr Av. Brigadeiro Faria Lima, 64
dom 11/2 15:00 – 22:00 Desmanche Av. 23 de Maio (Altura do Centro Cultural)
dom 11/2 16:00 – 20:00 Chá Rouge Av. 23 de Maio (Altura do Centro Cultural)
dom 11/2 16:00 – 21:00 Viemos do Egyto Largo do Paissandú
seg 12/2 12:00 – 20:00 Love Fest Praça da República
seg 12/2 15:00 – 20:00 BloCÚ – ¡Venga-Venga! + Me Fode Que eu Sou Produção Pátio do Colégio
ter 13/2 14:00 – 18:00 Zélia, Cássia, Rita, Carolina e Todas as Minas Rua Tibério – Lapa
ter 13/2 17:00 – 21:00 Sai, Hétero! Rua Augusta x Rua Matias Aires
sáb 17/2 11:00 – 16:00 Xuca Feita Centro de SP
sáb 17/2 12:00 – 18:00 Meu Santo é Pop Largo do Arouche
sáb 17/2 12:00 – 20:00 Se Joga Av. Brig. Faria Lima, 201
sáb 17/2 16:00 – 22:00 Catuaba Rua Augusta
sáb 17/2 17:30 – 22:00 Bloco da Diversidade Largo do Arouche
dom 18/2 12:00 – 18:00 Vou de Taxi Praça Dr. Julio Conceição Neves
dom 18/2 14:00 – 18:00 Siga Bem Caminhoneira Rua Treze de Maio, 886
dom 18/2 14:00 – 21:00 Daniela Mercury – Pipoca da Rainha Rua Treze de Maio, 886

Nos vemos em quais? 🙂

 

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Sobre Rafael Leick

Rafael Leick

Criador dos projetos Viaja Bi!, Viagem Primata e ExploraSampa, host do podcast Casa na Árvore e colunista do UOL. Foi Diretor de Turismo da Câmara LGBT do Brasil. Escreve sobre viagem e turismo desde 2009. Comunicólogo, publicitário, criador de conteúdo e palestrante internacional, morou em Londres e São Paulo e já conheceu 30 países. É pai do Lupin, um golden dog. Todos os posts do Rafael.

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5 Comentários

  • marcelo almada
    2018-02-19 17:14

    TUDO IGUAL ENTRE OS DIFERENTES
    Passando com um amigo pela Praça Raul Soares em Belo Horizonte notei no dia 18 de fev, em um bloco de ‘ressaca’ (pretexto, aí no proximo final de semana fazem um pre carnaval 2019…), de forma ‘condensada’, o que eu ja venho percebendo de forma difusa. Como um certo tipo de homossexual, nos anos 1980 no ‘gueto’, se centralizou e oprime outras categorias, inclusive heterossexuais:

    quase não vi lésbicas
    quase não vi negros (muitos pardos, como a maior parte da população brasileira, mas ‘negro preto’, pouquíssimos)
    quase não vi pessoas aparentando mais de 35 anos;
    quase não vi mulheres (hetero, bi ou lésbicas);
    quase não vi afeminados;
    quase não vi travestis (aberração, carnaval no Brasil sem travestis!)
    quase não vi casais heterossexuais;
    quase não vi famílias, crianças, cachorros;
    quase não vi homens da cara pelada, só barbudos (só um deles admitiu estar seguindo moda e que ‘é um saco fazer a manutenção’, aí eu perguntei: e o que te obriga a usar? Ele respondeu, se eu não usar não pego ninguém, ou seja, ”o-pressão” erótica do grupo);
    quase não vi homens com compleição física normal, a maioria parou no biotipo divulgado pela Madonna (que nem ela segue mais…) em The Girlie Show, bombado/atarracado;
    quase não vi gordos nem ursos;
    quase não vi pobres;
    não vi cadeirante;
    não vi anão.

    Enfim, o que vi poderia ser chamado de O Bloco de Narciso, e não me admira que muitos ali vão votar em Bolsonaro. Não, não é contraditório, eles excluem exatamente como são excluídos fora dos 360 dias do ano. “Same script, different cast”, como cantava Whitney Houston: mesmo roteiro, diferentes atores. A dominação/exclusão permanece. Nada de poliamor, poucos beijos triplos, quando alguém cortejava dois se beijando (e não eram namorados) querendo algo diferente, atrês por exemplo, era abruptamente repelido (parecia que alguns iam não pra curtir, mas pra ‘casar’) etc. Tudo muito enquadradinho, caretinha e gavetinha. Pra quem conhece Amsterdam, New York e São Francisco, sabe do que estou falando…

    • Rafael Leick
      2018-02-20 01:48

      Oi, Marcelo, tudo bem? Obrigado por comentar e compartilhar suas impressões.
      Considero super válido seus comentários e triste se essa for mesmo a realidade. Mas tenho alguns pontos que acho importante levarmos em consideração nessa análise e posso fazer o comparativo com os blocos de SP, que são os que conheço um pouco melhor. Alguns desses “não vi” que você mencionou podem não participar pelo target do bloco mesmo. Por exemplo, nos blocos mais LGBT+ aqui em SP, tem uma quantidade muito menor de héteros ou pessoas mais velhas, que já não curtem, em sua maioria, sair pra “muvuca”, por exemplo. Aí nada tem a ver com segregação. Cadeirantes eu vi, mas o acesso às ruas é que é complicado na cidade, mas aí não tem a ver com o bloco em si, entende? Anões são uma parcela pequena da população nacional em quantidade, pra poder fazer um levantamento estatístico, teríamos que pensar a quantidade de pessoas anãs em BH, por exemplo (aqui em SP eu vi, talvez porque a densidade populacional é muito maior?). Pobre é uma categoria que eu acho complicado de incluir aí porque como você sabe que alguém é pobre se não perguntar? Por um estereótipo visual? Aí acaba também entrando num pré-conceito.
      Também acho complicado querer julgar as pessoas por não quererem poliamor, beijos triplos ou algo do tipo. Tem pessoas que vão pra “curtir” (leia-se ‘pegar todo mundo’) e tem pessoas que vão pra outros motivos. Gostam de dançar, ou da energia do bloquinho, pela liberdade de se ocupar as ruas e tantos outros motivos. Então, porque impedir essas pessoas de curtir o Carnaval à sua maneira? Amsterdam, NY e São Francisco também tem pessoas assim, apesar de culturalmente, eles serem mais liberais do que a cultura brasileira. Mesmo os que você chamou de “caretinhas” podem curtir o Carnaval como quiserem. 🙂
      Falo tudo isso pra dizer que discordo nesses pontos, mas que nada disso invalida seu discurso no sentido de se visibilizar outras minorias. É importantíssimo sim! Não estive nesse bloco, então não posso nem opinar sobre quem estava lá ou não (muitas vezes é percepção de cada um dependendo de onde estava no bloco, mas você pode sim ter razão em ter poucas lésbicas ou travestis, por exemplo). Aqui em SP tem alguns blocos para lésbicas e aí, claro, o número de lésbicas é maior que de gays. E acho ótimo. É a visibilidade ganhando espaço. Nem por isso, deixei de ver lésbicas nos blocos mais gays e vice-versa. 😉

      • Marcelo
        2018-02-20 17:01

        Rafael, vou ser pontual. Inclusive, depois de conversar com outros homens – tanto hetero quanto gays – sobre isso. apesar de não terem uma percepção tão arguta quanto a minha, especialmente os heteros, é claro, mas o que me incomodou foi a ‘padronização’ desse tipo de gay – branco (ao menos nos padrões brasileiros), jovem, malhado, de barba. Eles, ao menos ao meu ver e nos blocos que eu vi, abertos a ‘experimentarem outras pessoas, outros tipos. Enfim, o que me incomodou foi esse ‘passar recibo’ à heteronormatividade. Certamente que Rio e São Paulo são mais liberais, mas amigos cariocas dizem que é muito parecido. Se eles não tem o biceps tal, a idade x, não ficam com ninguem, simplesmente não são enxergados. Teve um amigo que até brincou: eles só faltam levar fita metrica, se têm 1,80 eles jamais ficam com alguem com 1,78. Eu poderia delongar porque tive essas reflexões, na psicologia, onde fiz o mestrado, a gente estuda a questão do narcisismo que é muito forte na homo e bissexualidade masculina (daí, ja notou, muitos casais parecem ‘irmãos’? o que não acontece tanto com as lésticas). Enfim, pelo que vi e ouvi, de outras pessoas, a diversidade ainda tá longe…

        • Rafael Leick
          2018-02-21 21:43

          Oi, Marcelo. Super entendo seu ponto, de verdade. O que eu falei não invalida em nada o que você falou. São só diferentes percepções sobre o assunto, baseadas em experiências, e ambas são válidas. 🙂
          Obrigado por comentar e expor seu ponto de vista. Fico muito contente de ler esse tipo de comentário mais profundo. 😉
          Espero que possa voltar mais vezes e comentar mais vezes.

          • marcelo
            2018-02-26 18:12

            Obrigado Rafael, só uma correção na minha propria redação: acima eu quis dizer (porque vi isso…):
            Eles, ao menos ao meu ver e nos blocos que eu vi, NÃO abertos a ‘experimentarem outras pessoas, outros tipos.
            Claro que há exceções, mas estou dizendo enquanto fenômeno de massa. Teve até um amigo, dono de sauna gay aqui em Belo Horizonte que brincou assim: é a cultura do simulacro, eles estão ali pra fazer selfie, live, voce pode notar – não tem ninguém com ereção (ele usou outro termo kkk), quer dizer, o barato não é o outro, mas mostra, pros iguais e pra socieade, que ‘olha, nós podemos beijar’, quase como aquela fase de adolescente (em geral hetero pq tem mais liberdade) que leva o namorado pra casa e fica ‘testando’ o pai e a mãe até onde podem ‘ir’. Eu notei esse comportamento coletivo, uma necessidade de ‘causar’, nao tanto de ficar com o outro pelo outro (daí que, vc nota, ninguem sai de mão dada de quebrada, a coisa naõ esquenta, é bem… Ken beijando Ken no Reino de Barbie. Lamentável. Abraços

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