Casamento gay: Finlândia vota a favor
A Finlândia deu um passo a frente nessa última sexta-feira, dia 20, votando a favor do casamento gay, ou em termos mais políticos, casamento entre pessoas do mesmo sexo. Foi uma votação apertada, 105 a favor e 92 contra. Viu? O país não é lembrado só quando se fala de Tom of Finland.
O parlamento votou, em sua maioria a favor e agora irá reformar a lei, fazendo essa modificação, que tem data pra entrar em vigor: 1º de março de 2017. Pois é, ainda falta um tempinho.
Pelo menos, as bis finlandesas podem se unir civilmente desde 2002, mas a Finlândia era o único país nórdico que ainda não reconhecia o casamento civil homossexual. A Suécia e a Noruega fizeram isso em 2009, a Islândia, em 2010 e a Dinamarca, em 2012.
E agora, já são 12 países europeus reconhecendo a causa. E a Finlândia é o 18º no mundo, fazendo coro a Argentina, Bélgica, Brasil, Canadá, Espanha, França, Holanda, Islândia, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Portugal, Reino Unido, África do Sul, Suécia e Uruguai.

Senaatintori, a Catedral de Helsinque, na Finlândia, onde começa a Parada Gay – Foto: Cassiano Mecchi (instagram.com/cassianomecchi)
Pré-votação sobre o casamento gay
Com a medida, acabam as distinções entre casais heterossexuais e homossexuais na equalidade de direitos e adoção de crianças. O primeiro ministro Alexander Stubb disse, em carta aberta antes da votação, que “a Finlândia deveria lutar para se tornar uma sociedade onde não exista discriminação, os direitor humanos sejam respeitados e dois adultos possam se casar, independentemente de sua orientação sexual”.
É, bi, mas mesmo lá tem os conservadores que são contra, como ficou claro na votação. Mika Niikko, do partido nacionalista finlandês disse, também antes da votação, que “essa é uma questão do futuro das nossas crianças e de toda sociedade, e tais mudanças não deveriam ser feitas sem uma avaliação completa do seu impacto”. Mika, deixa eu te contar: o impacto que vai ter o casamento gay, bi, são direitos iguais e pessoas vivendo melhor. As crianças estão preocupadas em receber carinho e serem cuidadas, não estão se importando com o que seus pais, héteros ou gays, fazem entre 4 paredes.
Essa mudança na lei rolou por conta de uma iniciativa popular. Um abaixo assinado reuniu mais de 167 mil assinaturas, mais de 3x o necessário e acabou forçando os políticos a votarem esse projeto, que tentou tramitar em 2013, sem sucesso. Desde 2012, há esse procedimento legal, que dá voz à população, e essa foi a primeira iniciativa que os cidadãos tiveram desde então. E já com resultado positivo. Pressionaram o governo e deu certo.
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