19 de outubro de 2013

Perrengue na Suíça: caí de penetra em uma festa de família

Quem numa entrou em roubada durante uma viagem, né? Hoje vou contar meu perrengue na Suíça. No tempo em que passei em Lausanne, meu amigo “Biru” me levou para uma aula de natação no clube onde ele nada. Já tenho perrengue pra contar até de lá, mas esse fica para um outro momento. O que importa agora é que, nessa aula, conheci a turma de amigos dele.

No dia seguinte, eles teriam a festa de aniversário de um dos caras em Neuchatêl, uma outra cidadezinha um pouquinho mais ao norte do país. E eu fui convidado! O Biru me perguntou se tudo bem de irmos. Festa com galera gente boa? Bora lá! Né?

Perrengue na Suíça: entrei de penetra numa festa de família

Perrengue na Suíça: entrei de penetra numa festa de família

 

Perrengue na Suíça: caí de penetra numa festa de família

Logo depois de voltar da manhã em Montreux, voltamos pra casa do Biru só pra tomar banho, nos arrumarmos e #partiufesta! Encontramos com o pessoal na estação principal de Lausanne para pegar o trem pra Neuchatêl.

O caminho foi relativamente longo para os padrões europeus (Google Maps me contou que demorei mais ou menos 50min pra chegar), mas com paisagens bonitas e fomos nos divertindo no caminho. Estávamos em 6 pessoas e demos bastante risada.

Chegando na estação, pegamos o ônibus que o Steve (o aniversariante) tinha indicado. Até aí, tudo lindo. E ficou mais lindo ainda quando percebemos o ponto que tínhamos que descer. Tinham bexigas amarradas no poste! Sim, e por todo caminho até a casa dele, tinham bexigas indicando por onde deveríamos seguir. Achei ótima a ideia, não nos perdemos!

Chegando na casa dele, a minha expectativa de uma festa entre amigos foi frustrada na hora que vimos a mãe dele indo em direção a uma mesa cheia de parentes com uma travessa de comida. 😮 E, pelo que eu percebi depois, a expectativa de todo nosso grupo era a mesma.

Rolou aquele awkward moment, mas continuamos a descer as escadas que davam para o jardim da casa, onde uma mesa ficava embaixo de um pergolado de madeira com plantas, super bonita. E de lá ainda tínhamos vista pra um lago, então também valeu a pena.

Perrengue na Suíça: vista linda da festa de família em Neuchâtel

Perrengue na Suíça: vista linda da festa de família em Neuchâtel

Ok, preparamos nossos espíritos pra uma festa em família. Mas me vi no meio de um monte de palavras sendo emanadas em francês. E eu, pobre penetra brazuca que só sabia mandar um merci e olha lá, metido no meio de uma festa em família num canto da Suíça, com todo mundo falando francês. Mas tudo bem, vamos lá curtir e tal. A proposta dessa viagem era justamente estar aberto para o mundo, dizer “sim” pra ele. Maaas, é claro que não acaba por aí. 😛

Dei uma olhada nuns aperitivos que estavam ali na mesa, porque a fome já estava batendo. Peguei o potinho plástico transparente que me pareceu mais agradável na mão e antes de colocar na boca me dei conta do sabor porque alguém do meu lado comentou algo sobre o “salmão”. Ok, você pode achar delicioso, mas eu não gosto de peixe. E de nada que venha do mar.

Mas, nessa hora, já era tarde demais. Já estava com a colherinha a meio caminho da boca num círculo onde a família estava sendo toda solícita oferecendo os aperitivos para a galera jovem que tinha acabado de chegar (é nóis!). Minha mão teve que continuar seu percurso e meu cérebro mandar pro meu rosto a cara mais “mmm, que gostoso” que ele conseguiu. Acabando a minha tortura particular, tentei interagir na festa, o que consegui com menos dificuldade do que achei que teria.

Perrengue na Suíça: entrei de penetra numa festa de família

Perrengue na Suíça: entrei de penetra numa festa de família

Aí chegou a hora do prato principal. Adivinha o que era? Ganha minhas saudações quem apostou em paella. Sim, meus caros. Eu era um brasileiro fora do ninho, no meio de uma festa de família suíça onde todos falavam francês e comiam peixe e frutos do mar! Que situação! 😛

Mas, no fim, fiz amizade com a tia contratada pra cuidar da paella. Ela era portuguesa, colocou no meu prato a menor quantidade possível desse aborígene do mar chamado de camarão (sorry para quem gosta) e eu abusei da salada e torradinhas. E muita sangria e água!

Perrengue na Suíça: eu, Biru e seus amigos na festa em Neuchâtel

Perrengue na Suíça: eu, Biru e seus amigos na festa em Neuchâtel

Ufa! Os perrengues do dia acabaram… só que não! Na hora de ir embora, ganhamos uma carona até a estação e estávamos em 5 pra ir embora para o mesmo destino, mas um dos caras tinha vindo num outro carro de carona. Chegando na estação, o último trem estava pra partir. E ele não chegava, estava em algum outro lado da estação e ninguém achava o fulano. Aí corre um pra cá, dois pra lá e vai todo mundo atrás dele. Na hora que, com muito custo reunimos todo mundo na plataforma, o trem chegou e – ufa! – deu tempo! 😮

Essa foi uma (outra) experiência sensacional dessas férias inesquecíveis! 💖

Lição do perrengue: Se você estiver em território estrangeiro e for convidado pra uma festa, vá jantado! Nunca se sabe o que virá pela frente.

Gostou desse perrengue na Suíça? Conte os seus aqui também!

 

[Post originalmente publicado em 19/10/2013 no Viagem Primata e migrado por seu autor para o Viaja Bi! em 2/11/2020]

 

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Sobre Rafael Leick

Rafael Leick

Criador dos projetos Viaja Bi!, Viagem Primata e ExploraSampa, host do podcast Casa na Árvore e colunista do UOL. Foi Diretor de Turismo da Câmara LGBT do Brasil. Escreve sobre viagem e turismo desde 2009. Comunicólogo, publicitário, criador de conteúdo e palestrante internacional, morou em Londres e São Paulo e já conheceu 30 países. É pai do Lupin, um golden dog. Todos os posts do Rafael.

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