3 de janeiro de 2016

Como é subir o Vulcão Lascar, no Chile

Sim, você leu certo o título. Na minha última visita ao Deserto do Atacama, em dezembro de 2015, eu me desafiei fisicamente e vou contar agora como é subir o Vulcão Lascar, no Chile. O desafio foi além do físico. Mentalmente também aprendi muita coisa sobre mim e a forma de encarar a vida.

Sensação de plenitude - Foto: Juan Maureira

Sensação de plenitude – Foto: Juan Maureira

Lascar, no idioma quechua, significa língua cortada. Há uma lenda, que envolve os vulcões Lascar, Licancabur, Juriques e Quimal numa briga de família que parece novela mexicana, mas fica conto isso num outro post. Por falar em Licancabur, pra quem quer subir esse outro vulcão, é indicado antes subir o Lascar, para se aclimatar, já que o primeiro necessita de mais tempo e preparo físico. Mas não vai pensando que subir o Vulcão Lascar é moleza, não!

A inclinação máxima é de 25 graus, mas o terreno é solto, com pedregulhos que tornam a ascenção instável e cansativa.

Em frente à placa turística do Vulcão Lascar - Foto Juan Maureira

Em frente à placa turística do Vulcão Lascar – Foto Juan Maureira

Acordamos cedo e às 6h da manhã estávamos saindo rumo ao Lascar, um dos três únicos vulcões ativos dessa região do país e que tem 5592m de altitude. Sua cratera tem 750m de largura e 300m de diâmetro. É considerado o vulcão mais ativo do Chile com uma média de 6 anos separando cada erupção. A última erupção foi agora em 2015, mas foi relativamente mais fraca que a de 2006. Então, se você está pensando em subir, essa é a hora, você tem até meados de 2021! 😛

O povoado (ou ayllu, na língua Kunza) de Talabre fica aos pés do vulcão e é sempre o primeiro a ser evacuado no caso de uma erupção forte. Na última, nem saíram de lá. As condições geográficas ajudam, já que os ventos batem no sentido contrário, jogando a cortina de fumaça e cinzas em direção à Argentina.

O próprio… Vulcão Lascar, ativo com fumacinha saindo dele

O próprio… Vulcão Lascar, ativo com fumacinha saindo dele

Agora vamos falar de coisa boa que o ano começou, energias novas chegaram e quero contar pra vocês como foi que recarreguei as minhas! Se não quiser ler tudo, pule pro final do post, que tem todas as informações práticas compiladinhas, mas sem a experiência que mais vale na subida. 😉

 

COMO SE VESTIR PRA SUBIR O VULCÃO LASCAR

De manhã faz muito frio no Atacama e durante a subida venta muito forte, inclusive com resíduos do solo. Então a dica é ir bem agasalhado e protegido.
Eu fui com 5 camadas de roupa na parte de cima e 4 na parte de baixo (fui montando tipo Megazord rs), sendo:

  • 1 camiseta térmica
  • 1 camiseta
  • 1 malha fina
  • 1 moletom térmico
  • 1 jaqueta com capuz por cima
  • 1 cueca
  • 1 short de corrida (daqueles com a perna mais comprida)
  • 1 ceroula (é feia pra caramba, mas esquenta)
  • 1 calça de trekking (fina)
  • 1 par de meias grossas
  • 1 bota para caminhada quente (eu usei uma da marca Snake nas duas vezes no Atacama)
  • 1 óculos de sol
  • 2 gorros
  • 1 bandana para cobrir o nariz e a boca
  • 1 par de luvas
Como fiquei sozinho uns minutos na cratera do Vulcão Lascar, fui o último da fila a descer

Como fiquei sozinho uns minutos na cratera do Vulcão Lascar, fui o último da fila a descer

Talvez eu tenha exagerado um pouco porque em alguns momentos senti um pouco de calor. Mas na hora que começava a ventar muito e me sentia congelar, não me arrependi de estar bem coberto. Pra mim, foi na medida certa!

 

O QUE PRECISA LEVAR PRA SUBIR O VULCÃO LASCAR

Fora a vestimenta, que é super importante, é essencial levar:

  • água ou isotônico para se hidratar (acho que umas 2 ou 3 garrafinhas)
  • bastões de apoio para caminhada
  • tubo de oxigênio individual, se conseguir
  • snacks para comer durante as paradas
Na primeira parada para se hidratar e comer, depois de meia hora de ascenção – Foto: Juan Maureira

Na primeira parada para se hidratar e comer, depois de meia hora de ascenção – Foto: Juan Maureira

 

COMO IR DE SAN PEDRO DE ATACAMA PARA O VULCÃO LASCAR

Eu fiz o passeio a convite da agência Ayllu, que oferece também aos turistas como uma das opções de passeios. Caso opte por esse passeio, deixe para os últimos dias da sua visita ao Atacama, para que seu corpo tenha tempo de se aclimatar o máximo possível.

A saída foi bem cedo, por volta de 6h, no Explorer da agência, que eles usam também para os tours privativos e é bem confortável para encarar os 155km desde San Pedro de Atacama.

A primeira parada foi na placa turística na estrada, a cerca de 3.500m de altitude. Eu estava muito nervoso pra subir e fui esse caminho todo (cerca de 1h30) passando mal, mas era mais pela ansiedade que pela altitude. Mas não falei pra ninguém. Quando desci do carro, respirei um pouco de ar puro, estiquei as pernas, me senti melhor.

Tomando chá de coca na caneca do Viagem Primata que ganhei do Mike, antes de subir o Vulcão Lascar

Tomando chá de coca na caneca do Viagem Primata que ganhei do Mike, antes de subir o Vulcão Lascar

A segunda parada é na Laguna Lejía, que fica a cerca de 4.400m e é onde tomamos nosso café da manhã. por uma meia hora. Dá pra acreditar que nessa altitude ainda tem flamingos? É bizarro! Essa laguna (ou lago) fica num platô enorme, de onde pode se ver o Vulcão Lascar e ao seu lado o Vulcão Simba e o Vulcão Pili. Dos 3, só o Lascar está ativo.

Dali, partimos para a base de ascenção do vulcão. Paramos a cerca de 4.700m e começamos a subida de fato.

Vale ressaltar que a Ayllu estava equipada com telefone satelital, GPS e rádio comunicador, o que aumentou a segurança e ração de marcha, o que forrou o estômago.

Uma sensação de preenchimento incrível, só gratidão

Uma sensação de preenchimento incrível, só gratidão

Veja o roteiro planejado para o meu 2º Mochilão no Chile, de volta ao Atacama

 

QUAL A MELHOR FORMA DE SUBIR O VULCÃO LASCAR

É importante estabelecer um ritmo para a caminhada e para respirar. A subida leva entre duas e três horas.

A ideia era parar a cada 30min para comer e se hidratar. Mas no fim das contas, subimos num ritmo diferente, parando somente na primeira meia hora e bem perto do final, com microparadas durante o trajeto. Como o grupo todo seguiu esse ritmo, acabou funcionando. Mas cheguei na última parada exausto, com muita dor de cabeça e um pouco de tontura. Nessas horas, mande muito líquido pra dentro e faça tudo devagar, com movimentos lentos.

Na metade do caminho e eu já me sentia um vencedor!

Na metade do caminho e eu já me sentia um vencedor!

A cada microparada, não sente! Apoie nos bastões ou nas pedras. Se você se sentar, é muito pior pra levantar, dá tontura e dor de cabeça. Fora que o corpo perde bastante o ritmo, o que torna mais difícil começar a caminhar novamente. Os bastões e a bandana pra cobrir o nariz e boca foram essenciais pra qualidade da ascenção. Os bastões dão firmeza no terreno solto e a bandana filtra o cheiro de enxofre, protege o nariz da queimadura do sol (passe protetor mesmo assim) e ainda ajuda a respirar quando o ar fica mais rarefeito.

Para aliviar o mal de altitude, existem algumas dicas, como mascar folha de coca, tomar chá de coca, tomar bastante água, inalar oxigênio em tubo (se você conseguir pra levar), não sentar toda hora que estiver cansado, não fazer movimentos bruscos ou repentinos. E, claro, a cada parada comer um pouquinho. Chocolate ajuda bastante (brigado, Mike, foi um presente de Deus naquela hora pra um chocólatra passando mal).

Saímos lá de baixo, aquela lagoa à esquerda foi onde tomamos café da manhã

Saímos lá de baixo, aquela lagoa à esquerda foi onde tomamos café da manhã

Subir pra cratera, a etapa final depois do “cume falso”, foi diferente do resto. Como estava me sentindo mal, decidi sair primeiro que o grupo para não atrasá-los. A partir daí não tinha ninguém na minha frente pra eu comparar meu ritmo então entrei num ritmo entre respirações e passadas que deixou meu corpo em piloto automático. Ele estava destruído, mas foi seguindo aos trancos e barrancos e foi mais fácil que antes, porque o terreno era menos íngreme que os anteriores.

 

A EMOÇÃO DE CHEGAR À CRATERA DO VULCÃO LASCAR

Cheguei primeiro que o restante do grupo à cratera por ter saído antes do pit-stop e quando venci a última etapa e vi aquele buraco gigante de terra e pedras de 750m de largura e sem poder ver o fundo, com enxofre saindo das paredes internas, eu caí de joelhos no chão e comecei a chorar sem parar. 😢

Ao chegar na cratera, desabei de joelhos e comecei a chorar olhando essa paisagem

Ao chegar na cratera, desabei de joelhos e comecei a chorar olhando essa paisagem

A cratera do Vulcão Lascar com o enxofre deixando as paredes amareladas

A cratera do Vulcão Lascar com o enxofre deixando as paredes amareladas

Cada vez que eu chorava, a cabeça doía mais, mas isso não me importava. Eu senti uma emoção sem tamanho e comparação. Foi lindo demais.

Subimos em seis pessoas e ao chegar lá em cima, o grupos que estavam lá, começaram ao descer, então ficamos só nós à beira da cratera.

Pra completar a emoção, fizemos um ritual chamado Pago a la Tierra, que nada mais é que uma oferenda à Pachamama, ou seja, à Mãe Terra. Uma das meninas levou folha de coca (recomendada também para ajudar no mal de altitude) e um líquido alcoólico que devia ser pisco sour.

Eu senti a energia forte na cratera do Vulcão Lascar – Foto: Juan Maureira

Eu senti a energia forte na cratera do Vulcão Lascar – Foto: Juan Maureira

Placa em homenagem ao Gino, que morreu escalando, na Cordilheira dos Andes

Placa em homenagem ao Gino, que morreu escalando, na Cordilheira dos Andes

Nos juntamos em um semicírculo ao redor de uma placa que homenageia Gino, um escalador que morreu fazendo o que mais gostava. E ele era um irmão de consideração do Mike, dono da Ayllu, que estava com a gente. Dá pra sentir a emoção já?  Com o grupo abraçado, cada um de nós seis disse alguma coisa em agradecimento, principalmente ao ano que passou e ao que chegou, e depois jogou algumas folhas e um pouco do líquido em um buraco no chão criado pra cerimônia, e tampou com areia, finalizando com o “amém” xamã: Ahow!
\🐵/

Isso tornou tudo ainda mais especial e todos choramos muito. A energia daquele lugar é impressionante! E o vento também. 😛 Então era hora de descer, mas o Mike me deixou ficar sozinho ali na cratera por 1 ou 2min e eu aproveitei o tempo como ouro, agradecendo tudo que já conquistei e recarregando as energias pra conquistar ainda mais.

 

A DESCIDA É MAIS FÁCIL, NÉ?

É. E não é.

Pra descer é mais rápido. Levamos entre 1h30 e 2h contra as 3h30 da subida. Mas exige força nas pernas e na bunda pra travar seu corpo de não sair rolando nos pedregulhos.

Vale a pena lembrar também que é melhor descer devagar porque se a descompressão da descida for muito rápida (como aconteceu na etapa final, chegando ao carro), você fica com uma dor de cabeça absurda depois. Então vá no seu ritmo! Como o Mike me falava toda hora: “Rafa, sem pressa, a gente tá de férias, certo? Vai no seu ritmo!”.

Iniciando o caminho de volta – Foto: Juan Maureira

Iniciando o caminho de volta – Foto: Juan Maureira

Parecemos todos tão formiguinhas lá de cima… Consegue ver o carro lá embaixo?

Parecemos todos tão formiguinhas lá de cima… Consegue ver o carro lá embaixo?

 

INFORMAÇÕES PRÁTICAS – VULCÃO LASCAR

Onde fica: Deserto do Atacama, Chile
Cidade base: San Pedro de Atacama (a 155km)
Significado de “Lascar”:
língua cortada (idioma quechua)
Status: ativo
Última erupção: 2015 (média de uma erupção a cada 6 anos)
Altitude: 5.592m
Início da ascenção: entre 4.700m e 4.850m
Nível de dificuldade: médio (serve de aclimatação pro Licancabur)
Grau de inclinação máxima: 25 graus
Tipo de terreno: solto
Tempo médio de ascenção: 2 a 3 horas
Tempo médio de descida: 1 a 2 horas
Adversidades: vento, altitude, terreno, ar rarefeito e cheiro de enxofre
Povoado mais próximo: Talabre
Vale a pena?: Sem sombra de dúvidas!!!

Conseguimos!!! \🐵/

 

É difícil? É! Vale a pena? Demais! Se tiver um dia livre no Atacama, tente encaixar esse passeio. Você não vai se arrepender! Pra mais informações, entre em contato com a Ayllu.


+ vídeos no YouTube

 

Tem alguma outra dica sobre esse passeio? Deixe nos comentários pra ajudar outros viajantes!

 

Confira o guia completo do Deserto do Atacama.

Reserve seu hotel no Atacama

 

O Viaja Bi! fez esse passeio a convite da agência Ayllu Expediciones, que tinha ciência de que as opiniões aqui retratadas seriam reais e imparciais.

[Post originalmente publicado em 03/01/2016 no Viagem Primata e migrado por seu autor para o Viaja Bi! em 04/10/2018]

 

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Sobre Rafael Leick

Rafael Leick

Criador dos projetos Viaja Bi!, Viagem Primata e ExploraSampa, host do podcast Casa na Árvore e colunista do UOL. Foi Diretor de Turismo da Câmara LGBT do Brasil. Escreve sobre viagem e turismo desde 2009. Comunicólogo, publicitário, criador de conteúdo e palestrante internacional, morou em Londres e São Paulo e já conheceu 30 países. É pai do Lupin, um golden dog. Todos os posts do Rafael.

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36 Comentários

  • Denise Tonin
    2016-01-04 09:25

    Que demaissssssssssssssssss! Muito bacana, apesar de não ter certeza de conseguir encarar essa empreitada! Mas achei tudo lindo e parabéns pela força e determinação! Beijo grande

    • Rafael Leick
      2016-01-04 09:31

      Valeu, De!!!
      Quando eu tava chegando quase morrendo no topo, vi um senhor nos seus 70 anos descendo super tranquilamente. Aquilo me deu força pra continuar e ver que qualquer um pode fazer. Só tem que se preparar. 😉
      Beijo.

  • Eloah Cristina
    2016-01-04 12:50

    Que imagens lindas e experiência única Rafa.
    Me emocionei só de ler, imagino lá pessoalmente como deve ser intensa a caminhada.
    Parabéns pelo relato. ADOREI!

    • Rafael Leick
      2016-01-04 13:15

      Brigadão, Eloah! Foi uma caminhada e tanto…
      Fisicamente desafiadora e igualmente introspectiva. 🙂

  • Patricia
    2016-01-04 13:27

    fiquei com vontade de ir!! rs

    • Rafael Leick
      2016-01-04 14:00

      Pat, vale muito a pena. É puxado, mas muito recompensador! 🙂
      bjs

  • Rafael Kosoniscs
    2016-01-04 14:00

    Parabéns, Rafa. Que subida fantástica!
    Viagem outdoor é o que há de mais incrível, fala sério… Lindas fotos!

    • Rafael Leick
      2016-01-04 14:02

      Valeu, Rafa! Foi fantástico mesmo, sem outras palavras.
      Lembrei bastante de você lá. Já fez essa subida?
      Abs

  • Mike
    2016-01-04 14:37

    Rafa estamos de ferias kkkkkk nossa linda as fotos o escritor tudo lindo aforei Mike Ayllu

  • Fabio Pastorello
    2016-01-05 15:19

    Puxa vida, que incrível. Esses momentos de viagem que vão ficar na memória pra sempre. Parabéns!

    • Rafael Leick
      2016-01-05 17:10

      Vão ficar mesmo, Fabio. Foi muito incrível! Superação pessoal total!

  • […] reservar um dia só pra ele, é a ascensão ao Vulcão Lascar, um dos mais ativos no Chile. Eu fiz essa subida, que acaba na cratera do vulcão, perto dos 5600m de altitude e foi uma das melhores experiências […]

  • Virgínia Lopes
    2016-01-30 19:16

    Oi, Rafa!!!!
    Sou apaixonada por viagens, kkkkk… Só de pensar nelas, já tô viajando, kkkkk…
    Essa próxima então… Não vejo a hora!!!
    Então, fiquei na dúvida qto as roupas pra subir o Lascar… A temperatura é muito baixa mesmo????

  • Virgínia Lopes
    2016-01-30 21:47

    Oi Rafa!!! Tô mais fascinada com essa viagem, só delwr ver as imagens!!!!! Não vejo a hora de chegar esse dia!!! Já até sonhei iniciando a subida,rsss..
    Sou apaixonada por viagens, e, como boa amante de viagens, cada uma é super especial!!!
    Vc está sendo +1 estímulo e muita gratidão por ter tendo acesso a tão mágico relato!!!!
    Tenho algumas dúvidas sobre as roupas!!!!
    Faz muito frio na subida ou +vento??
    Bjao, Rafa,
    vickynina ou Vi, rsss

    • Rafael Leick
      2016-01-30 22:34

      Oi, Virgínia. Valeu pelo comentário e pelos elogios 🙂
      A viagem pro Atacama é realmente inesquecível e a subida do Vulcão Lascar pra mim superou tudo e mais um pouco. Você vai amar. Fico feliz de ter te estimulado.
      Olha, faz frio sim. Mas o vento atrapalha bastante rs Ele é bem cortante.
      Bjão

  • […] Eu senti um pouco a altitude no passeio, mas não foi nada muito problemático. Na minha visita às Lagunas Altiplânicas em 2014, eu senti um pouco mais forte. De qualquer forma, na volta, a Luana (guia) e o Paul (motorista) deram pra gente experimentar a folha de coca, pra mascar. Eu não tinha experimentado a folha ainda e o chá só tomei no dia seguinte, quando subi o Vulcão Lascar. […]

  • […] rarefeito e a gente sente os efeitos do soroche, ou Mal da Montanha. Tive esses sintomas também quando subi o Vulcão Lascar, no […]

  • Sirlene Galvão
    2016-03-21 10:56

    Estive no Atacama a 8 dias a trás e também encarei o Vulcão Lascar, e posso dizer que a emoção é realmente muito grande e que agora sei que sou capaz de encarar grandes desafios. Ao chegar no topo eu senti algo que foi indescritível, pois olhava para baixo e pensava eu estou aqui, eu venci e aí foi só alegria.

    • Rafael Leick
      2016-03-21 14:15

      É bem essa a sensação que senti, Sirlene. E os trekkings que fiz agora no Peru (Cânion de Colca, Cerro de Colores e Trilha Inca), só tive forças pra seguir porque sabia que já tinha encarado o Lascar e tinha vencido. Foi maravilhoso!
      Tá pronta pro próximo desafio? 🙂

  • […] mas mais uma vez muito feliz e orgulhoso de mim mesmo. Foi meio que a mesma sensação de quando subi o Vulcão Lascar, no Chile, em dezembro. Desafios superados e satisfação pessoal. Lá em cima, uma peruana nativa […]

  • […] e esse é o maior trekking que eu já fiz até hoje. Talvez não o mais difícil pois considero o Vulcão Lascar, o Cânion de Colca e o Cerro de Colores mais exaustivos por conta da altitude, mas o mais longo. 4 […]

  • Felipe
    2016-12-12 12:47

    Lascar da pra ir sem guia?

    • Rafael Leick
      2016-12-14 08:23

      Cara, é natureza, não cheguei a ver nenhum controle, mas não indico fazer sem guia, não.
      É bem extremo e é importantíssimo ter quem conheça a região ali.

  • VIRGINIA
    2016-12-14 18:51

    Oi,RAFA….
    Falei contigo antes da viagem e acho que não falei contigo depois da viagem,rss….
    então,vamos lá…
    viagem foi fantástica!!!!Inesquecivel!!!eu e meus amigos amamos a viagem!!Parabenizamos a Ayllu,pq foi super fera os passeios e essa experiencia na Subida do Lascar,será uma super superação,pq eu tive caimbras na subida do VILLARICCA,e falei que no Vulcão eu ia conseguir e conseguir!!!E,foi como vc…chorei e choramos todos!!!é muito emocionante chegar lá em cima e ver a imensidade da Graça de Deus naquele lugar!!!
    Então,quero te agradecer pelo incentivo!!!Pq pra quem curte esse tipo de viagens,de aventura …mais essa é só apimenta as próximas,kkkkk…pq quero o LICANCABUR,kkkkkkk….
    GALERA….NÃO TEMAM!!!!!QUALQUER UM É CAPAZ,BASTA QUERER E É SÓ IR!!!!
    É INESQUECIVEL!!!!
    É INIGUALAVEL!!!!
    BJS,RAFA
    ATÉ A PROXIMA AVENTURA!!!

    • Rafael Leick
      2016-12-20 19:07

      Oi, Virgínia!
      Poxa, que delícia de comentário. É esse tipo de retorno que me faz ter vontade de continuar contando as coisas aqui no blog. Subir o Lascar foi realmente uma das experiências mais loucas que já fiz e, sim, o Licancabur tá na minha lista também rs
      Valeu por voltar e compartilhar sua experiência com a gente! 🙂
      bjs

  • Igor Cazes
    2017-08-18 04:04

    Parabéns Rafael, sou Igor do rio de janeiro e gostaria, apesar de já escalar alta montanha, inclusive vias tecnicas, cascatas de gelo, muita rocha, estou parado à 3 anos e gostaria de ir ao lascar depois o licancabur e conhecer melhor San Pedro de Atacama. Antes vou fazer um tour no salar de uyuny de 2 ou 3 dias já para aclimatar melhor que os 2400m de San Pedro.
    Pergunta: vou só essa viajem, que seria início de dezembro e tenho só 14 dias, quanto estão cobrando para a escalada do Lascar?? e noto que apesar de 190 m somente à mais, ninguém vai ao cume verdadeiro ( coisas de montanhistas fissurados como eu).
    No caso do licancabur, seria bom e mais econômico tivevessa info de contratar somente o transporte para o lado boliviano, e no refúgio, contratar os guias que são bons e menos da metade do valor.
    Ayllu é boa agência? O valor se tiver, e deve ter grupo formado cai, quanto vc pagou? Preciso de botas duplas, ou de trekking boas como da snake é o suficiente?
    Um abraço e vamos armar algum cume se possível
    Igor Cazes. Visite meu face e alguns vídeos no YouTube. : )

    • Rafael Leick
      2017-08-23 03:04

      Oi, Igor, tudo bem? Valeu pelo comentário. 😉
      Sobre o preço, recomendo você perguntar na agência mesmo, porque isso deve mudar sempre. Nessa experiência, eu fui convidado pela agência para experimentar o tour e contar aqui o que eu achei. E eu amei, como acho que deu pra perceber no post 😛 Conversa com a Ayllu, fala que você é meu leitor que eles devem oferecer desconto.
      Sobre o cume verdadeiro, também fiquei pensando nisso, mas eu não tinha mais condições físicas de subir um pouco mais rs Ali na cratera já foi ótimo. 🙂
      Sobre o Licancabur, pelo que sei não dá pra subir pelo lado boliviano, pois a base do vulcão é cheia de minas, então só se pode subir pelo lado chileno. Veja com a Ayllu também os valores. Esse é o tipo de passeio que acho que vale a pena pagar e pagar bem, para ser bem acompanhado e assessorado. A Ayllu é boa sim, tem foco em brasileiros e serviço de primeira. Já ouvi comentários de outras pessoas que fizeram com outras agências, falando bem da Ayllu. 🙂 A bota eu usei a da Snake mesmo e acho que é mais que suficioente. 😉
      Abração˜

  • pedro
    2017-09-03 16:12

    boa.bom texto. bem esclarecedor. irei em dezembro agora. pretendo subir tbm.
    qual é a média de temperatura ??? quanto pagou no passeio ? andei pesquisando e vi que tava por volta de mil reais. procede ?
    abraço .parabéns.

    • Rafael Leick
      2017-09-18 03:03

      Oi, Pedro. Valeu! 😉
      Cara, não tenho noção da temperatura que tava, mas o tanto de roupa que eu usei aí foi em dezembro, então pode seguir o que tá aí mesmo. Esse passeio eu não paguei porque fiz a convite da Ayllu, mas sei que é bem caro mesmo. Mencione pra eles que você é leitor aqui do Viagem Primata que eles prometeram dar desconto. 😉
      Mas ó, o passeio é sensacional, viu? Vale muito a pena. Eu chorei como uma criança quando cheguei ao topo. =)
      Abs

  • Eduardo
    2018-01-06 23:38

    Subi ao cume do Lascar a semana passada , a 100 metros verticais da cratera , a 5.692 metros , tive q usar oxigênio na ascensão ao cume mas consegui!!! Após o Villarrica em 2015, e o meu segundo vulcão q atinjo o cume, em breve tentarei o Licancabur !!
    Experiência única é fantástica !!

    • Rafael Leick
      2018-04-11 20:10

      Oi, Eduardo, tudo bem?
      Obrigado por compartilhar sua experiência. Eu também tive que usar oxigênio. 😛 O Licancabur é um sonho também… Se você subir, volte aqui pra contar, ok?
      Obrigado
      Abs

  • Ricardo
    2018-01-07 21:02

    Senti esta mesma emoção ao atingir a cratera do vulcão e tb não segurei o choro! Infelizmente através deste post fiquei sabendo da morte do Gino, o guia com quem cheguei junto e me emocionei muito com sua oração a beira da cratera, muito triste, um cara sensacional, com uma energia incrível! mucha luz y paz amigo!

    • Rafael Leick
      2018-04-11 20:11

      Oi, Ricardo. Obrigado pelo comentário e por compartilhar sua experiência. É difícil segurar o choro lá.
      E também foi triste saber do Gino sem ter o conhecido, imagino pra você.
      Obrigado novamente pelas boas energias! 🙂

  • Myllene
    2018-01-28 12:37

    Vou em Maio e as dicas foram ótimas! Já estou me preparando com exercícios. Mas confesso que dá um medão de não dar conta! Mas vou tentar, a recompensa deve ser enorme!

    • Rafael Leick
      2018-04-11 20:15

      Oi, Myllene. O problema maior é a respiração, então procure trabalhar o aeróbico e o preparo físico, não tanto muscular. Mas é excelente. A experiência é inesquecível. Super recomendo! 🙂

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