Machu Picchu no fim da Trilha Inca (4/4) | Mochilão Peru #28
Um dos dias mais esperados desse Mochilão no Peru foi realmente a chegada em Machu Picchu no quarto e último dia da Trilha Inca. Como não pude postar de lá, escrevi tudo no meu caderninho e agora estou publicando o relato, espero que gostem.
MOCHILÃO NO PERU – DIA 28 – 12/3 – SÁBADO
Machu Picchu no fim da Trilha Inca (dia 4 de 4)
Dormir no restaurante foi uma experiência bem diferente. Acordamos às 4h, super empolgados pra ir pra Machu Picchu e quando olhamos pra rua, estava chovendo. 🙁
Bateu aquela deprê, mas né? Tá na chuva, é pra se molhar. Arrumamos nossas coisas, ganhamos um saquinho com snacks de café-da-manhã (maçã, mexirica, bolachinhas de chocolate, balas de limão e um suco de laranja).
Nos despedimos do Raul (o guia mais legal) e rolou mais um momento constrangedor quando o George falou pra “demonstrarmos nosso agradecimento pro Raul”, ou seja, gorjeta obrigatória. Acontece que a de ontem, achamos que seria dividido também com ele, então acabou que ninguém deu nada, mas nos sentimos mal com isso. Foi mal, Raul.
Saímos em direção ao embarque do ônibus. O caminho dura 25min, um tanto longo e era engraçado que o assento do motorista tinha uma suspensão com mola e ele ficava meio que pulando. Até filmei isso, pra não me esquecer da cena engraçada.
Na subida, quase que batemos de frente com o outro ônibus. Até na selva, numa estrada com dois ônibus o trânsito peruano é uma loucura!
Chegando ao topo, pegamos nosso ticket e nosso passaporte e entramos. A cabine pra carimbar o passaporte com o carimbo de Machu Picchu que, magicamente, é de graça, fica logo depois do posto de controle, do lado esquerdo. Mas parece que só abre às 9h.
Fique atento: banheiro e comida, só do lado de fora. Então faça seu pipi pago (S./ 1) e coma antes de entrar. Se não rolar, você pode sair e re-entrar mais 2x no dia do seu ingresso. Eu saí 1x pra ir ao banheiro (que estava cheio com uma fila pro cocô) e voltei.
Nosso grupo foi um dos primeiros a entrar então pegamos as explicações com espaço pra se mover. O George explicou que Machu Picchu foi construído na era de Pachakutiq, o Inca responsável pela principal expansão do Império Tahuantinsuyo, mais conhecido como Império Inca.
E lá tem 3 tipos de construção:
- Pré-Inca – com pedras intercaladas com sapê e adobe
- Inca – com pedras mais angulares, pra pessoas importantes, como os xamãs, por exemplo
- Inca Imperial – com pedras angulares mais polidas, usadas nos templos e locais cerimoniais
Tivemos explicações sobre os terraços, Templo do Sol e Plaza Sagrada. Há uma pedra no Templo das 3 Janelas que forma metade da Chakana (cruz inca) e só em alguns poucos dias do ano, por volta de 21 de junho, período que é comemorado o solstício de inverno no hemisfério sul, quando o sol bate de modo que a sombra forma perfeitamente a cruz completa no chão. A sombra representa o mundo imaterial.
As janelas no Templo do Sol também foram pensadas por conta dessa luz do astro-rei. No Solstício de Verão (lá pelo dia 21 de dezembro), ela entra perfeitamente por uma das janelas e no Solstício de Inverno (perto de 21 de junho) ela entra perfeitamente pela outra.
As portas com batente duplo significam que ali é a entrada em um lugar sagrado. E a diferença de estilos de construção é bem marcada nos muros.
No meio da Plaza Sagrada, tem uma pedra com formato de losango. Colocando o celular em cima dela, com o aplicativo da bússola, podemos ver que eles tinham uma bússola de pedra. Eles não chamavam de Norte, Sul, Leste e Oeste, mas sim de “lugar onde o Sol nasce”, “lugar onde o Sol se põe”, a Montanha de Machu Picchu (“montanha velha”, em quechua) e a Montanha de Waynapicchu (“montanha jovem”).
Na minha visão, as montanhas representam o passado (velha) e o futuro (jovem).
A bússola do celular não ficou exatamente nos pontos certos. O George não falou nada, mas eu ouvi um guia de outro grupo falando que os cientistas explicam que a inclinação da Terra mudou desde então e por isso não bate mais.
O corte nas pedras, motivo de mistério e suposições, era feito com pequenos furos longitudinais que eram preenchidos com pequenas vigas de madeira e água. Quando molhada, a madeira inchava em todos aqueles pontos, ao mesmo tempo e rachava a pedra.
Essa é uma das teorias mais acreditadas, já que foi comprovada como totalmente possível pelos alunos da Universidade de Cusco.
Já pra fazer o transporte das pedras, eles usavam troncos de madeira e colocavam as pedras em cima, movendo o último tronco pra primeira posição enquanto avançavam e assim sucessivamente, como se fossem rodinhas de um carrinho.
Isso tudo foi como 1/4 do dia de visita. E o guia se despediu da gente às 8h. Todo mundo estava esperando mais e ficou meio frustrado. Acabei acompanhando a explicação de guias de outros grupos pelo resto do complexo.
Mais uma vez, nosso guia principal, o George, me decepcionou, fora outras histórias que ouvi das outras pessoas, então não fui o único. Estávamos torcendo para que o Raul fosse o guia principal. É uma pena, porque o atendimento que tive na agência que me apoiou na Trilha Inca, Viajes Cusco, foi ótimo.
O Raul (segundo guia), os porters e o cozinheiro foram ótimos. O serviço foi bem bom, na verdade, com direito a acordar com chá de coca nas nossas barracas, pra aquecer de manhã. Só esse guia mesmo que decepcionou geral. Ele não é da Viajes Cusco, é bom deixar claro. Ele é de uma operadora contratada pela agência, e que atende várias agências. Tanto que eu era o único da Viajes Cusco no passeio, o restante misturava gente de várias outras.
Mas vou notificar a agência pra que eles saibam o que aconteceu, claro, e pra que isso não atrapalhe o atendimento bem pessoal e muito satisfatório que a Eliana me deu no escritório.*
Bom, continuando, o grupo se separou e se despediu. Subi pra mais um templo, vi e cheguei bem perto das lhamas, que caminham soltas por Machu Picchu e rodei cada cantinho. Espero não ter esquecido de nada. 😛
Mais tarde, voltei pra carimbar meu passaporte. Você mesmo que carimba o que, pra mim, não foi uma boa, já que errei até a 3ª tentativa. Sério! A 1ª saiu um borrão cheio de tinta. A 2ª e a 3ª saíram fraquíssimas e meio apagadas. Na 4ª, finalmente acertei. \o/ Quem vê, pensa que fui quatro vezes pra lá! 😀
Às 10h encontrei de novo a Cristina (EUA) pra fazer o trekking até o topo da Montanha Waynapicchu. Há um controle especial pra essa entrada e os ingressos já tem o seu horário de entrada. São dois grupos. O meu era o 2º e a entrada poderia ser feita das 10h às 11h, mas tem uma fila, chegue às 10h pra garantir mais tempo no topo. 😉
Começamos umas 10h45 e concluímos em mais ou menos 1h15. A subida é punk, não se engane. É bem inclinado, com degraus pequenos na maior parte e tinha chovido mais cedo e um pouco durante o trekking, então imagina… Não é um trekking pra qualquer um não, sendo bem honesto.
Tem cavernas baixas e estreitas que nem todo mundo passa (mesmo sem a mochila, sofri pra passar), escadas com degraus bem curtos e sem corrimão à beira de uma altura considerável em algumas partes. É realmente para os fortes, não diga que não avisei. 🙂 Mas é lindo, vale muito a pena. E os velhinhos fortes subiram. Então inspire-se neles!
Mesmo com um dia encoberto e nublado como hoje, as nuvens se abrem em alguns momentos, revelando Machu Picchu lá embaixo, tipo uns 300m abaixo de onde chegamos, o topo de Waynapicchu. Lá em cima, tinha um vigilante e uma penca de turistas esperando as nuvens saírem de lá.
Depois de um tempo, por volta das 13h, o vigilante mandou descermos, então passe pelo controle logo no início do horário do seu grupo, para garantir mais tempo com a vista linda de lá.
A descida inclui umas partes bem perigosas, mas foi relativamente mais fácil do que pensamos que seria quando estávamos subindo. Levamos cerca de 30min e chegando ao posto de controle, cumprimentei e elogiei a menina que controlava a entrada por ter tirado a música que estava ouvindo quando entramos: Bonde do Tigrão. Ela disse que foi uma febre no Peru há alguns anos. Rimos muito e saímos. 😛
Me despedi da Cristina, que ia pegar o busão pra descer pra Águas Calientes. Esperei um pouco numa parte coberta perto da Rocha Sagrada porque começou uma chuva bem forte.
Quando passou, caminhei mais um pouco sozinho pela citadela, tirei mais fotos, inclusive no ponto da “foto oficial”, onde aproveitei pra gravar um vídeo com o review da garrafa Camelbak Groove 750ml, que ganhei da Camelbak pra testar durante a viagem e que usei nos três trekkings que fiz Trilha Inca, Montanhas Coloridas (Rainbow Mountains) e Colca Canyon.
Super recomendo, aliás. O tamanho é considerável, ela conserva a temperatura e tem um bico de borracha que facilita bastante tomar água enquanto se caminha, sem ter que parar e virar a cabeça o que, dependendo de onde você estiver, pode te desequilibrar. Testada e aprovada! Valeu, Camelbak!
Depois disso, peguei novamente a trilha a pé que desce pra Águas Calientes. Ontem desci em 1h30 com a Cristina, mas fomos num ritmo mais lento após tantas horas de caminhada. Hoje acelerei sozinho com os fones ouvindo a playlist do Viaja Bi! no Spotify (já segue?) e fiz em 30min. 😮
Parei pra almoçar (às 19h) no restaurante turístico Choquerirao, que fica no topo de uma ruazinha escondida chamada Calle Ollanta, com menu a S./ 12 e foi o mais barato que achei. Não quis almoçar no restaurante que dormimos essa noite porque ontem o dono me cobrou S./ 1 a mais no suco que já era caro por uma “taxa de Machu Picchu” que me cheirou engabelação, que na real era gorjeta só porque ele fez o suco ou abriu a cerveja da galera. Ele é amigo do guia George. Isso pra mim já explica muita coisa.
Mas voltei lá depois do almoço, pra pegar minhas coisas, encontrei com a Olívia, Brent e Kaleb (Austrália) e Joel (Inglaterra) e fiquei papeando com a Celine (China) e o Lin (Taiwan). A Cristina eu vi só rapidinho, antes dela pegar o trem. O Michael (Alemanha) não foi com a gente hoje porque estava quebrado, dormiu num hotel ao lado do restaurante e foi mais cedo embora.
Lá no restaurante, eles estavam vendendo aquelas foto tipo de colégio, com o grupo no começo da trilha (igual a da capa desse post) e uma foto individual. Cada uma custando S./ 10, sem barganha de preço. Era tipo um certificado de que eu cumpri a Trilha Inca. Mas eles não aceitavam cartão, então passei. Enquanto isso, vi outros grupos passeando com uma camiseta “Eu sobrevivi à Trilha Inca”, que devem ter ganhado de graça ao final. Pena pra gente…
Peguei o trem da Inca Rail e achei lindão! De fundo, fica tocando músicas andinas.😍 Fiquei com vontade de pegar esse trem de dia pra ir vendo a paisagem. Quem sabe na próxima visita à Machu Picchu. O teto tem umas janelas grandes, então deve ficar bem iluminado dentro do vagão. E a poltrona é super confortável, o que me garantiu um retorno mais gostoso e confortável pra Ollantaytambo.
Como a Inca Rail me apoiou nessa viagem me dando a passagem, além do snack de frutas secas, bebida e chocolate que todo mundo da Classe Executiva tinha direito, eu ainda ganhei dois wraps muito bons (um deles vegetariano), uma caixinha com quatro bombons e uma garrafinha d’água. As meninas estadunidenses que estavam ao meu lado se impressionaram com a mordomia. Valeu, Inca Rail! 😉
Pena que o trem chacoalha bastante lateralmente, mas na minha humilde opinião de quem não entende tanto de trem, acho que isso tem mais a ver com os trilhos (que são usadas por todas as companhias) do que com o trem em si.
Se quiser saber como é uma viagem de ida e volta de trem, como fazer etc., a Lucila, do blog Viagem Cult, contou como foi a experiência dela, que foi a Machu Picchu quaaaase no mesmo dia que eu! Na próxima nos encontramos, Lucila! 😉
E, sendo no busão, avião ou trem, minha sina de sentar perto de problemáticos é eterna! São dois assentos colocados um ao lado do outro, com uma mesa única na frente e mais dois assentos de frente. Sentei com 3 estadunidenses simpáticas. Mas do nosso lado, do outro lado do corredor, tinham três mulheres peruanas, pelo que pareceu, falando (muito) alto a viagem toda.
Nem adiantou eu e as pessoas ao redor olharem feio porque elas nem percebiam que tinha mais gente no trem. Na hora que cansaram e tentaram dormir outros dois grupos (dessa vez, amigos das meninas ao meu lado), começaram a rir altíssimo, numas poltronas mais pra frentes. A peruana que antes estava falando alto ficou meio azeda com o barulho. Aí eu dei risada. 😛
Chegando em Ollantaytambo, uma mulher estava com uma placa que tinha meu nome, entre outros, embaixo de chuva e gritando pela Laura, por quem esperamos por um tempo, mas nunca chegou. Ela pediu pra esperar um pouco mais, gritou mais pela Laura sem sucesso e fomos pra van.
Dormi um pouco na van, pois são 3h de estrada, mas o banco era bem desconfortável e minha mochila tava grandona e equipada com o colchonete e os bastões de caminhada.
Eles me deixaram perto do Milhouse Hostel, fiz check-in de novo, peguei meu mochilão no luggage room, arrumei ele e um pedaço da mochila menor dos equipamentos e fui pro bar, onde o WiFi pega bem e encontrei o Daniel, meu amigo estadunidense de antes, por lá. Fiz minha reserva no 151 Backpackers Hostel em Lima, tô escrevendo tudo isso e agora antes de dormir numa caminha gostosa (ufa!), vou tomar finalmente um banho, depois de quatro dias, já que na Trilha Inca não tinha como. 🐷🐖🐽
Amanhã pego um voo de Cusco pra Lima e no dia seguinte, tô de volta a São Paulo. 🙁
Boa noite, primatas!
* Como a agência Viajes Cusco me ofereceu desconto na Trilha Inca para que eu pudesse avaliar os serviços deles e divulgar minha experiência com a empresa aqui, voltando da trilha, mandei um e-mail pra eles, contando minhas impressões sobre o guia George, explicando que ele foi o único ponto fora da curva durante toda a experiência. Eles me responderam pedindo desculpas pelos fatos ocorridos, principalmente pelo tratamento sem tato dele ao fazer a piada homofóbica e prometeram punição pra ele. Expliquei que não quero punição, e sim um treinamento para que isso não ocorra com futuros viajantes. Eles prometeram essa capacitação para toda a equipe. Fiquei satisfeito com o atendimento pós-venda deles e com a atenção que dispensaram comigo e ainda recomendo a agência, mesmo com o ocorrido. A ação de uma pessoa não anula toda minha experiência.
Leia tudo sobre a Trilha Inca
Reserve hotel em Cusco
Veja tudo sobre meu mochilão no Peru
[Post originalmente publicado em 02/04/2016 no Viagem Primata e migrado por seu autor para o Viaja Bi! em 26/11/2018]
10 Comentários
Rafael Kosoniscs
Ótimo relato, Rafa.
Eu detesto essas gorjetas obrigatórias, me sinto completamente explorado. Ofendido mesmo. E quase sempre não ajudo. No Chile isso também acontece e é ridículo. Mas tirando isso, MP é realmente incrível. Lindas fotos. 🙂
Rafael Leick
Pois é, eu me senti compelido a ajudar sem poder. Fiquei ofendido também.
Brigadão pelos elogios, Rafa. Curti muito essa trilha. Vai ficar marcada pra sempre.
José Jayme dos Santos Fonseca Junior
muito legal. Adorei o Review da garrafinha
Rafael Leick
Valeu, JJ! 🙂
A garrafa é bem boa, indico. Tenho usado mesmo pra trabalhar em casa já que o filtro daqui não tá funcionando direito rs
freddy - viagens machupicchu
Primeiramente parabenizo pelo trabalho que fiz em ajudar aos brasileiros que desejem conhecer Machu Picchu, quem escreve é um amante da cultura brasileira e graças a deus já teve a sorte de morar no Brasil por um bom tempo, agora voltei ao Peru – Cusco para mostrar a todos os brasileiros que desejem conhecer a terra dos incas.
Se alguém deseja algumas dicas e recomendações pra a sua viagem, será tudo um prazer ajuda-los em realizar o sonho de conhecer Machu Picchu Cusco, Lima, Lago titicaca, Arequipa, Nazca, Paracas, Puno, Trujillo e outros destinos que ainda não foram explorados pelo brasileiros.
Rafael Leick
Obrigado! 😉
Mas peço que não faça spam nos comentários de todos os posts do Peru. Aproveite para interagir com os leitores e seguidores e, se dessa interação sair negócio, aí sim vai ser legal. Mas os próximos comentários iguais a esse, com o mesmo texto, só pra promover seu negócio, serei obrigado a não aprovar. Qualquer dúvida, confira as políticas do blog, ok? 😉
Abs
Alan Melo
Opa, viajo em abril e a ansiedade só aumenta… Ainda não decidi se vou à Machu Picchu de van ou de trem (cansei só de ler sobre as trilhas a pé =/ )… A opção de ir de van e voltar de trem me parece muito boa, lembra horário e valor desse trem de volta? Vlw!
Rafael Leick
Uia, tá chegando! Use #viagemprimata nas suas fotos pra eu acompanhar e volta aqui pra contar como foi a viagem depois, que até eu tô ficando ansioso com sua viagem! hehehe
Cara, como eu ganhei essas passagens, não lembro do valor na época, mas acho válido você sempre ver o valor atualizado no site antes. O Viagem Cult tem o post que mencionei acima, que tem os valores, USD 110 para Classe Executiva (ida e volta) nesse link. Vi no site deles agora e eles tem um combinado de trem + ônibus, veja se vale a pena pra vocês aqui.
As trilhas valem muito a pena, viu… Mas ó, eu fiz um post só sobre como chegar a Machu Picchu, que condensa várias opções, esse é essencial você ler! 😉
Boa viagem! Abs
Carlos Lima
Rafael, tudo bem?
Uma dúvida importante: vi que a Trilha pra montanha Waynapicchu é bem difícil.
As fotos mostram situações à beira de precipícios, o que definitivamente não é minha praia.
Minha dúvida, contudo, é sobre a Trilha Inca em si
Há ali também momentos em que se anda à beira de precipícios, sem proteção?
Meu problema maior é com o risco, real ou não, de cair.
Subir no Cristo Redentor gera apenas um leve desconforto, por exemplo, porque não sinto ali perigo de cair.
Você pode me ajudar nessa questão que sempre me separou desse sonho de viagem?
Obrigado.
Rafael Leick
Oi, Carlos, tudo bem?
Cara, a trilha de Waynapicchu realmente oferece alguns riscos, que eu fiquei meio chocado. Dá pra fazer, mas rola um risco maior. Na Trilha Inca em si, não me lembro de ter esses riscos com precipícios e tal. Tem alguns pontos, tipo a escada Gringo’s Killer, que é meio apertada, mas ela é difícil de subir por ser íngreme, não por ficar na beira do precipício. Que eu me lembre agora e tenha chamado minha atenção, não, não tem. Não deixe esse receio separar você do seu sonho não. Fazer a Trilha Inca é uma experiência única, que super recomendo. Você chegou a ler as 4 partes do relato? Qualquer coisa, me grita aqui, ok?
Abs